sexta-feira, 15 de março de 2019

SOLIDARIEDADE


Dando continuidade aos nossos estudos sobre a necessidade da Reforma Interior, hoje falaremos sobre a SOLIDARIEDADE. “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mateus, 22:14. O processo de crescimento espiritual se dá com todo ser humano. Ninguém dele está excluído, pois tudo que o ser humano faz é humano. Não há crime, pecado, ou mesmo qualquer ato do ser humano que possa excluí-lo dessa única predestinação. Muito embora algumas religiões preguem a exclusão, baseadas na existência de um certo juízo final, todos nós alcançaremos nossa meta final que é a FELICIDADE. Muitos são os chamados para a percepção das leis de Deus, pois a todo momento somos convidados a entender a obra da Criação e seus infinitos processos de aprendizagem, porém nem sempre nos damos conta deles face à inconsciência em que vivemos. Embora estejamos acordados, precisamos estar receptivos e despertos para eles. Quantas vezes, nos últimos dias, você parou para observar o por do sol? O Voo das araras que sobrevoam nossa linda Campo Grande? Tem olhado com atenção para a beleza de uma flor? Viu quantos chamados Deus nos disponibiliza?  A expressão “muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”  pressupõe uma certa preferência por uns, pois dá a entender que os eleitos são apenas “os escolhidos”, mas se pensarmos que esse processo se dá de forma consciente, com a percepção direta do próprio indivíduo, onde ele é o agente e o paciente da ação, talvez viéssemos a entender que não há a possibilidade de alguém estar fora do processo. Na verdade somos nós que escolhemos. Somos chamados pelo inconsciente, na nossa porção divina, no selo de Deus existente dentro dos seres humanos. Temos a nosso favor o Self que significa “Si mesmo”, pois é o centro de nossa personalidade, é nosso princípio psíquico organizador, nossa ‘diretriz divina interna’, aquilo que nos impulsiona à procura do conhecimento e da percepção de Deus e de Suas leis. Esse chamamento interno encontra ressonância nos apelos religiosos, sempre bem vindos, para o encontro conosco mesmo e com Deus. No nosso caso, é que tentamos fazer aqui durante nossas palestras-conversas. Lembremos sempre: O INTERNO ATRAI O EXTERNO. Os convites das diversas religiões fazem o Espírito  lembrar sua predestinação divina.  O chamamento externo que nos atrai para o progresso espiritual, fruto do trabalho das religiões, ao entrar em consonância no momento evolutivo adequado, promove o despertar pessoal, que se caracteriza como uma escolha. Nossa escolha em caminhar com o mestre JESUS.    Temos que ser senhores de nosso destino, isto é, conscientes de como nosso destino se desenrola. Normalmente o processo evolutivo de cada um de nós se dá em duas fases nem sempre distinguíveis. A primeira, de forma inconsciente, capacita-nos aos automatismos da Vida, porém, a segunda, que é aquela que nos eleva à compreensão de Deus, é fruto do estágio em que a consciência se apresenta para assumir a autoria do nosso próprio destino.  Quando buscamos ocupar um lugar de destaque nas diversas situações da vida, estamos valorizando, na maioria das vezes, as posições do ego. Nessa situação, não nos escolhemos. Quando optamos por viver a vida na posição em que ela nos colocou, aprendendo as experiências sem procurar valorizações pessoais, nos escolhemos como objeto especial de desenvolvimento espiritual. Todos somos chamados, pois o tempo está disponível para todos nós, porém poucos de nós o utilizamos esse tempo com equilíbrio e discernimento a ponto de nos tornarmos escolhidos. Precisamos nos escolher, pois o processo de auto escolha requer percepção das formas com que Deus se utiliza para nos educar ao crescimento espiritual. A percepção de que tudo o que nos acontece tem como finalidade o nosso próprio crescimento espiritual, além de perceber que nós próprios somos os agentes causadores de todos os infortúnios, é fundamental para a auto escolha.  A necessidade interna de crescimento mobiliza o universo à nossa volta, trazendo-nos as lições necessárias que possibilitarão o crescimento espiritual. O universo conspira a favor do amor. Deus age através do ser humano e a partir dele mesmo. Devo sempre pensar que Deus está em mim e eu sou um deus.   As possibilidades de sermos atraídos psiquicamente para que não nos escolhamos são muitas e variadas. Essas possibilidades de caminhos estão representadas pela porta larga a que se referia Jesus Cristo. A  porta estreita se apresenta como sendo a escolha adequada à evolução espiritual que fazemos. Entrar nessa porta estreita não  é privilégio de alguns, pois todos, mais dia menos dia, alcançarão a possibilidade de se escolherem. Os convites que a Vida nos faz para aprender são infinitos, porém nem sempre sabemos fazer a escolha adequada. Escolher é uma constante na Vida. Quando escolhemos algo, sempre estamos renunciando a outra coisa. Como diz um ditado: “Não temos como ganhar todas”. O grande aprendizado consiste em “Não só é importante saber escolher como também saber renunciar.” Aquela  porta estreita que Jesus se referia representa um certo ‘sofrimento’ interno para o Espírito, pois ele viverá sua solidão inevitável pela descoberta de si mesmo, independente do universo e, ao mesmo tempo, interligado a ele. Aquele ‘sofrimento’ fará com que assuma a condução de sua Vida como compreendida por processos, os quais deverá saber abrir, vivenciá-los e fechá-los, de forma consciente. Dentre os ensinamentos do Cristo há pelo menos um que revela seu conhecimento de engenharia. Ele nos aconselha nos  lembrando que: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.” Certamente que seu objetivo não é nos ensinar técnicas de construção de fundações de casas, ele apenas se utiliza de uma comparação da solidez da rocha à maturidade de quem segue e pratica seus ensinamentos.  Construir a casa sobre a rocha equivale a dizer que o processo é interno, e não externo; é profundo, e não superficial.   Sabemos de nossas limitações, mas não podemos nos acomodar. A disposição para o Bem é um compromisso íntimo que devemos assumir conforme caminhamos pela estrada da evolução. Como disse Jesus, o Reino de Deus está em nós. Esse reino, voltamos a dizer, é a consciência, a essência do espírito, a chave para abrir a porta é o autoconhecimento. Quando formos realmente solidários com todos, na construção do Bem comum, resultado do processo de autodescoberta, já teremos dado um grande passo em nossa jornada evolutiva. Essas leis refletem-se nos ensinamentos de Jesus, que merecem ser cada vez mais estudados, assimilados e principalmente vivenciados.  Chega de cegueira e inércia meus irmãos.   Que possamos aceitar que nossa trajetória pela existência terrena tem a finalidade de proporcionar oportunidades de exercitar o sentimento de solidariedade, o que faz parte do nosso processo de reforma íntima. É nosso dever nos apoiarmos uns aos outros, objetivando o bem maior da caminhada de todos nós na direção de um presente e de um futuro de regeneração. O pensamento e o raciocínio constituem instrumentos de trabalho para o erguimento de caminhos que nos levarão continuamente ao aprimoramento espiritual e moral, calcadas também na modéstia e na conciliação. Então vamos estudar. Existem tantos livros, palestras no youtube, blogs, enfim, ao invés de utilizar seu celular para saber o que está acontecendo na vida dos outros, aproveite seu tempo e seu celular para estudar. Sempre que possível, busquemos erguer a mente ao Alto, clamando por ajuda espiritual, pois assim teremos condições de recolocar no prumo eventuais distorções porventura existentes. Em outras palavras, os caminhos para buscarmos conhecimento e ajuda são muitos, precisamos estar sempre revendo como anda nossa. Precisamos ser o foco de nossa vida. Não há como contestar que a fé raciocinada é um dos maiores trunfos do ser humano para vencer ps obstáculos da vida e trilhar, seguro, rumo ao desenvolvimento interior. Porém é preciso pensar, refletir, meditar e construir novas elaborações intelectuais, visando a construção do nosso progresso espiritual bem como exercitar o amor e os demais bons sentimentos, entre os quais a solidariedade, constitui mecanismo apto a alicerçar a substância da mudança de nosso comportamento para melhor. Nossos anjos guardiões, nossos benfeitores espirituais investiram, e continuam investindo, por todas as formas ao alcance deles, no sentido de que alcancemos satisfatoriamente o sucesso em nossa presente programação reencarnatória. Nosso livre-arbítrio e nossa força de vontade precisam estar vigilantes para que nosso espírito não se desvie da rota ideal. Sobre a Solidariedade vou citar um trecho das palavras de Haroldo Dutra: “O paradigma do mundo de regeneração é o paradigma da solidariedade. O dia em que o mundo entender que não é preciso ter bilhões na conta, mas que todos usufruam, o mundo será feliz. O dia em que eu entender que a Terra sou eu, não vou jogar mais nada no chão. Não há espaço para o egoísmo num mundo onde tudo está interligado, conectado, onde todos dependem uns dos outros. Solidariedade é lei divina, é lei da vida, novo paradigma do aprendizado e do comportamento humano. Se hoje a humanidade resolvesse dar as mãos, em pouco tempo os problemas do mundo estariam solucionados. Não há felicidade individual.”  Vou contar uma estorinha: Conta-se que, certa vez, um homem muito maldoso resolveu pregar uma peça em um mestre, famoso por sua sabedoria.  Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber.  Tomou de um pássaro e o segurou nas mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta: Mestre, o passarinho que trago nas mãos está vivo ou morto? Naturalmente, se o mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria em sua mão, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que o pássaro estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas. Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem a cena. Assim pensou. Assim fez. Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerando senhor, ele se aproximou e formulou a pergunta fatal. O sábio olhou profundamente o homem em seus olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro: O destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos. A estoria pode nos sugerir vários aspectos. Podemos analisar a maldade humana, que não vacila em esmagar inocentes para alcançar os seus objetivos. Podemos meditar na excelência da sabedoria, que se sobrepõe a qualquer ardil dos desonestos. Mas podemos sobretudo falar a respeito da destinação humana, ainda tão mal compreendida. Normalmente, tudo se atribui a Deus, à Sua vontade: as doenças, a miséria, a ignorância, a desgraça... Ora, se Deus é de infinito amor e bondade, conforme nos revelou Jesus, como conceber que Ele seja o promotor do infortúnio? A vida nos é dada por Deus mas a qualidade de vida é fruto das ações humanas. Se o mal impera, é porque os bons se omitem, de forma tímida, permitindo o avanço acintoso daquele. A mão que liberta o homem da desgraça é a do seu semelhante, o mais próximo que se lhe situe. Assim, o destino de nossa sociedade é o somatório de nossas ações. Filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, exercitemos a vontade, moldando nossa destinação gloriosa, bem como influenciemos positivamente as vidas dos que nos cercam. É nosso dever fazer algo de bom pelo semelhante. Para uma sociedade sadia é indispensável a solidariedade. E solidariedade significa prestar ao semelhante todo o cuidado que gostaríamos de receber dele, caso fôssemos nós os necessitados. E para encerrar nossa conversa de hoje, vou ler um Trecho extraído do livro “Luz no Caminho”, pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier:O trabalho edifica. A solidariedade aperfeiçoa. A tolerância eleva. Trabalhando, melhoramos a nós mesmos. Solidarizando-nos, enriqueceremos o mundo. Tolerando-nos, engrandeceremos a vida. Para trabalhar, com êxito, é necessário obedecer a lei. Para solidarizar-nos, com proveito, é indispensável compreender o bem e cultivá-lo. Para tolerar-nos, em sentido construtivo, é imprescindível amar. Em vista disso, o Mestre Divino, há quase dois milênios, afirmou para o mundo: “Meu Pai trabalha, até hoje, e eu trabalho também. Estarei convosco até o fim dos séculos. Amai-vos, uns aos outros, como eu vos amei.” Trabalhemos, então, construindo. Solidarizemo-nos, beneficiando. Toleremo-nos, amando sempre.”  Paz e Luz para todos nós!


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