sexta-feira, 22 de março de 2019

NOSSAS ESCOLHAS


Hoje falaremos sobre NOSSAS ESCOLHAS. Começo lendo um trecho do livro “Esmeralda” de Zibia Gasparetto: “Todos nós escolhemos livremente nossos caminhos. Pressionados pelas emoções, baseados em nossos sentimentos, envolvidos em nossas ilusões. Escolhemos ao preferir esta ou aquela oportunidade, ao fazer este ou aquele conceito, ao colocarmos em nossos próprios olhos as lentes com as quais preferimos enxergar a vida, as pessoas, as coisas. Tudo é escolha nossa. Apesar disso, muitas vezes, revoltamo-nos quando, ao toque da realidade que sempre toma o nome de desilusão, o reflexo de nossas escolhas nos atinge o coração, com resposta diferente da que esperávamos, porém a única possível como reação de nossos atos. Enganar-se na escolha é fato tão comum a nós todos como a presença do sofrimento e da dor, instrumentos de reajuste a que por essa razão fizemos jus. Revoltar-se diante das consequências de nossos próprios atos é tão ingênuo e inadequado quanto nossa teimosia em conduzir a vida como se ela pudesse obedecer-nos, servindo às nossas fantasias e infantilidades. A vida é perfeita pois é criação de DEUS. Assim sendo, suas respostas guardam a sabedoria divina. Nenhum homem poderá controlá-la. Ao contrário, há necessidade de compreender-lhe a essência e procurar harmonizar-se a seu movimento, que é a garantia de nossa felicidade, porquanto sua meta única e objetiva é a de nos tornar espíritos mais conscientes das verdades eternas que guarda em seu seio, e felizes participantes da alegria divina que tudo movimenta e harmoniza no belíssimo concerto universal. A cada ação nossa corresponde uma reação, que vem a ser as respostas que temos da vida. Nossa trajetória de vida, corresponde aos rumos que escolhemos e as respostas que recebemos, em forma de emoções e anseios, que nos ajudam a nortear nossas escolhas para colocar em nossos caminhos mais alegria, mais felicidade e mais paz. Todos somos assim.”.. Complemento as palavras de Zibia Gasparetto com a leitura de um trecho do Livro dos Espíritos que diz: “Nada acontece sem a permissão de Deus, pois foi Ele quem estabeleceu todas as leis que regem o universo. Perguntai, então, por que fez tal lei, e não outra! Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa toda a responsabilidade de seus atos e de suas consequências. Nada entrava o seu futuro; o caminho do bem, como o do mal, lhe estão abertos. Se vier a sucumbir, resta-lhe o consolo de que nem tudo se acabou para ele e que Deus, em sua bondade, deixa-o livre para recomeçar o que foi malfeito. Além disso, é preciso distinguir o que é obra da vontade de Deus do que é obra da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus; tivestes, porém, o desejo de vos expordes a ele, porque nele vistes um meio de progredirdes, e Deus o permitiu”. Como podemos ver, sempre haverá muitas opções de escolha para agirmos diante da vida, mas também sempre haverá prioridades. Isso mesmo, nossas escolhas sempre dependem de nossas prioridades, de nossos valores, do que realmente queremos no momento que escolhemos. Há um excesso de informações nos alcançando por todo tipo de mídia o tempo todo, como um bombardeio de opções. A prioridade deveria ser a que é construtiva e que nos faculta uma condição melhor para crescimento em todos os âmbitos. Há um excesso de pessimismo nos envolvendo. A prioridade deveria ser nos adequarmos, após análise crítica, ao otimismo necessário ao futuro melhor. Há uma onda de violência ainda presente e muito disseminada por todos nós. A prioridade deveria ser focarmos a violência que há em nós, procurando nos transformar em ovelhas do Senhor. Há um consumismo material nos envolvendo 24 horas por dia. A prioridade deveria ser a análise criteriosa: será que aquele bem material é realmente necessário? Há uma insistência generalizada para o desfrute dos prazeres que a modernidade oferece, as propagandas fazem a gente acreditar que sem aquele bem não seremos ninguém. A prioridade deveria ser o equilíbrio decorrente do bem estar físico e moral diante das Leis Naturais. Há uma disputa no campo da fé, misturando venda da fé e da religião. A prioridade deveria ser o culto legítimo fundamentado no servir ao próximo como gostaríamos de ser servidos. Há muitas inteligências, encarnadas e desencarnadas, que nos influenciam na forma de pensar. A prioridade deveria ser a autonomia pessoal decorrente do conhecimento das Leis Naturais, tendo como guia Nosso Mestre Jesus Cristo. Mas porque será que a gente se confunde tanto nas decisões que devemos tomar. Quanto a isso podemos ler o que Jesus falou a seus discípulos: "Não compreendes que tudo que entra pela boca, vai para o estômago e depois é expelido? O que sai da boca, ao contrário, vem do coração e torna o homem impuro. Pois é do coração que vêm os maus pensamentos, os homicídios, os furtos, os adultérios, as prostituições, os falsos testemunhos e as blasfêmias. Isto sim é o que torna o homem impuro, mas comer sem falar as mãos não torna impuro o homem (Mateus, 15:1 a 20)." Só para esclarecer: na época de Jesus os homens compreendiam o termo impuro como aquilo que estava em contradição com a vontade de Deus. Atualmente este termo indica algo contaminado, em desequilíbrio. Compreendemos, então, que Jesus nos ensinou que o que sai de nós é o que realmente nos faz mal, nos desarmoniza. Quanto a isso podemos entender que quando nos recolhemos dentro de nós e começamos a nos conhecer mais profundamente, iniciamos o processo de reforma interior, que nada mais é do que um novo proceder diante da vida, um redescobrir de nós, de quem somos verdadeiramente. Cada conhecimento adquirido não se perde e o espírito jamais retrocede. Podemos até estacionar, mas não retrocedemos jamais. Deus concedeu-nos o livre arbítrio, que se desenvolve a medida que o espírito toma consciência de si mesmo. Sendo assim, todos somos resultado de nossas escolhas. Isso mesmo, o que você é hoje nada mais é que o resultado de suas escolhas. Dizer que vivemos num mundo ou país ruim é não querer aceitar a verdade sobre nós mesmos. Vivemos com o resultado de nossas escolhas.  O que a gente faz para melhorar esse mundo ou esse país?  Temos opções e caminhos a seguir e escolhemos sempre o que nos convêm. Não podemos dizer jamais que somos enganados ou que somos inocentes. Temos escolhas! Temos opções! Temos valores! Temos moral e ética! Independente de termos ou não uma religião, acreditarmos ou não num Deus, aceitarmos ou não Jesus, temos uma consciência e ela nos cobra! Esta essência existe em nós, queiramos ou não. Está embutido e enraizado em nosso ser. Sabemos o que é certo e o que é errado e seguiremos o caminho que desejarmos. Sendo ricos ou pobres, sempre temos uma escolha, uma opção e um caminho. A falta de dinheiro não nos exime da responsabilidade de ser decentes e éticos. Como a riqueza não nos exime de sermos honestos e honrados. Não existe meio termo para o bem e para o mal. Ou se é bom ou se é mal. Ou se escolhe o caminho do bem ou se escolhe o caminho do mal. Como saber qual é o caminho? Para quem tem o conhecimento de uma religiosidade, é cristão, pode seguir os mandamentos de Jesus e sem medo de errar seguirá o caminho do bem. Para quem não acredita em nada disso, tem a essência de sua própria consciência dentro de si, do que é certo e do que é errado e também tem condições de escolher o caminho do bem ou do mal.  Segundo o filósofo francês Jean Paul Sartre, “não há nada que possa eximir o homem da sua condição de ser livre e, consequentemente, da sua condição de responsabilidade diante de seus atos”. Sobre essa indagação destaca-se o pensamento do apóstolo Paulo de Tarso: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”. Mostrando que a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, como esclarece a Doutrina Espírita em relação ao livre arbítrio. Essas observações esclarecedoras nos fazem refletir que a maturidade espiritual está diretamente ligada às escolhas de cada um, pois a evolução direciona os caminhos a percorrer, mostrando que conforme evoluímos, nossos gostos, buscas e focos de atenção vão modificando. No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec pergunta aos espíritos amigos: “Como ter certeza se as nossas escolhas estão de acordo com a lei de Deus?” E eles respondem: “Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.”  O amadurecimento espiritual nos convida a olhar a vida com verdade, aceitando a realidade que temos diante de nós, não nos permitindo iludir a respeito de nós mesmos, das pessoas e de tudo que nos cerca. Quando não temos maturidade suficiente para entender que a vida não vai nos dar tudo que queremos, nos colocamos na posição daquele que sofre acreditando ser vítima das circunstâncias, olhando para o lado e achando que as coisas só acontecem de forma positiva para o outro e não para si mesmo. É muito comum as pessoas olharem para tudo que o outro conquistou e achar que a vida dele é melhor do que a sua, porém esquecem-se de olhar o caminho que o outro percorreu para chegar onde está, não sabem das dificuldades, dos problemas, dos desafios que precisaram ser vencidos para que aquele resultado fosse alcançado. Se você parar para observar mais atentamente perceberá que a vida tem sempre altos e baixos, e às vezes só enxergamos o outro quando ele está em destaque, no alto. A vida não é uma um caminho linear e sem surpresas; sem tropeços, quedas, superação e conquistas. Não existe um caminho reto e sem curvas, desvios e retornos. A vida é feita de escolhas e a cada um de nós é dado o livre arbítrio de escolher por onde ir, como ir, com quem ir e quando ir. Justamente porque cada um tem esse poder de escolha, e devido os nossos caminhos se entrelaçarem, muitas vezes a escolha de um afeta o caminho do outro. Por isso precisamos fazer escolhas conscientes e ter a maturidade de aceitar que cada um é dono de seu próprio destino. Diante das dificuldades muitas vezes desejamos que o problema desapareça, que nada daquilo estivesse acontecendo, nos esquecemos de que são justamente os problemas que nos tornam mais amadurecidos. É justamente esse exercício interior de buscar uma solução, de encontrar uma saída, de superar as adversidades e muitas vezes superar a si mesmo, que nos possibilita adquirir confiança em quem somos, nos tornando mais seguros de nós mesmos, descobrindo assim o potencial em nós guardado. Quando nos sentimos lançados para o fundo do poço somos ao mesmo tempo forçados a um mergulho para dentro de nós mesmos, quanto tempo esse mergulho vai durar depende de cada um de nós, mas é certo que quando emergirmos de volta das profundezas de nosso ser, retornamos refeitos e fortalecidos. Quando a vida te apresentar problemas busque soluções. Quando um obstáculo surgir encontre a melhor maneira de superá-lo. Quando a dor chegar até você procure digeri-la sem se machucar. Quando o desânimo te abater, olhe para si mesmo e pergunte se você realmente quer ficar parado onde está. É fácil? Não, não é. É rápida a mudança? Não, também não é. Aceitar as dificuldades, encarar os desafios, resolver os problemas e encher-se de energia positiva quando tudo desmorona a sua volta é muito difícil. Mas lembre-se: Não existe vitória sem batalha. Não há conquista sem desafio. Ninguém vence desistindo. As dificuldades são degraus que te forçam para cima, ainda que por algum momento você os encare como obstáculos que queiram te derrubar e te impedem de prosseguir, a verdade é que quando você decidir reunir as suas forças e superar esse degrau estará mais alto do que jamais esteve. Cada escolha que fazemos irá determinar o próximo passo da nossa jornada. Uma coisa é certa, viver é tomar decisões diariamente, a começar por abrir os olhos e dar sequência na sua história. Não tem nada pronto, cabe a nós escrevermos nossa história.  Sua vida é só sua e cabe a você decidir como irá viver. O escritor americano Richard Bach, registrou: “Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA. Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos. Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados. Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo. Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nós próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos? Deus sabe que isto é verdade.” Meus irmãos, embora ainda estejamos presos a ilusões e formas de escravidão criadas pelo sistema que nos cerca, a luz dos ensinamentos espirituais são capazes de nos despertar para escolhas mais libertadoras. A questão 785 de O Livro dos Espíritos nos esclarece sobre o maior obstáculo ao nosso progresso: “O orgulho e o egoísmo.” Nessa resposta encontramos inspiração na avaliação de cada escolha, porque “Além do gozo dos bens terrenos, existe uma felicidade infinitamente maior e infinitamente mais durável”, revelam os espíritos de luz. Encerro o estudo dessa noite citando Mahatma Ghandi: “Tenha sempre bons pensamentos, porque os seus pensamentos se transformam em suas palavras. Tenha boas palavras, porque as suas palavras se transformam em suas ações. Tenha boas ações, porque as suas ações se transformam em seus hábitos. Tenha bons hábitos, porque seus hábitos se transformam em seus valores. Tenha bons valores, porque os seus valores se transformam no seu próprio destino.” Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!  Paz e luz para todos.
Fonte: https://www.kardecriopreto.com.br/escolhas-e-prioridades/

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