Hoje
falaremos sobre NOSSAS ESCOLHAS. Começo lendo um trecho do livro “Esmeralda” de
Zibia Gasparetto: “Todos nós
escolhemos livremente nossos caminhos. Pressionados pelas emoções, baseados em
nossos sentimentos, envolvidos em nossas ilusões. Escolhemos ao preferir esta
ou aquela oportunidade, ao fazer este ou aquele conceito, ao colocarmos em
nossos próprios olhos as lentes com as quais preferimos enxergar a vida, as
pessoas, as coisas. Tudo é escolha nossa. Apesar disso, muitas vezes, revoltamo-nos
quando, ao toque da realidade que sempre toma o nome de desilusão, o reflexo de
nossas escolhas nos atinge o coração, com resposta diferente da que
esperávamos, porém a única possível como reação de nossos atos. Enganar-se na escolha
é fato tão comum a nós todos como a presença do sofrimento e da dor,
instrumentos de reajuste a que por essa razão fizemos jus. Revoltar-se diante
das consequências de nossos próprios atos é tão ingênuo e inadequado quanto
nossa teimosia em conduzir a vida como se ela pudesse obedecer-nos, servindo às
nossas fantasias e infantilidades. A vida é perfeita pois é criação de DEUS.
Assim sendo, suas respostas guardam a sabedoria divina. Nenhum homem poderá
controlá-la. Ao contrário, há necessidade de compreender-lhe a essência e
procurar harmonizar-se a seu movimento, que é a garantia de nossa felicidade,
porquanto sua meta única e objetiva é a de nos tornar espíritos mais
conscientes das verdades eternas que guarda em seu seio, e felizes
participantes da alegria divina que tudo movimenta e harmoniza no belíssimo
concerto universal. A cada ação nossa corresponde uma reação, que vem a ser as
respostas que temos da vida. Nossa trajetória de vida, corresponde aos rumos
que escolhemos e as respostas que recebemos, em forma de emoções e anseios, que
nos ajudam a nortear nossas escolhas para colocar em nossos caminhos mais
alegria, mais felicidade e mais paz. Todos somos assim.”.. Complemento as
palavras de Zibia Gasparetto com a leitura de um trecho do Livro dos Espíritos
que diz: “Nada acontece sem a permissão de Deus,
pois foi Ele quem estabeleceu todas as leis que regem o universo. Perguntai,
então, por que fez tal lei, e não outra! Dando ao Espírito a liberdade de
escolher, Deus lhe deixa toda a responsabilidade de seus atos e de suas
consequências. Nada entrava o seu futuro; o caminho do bem, como o do mal, lhe
estão abertos. Se vier a sucumbir, resta-lhe o consolo de que nem tudo se
acabou para ele e que Deus, em sua bondade, deixa-o livre para recomeçar o que
foi malfeito. Além disso, é preciso distinguir o que é obra da vontade de Deus
do que é obra da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem
o criou e sim Deus; tivestes, porém, o desejo de vos expordes a ele, porque
nele vistes um meio de progredirdes, e Deus o permitiu”. Como podemos ver, sempre haverá muitas
opções de escolha para agirmos diante da vida, mas também sempre haverá
prioridades. Isso mesmo, nossas escolhas sempre dependem de nossas prioridades,
de nossos valores, do que realmente queremos no momento que escolhemos. Há um
excesso de informações nos alcançando por todo tipo de mídia o tempo todo, como
um bombardeio de opções. A prioridade deveria ser a que é construtiva e que nos
faculta uma condição melhor para crescimento em todos os âmbitos. Há um excesso
de pessimismo nos envolvendo. A prioridade deveria ser nos adequarmos, após
análise crítica, ao otimismo necessário ao futuro melhor. Há uma onda de
violência ainda presente e muito disseminada por todos nós. A prioridade
deveria ser focarmos a violência que há em nós, procurando nos transformar em
ovelhas do Senhor. Há um consumismo material nos envolvendo 24 horas por dia. A
prioridade deveria ser a análise criteriosa: será que aquele bem material é
realmente necessário? Há uma insistência generalizada para o desfrute dos
prazeres que a modernidade oferece, as propagandas fazem a gente acreditar que
sem aquele bem não seremos ninguém. A prioridade deveria ser o equilíbrio
decorrente do bem estar físico e moral diante das Leis Naturais. Há uma disputa
no campo da fé, misturando venda da fé e da religião. A prioridade deveria ser
o culto legítimo fundamentado no servir ao próximo como gostaríamos de ser
servidos. Há muitas inteligências, encarnadas e desencarnadas, que nos
influenciam na forma de pensar. A prioridade deveria ser a autonomia pessoal
decorrente do conhecimento das Leis Naturais, tendo como guia Nosso Mestre Jesus
Cristo. Mas porque será que a gente se confunde tanto nas decisões que devemos
tomar. Quanto a isso podemos ler o que Jesus falou a seus discípulos: "Não
compreendes que tudo que entra pela boca, vai para o estômago e depois é
expelido? O que sai da boca, ao contrário, vem do coração e torna o homem
impuro. Pois é do coração que vêm os maus pensamentos, os homicídios, os furtos,
os adultérios, as prostituições, os falsos testemunhos e as blasfêmias. Isto
sim é o que torna o homem impuro, mas comer sem falar as mãos não torna impuro
o homem (Mateus, 15:1 a 20)." Só para esclarecer: na época de Jesus os
homens compreendiam o termo impuro
como aquilo que estava em contradição com a vontade de Deus.
Atualmente este termo indica algo contaminado, em desequilíbrio. Compreendemos,
então, que Jesus nos ensinou que o que sai de nós é o que realmente nos faz
mal, nos desarmoniza. Quanto a isso podemos entender que quando nos recolhemos dentro de nós e
começamos a nos conhecer mais profundamente, iniciamos o processo de reforma
interior, que nada mais é do que um novo proceder diante da vida, um
redescobrir de nós, de quem somos verdadeiramente. Cada conhecimento adquirido
não se perde e o espírito jamais retrocede. Podemos até estacionar, mas não
retrocedemos jamais. Deus concedeu-nos o livre
arbítrio, que se desenvolve a medida que o espírito toma consciência de si
mesmo. Sendo assim, todos somos resultado de nossas escolhas. Isso mesmo, o que
você é hoje nada mais é que o resultado de suas escolhas. Dizer que vivemos num
mundo ou país ruim é não querer aceitar a verdade sobre nós mesmos. Vivemos com
o resultado de nossas escolhas. O que a
gente faz para melhorar esse mundo ou esse país? Temos opções e caminhos a seguir e escolhemos
sempre o que nos convêm. Não podemos dizer jamais que somos enganados ou que
somos inocentes. Temos escolhas! Temos opções! Temos valores! Temos moral e
ética! Independente de termos ou não uma religião, acreditarmos ou não num Deus,
aceitarmos ou não Jesus, temos uma consciência e ela nos cobra! Esta essência
existe em nós, queiramos ou não. Está embutido e enraizado em nosso ser.
Sabemos o que é certo e o que é errado e seguiremos o caminho que desejarmos.
Sendo ricos ou pobres, sempre temos uma escolha, uma opção e um caminho. A
falta de dinheiro não nos exime da responsabilidade de ser decentes e éticos.
Como a riqueza não nos exime de sermos honestos e honrados. Não existe meio
termo para o bem e para o mal. Ou se é bom ou se é mal. Ou se escolhe o caminho
do bem ou se escolhe o caminho do mal. Como saber qual é o caminho? Para quem
tem o conhecimento de uma religiosidade, é cristão, pode seguir os mandamentos
de Jesus e sem medo de errar seguirá o caminho do bem. Para quem não acredita
em nada disso, tem a essência de sua própria consciência dentro de si, do que é
certo e do que é errado e também tem condições de escolher o caminho do bem ou
do mal. Segundo o filósofo
francês Jean Paul Sartre, “não há nada que possa eximir o homem da sua condição
de ser livre e, consequentemente, da sua condição de responsabilidade diante de
seus atos”. Sobre
essa indagação destaca-se o pensamento do apóstolo Paulo de Tarso: “Tudo me é
permitido, mas nem tudo me convém”. Mostrando que a semeadura é livre, mas a
colheita obrigatória, como esclarece a Doutrina Espírita em relação ao livre
arbítrio.
Essas
observações esclarecedoras nos fazem refletir que a maturidade espiritual está
diretamente ligada às escolhas de cada um, pois a evolução direciona os
caminhos a percorrer, mostrando que conforme evoluímos, nossos gostos, buscas e focos de atenção vão
modificando. No
livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec pergunta aos espíritos
amigos: “Como ter
certeza se as nossas escolhas estão de acordo com a lei de Deus?” E eles respondem: “Apenas, Deus, em sua misericórdia
infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama
consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes,
conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas,
ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes
aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos
achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.” O amadurecimento espiritual nos convida a
olhar a vida com verdade, aceitando a realidade que temos diante de nós, não
nos permitindo iludir a respeito de nós mesmos, das pessoas e de tudo que nos
cerca. Quando não temos maturidade suficiente para entender que a vida não vai
nos dar tudo que queremos, nos colocamos na posição daquele que sofre
acreditando ser vítima das circunstâncias, olhando para o lado e achando que as
coisas só acontecem de forma positiva para o outro e não para si mesmo. É muito
comum as pessoas olharem para tudo que o outro conquistou e achar que a vida
dele é melhor do que a sua, porém esquecem-se de olhar o caminho que o outro
percorreu para chegar onde está, não sabem das dificuldades, dos problemas, dos
desafios que precisaram ser vencidos para que aquele resultado fosse alcançado.
Se você parar para observar mais atentamente perceberá que a vida tem sempre
altos e baixos, e às vezes só enxergamos o outro quando ele está em destaque,
no alto. A vida não é uma um caminho linear e sem surpresas; sem tropeços,
quedas, superação e conquistas. Não existe um caminho reto e sem curvas,
desvios e retornos. A vida é feita de escolhas e a cada um de nós é dado o
livre arbítrio de escolher por onde ir, como ir, com quem ir e quando ir. Justamente
porque cada um tem esse poder de escolha, e devido os nossos caminhos se
entrelaçarem, muitas vezes a escolha de um afeta o caminho do outro. Por isso
precisamos fazer escolhas conscientes e ter a maturidade de aceitar que cada um
é dono de seu próprio destino. Diante das dificuldades muitas vezes desejamos
que o problema desapareça, que nada daquilo estivesse acontecendo, nos
esquecemos de que são justamente os problemas que nos tornam mais amadurecidos.
É justamente esse exercício interior de buscar uma solução, de encontrar uma
saída, de superar as adversidades e muitas vezes superar a si mesmo, que nos
possibilita adquirir confiança em quem somos, nos tornando mais seguros de nós
mesmos, descobrindo assim o potencial em nós guardado. Quando nos sentimos
lançados para o fundo do poço somos ao mesmo tempo forçados a um mergulho para
dentro de nós mesmos, quanto tempo esse mergulho vai durar depende de cada um
de nós, mas é certo que quando emergirmos de volta das profundezas de nosso
ser, retornamos refeitos e fortalecidos. Quando a vida te apresentar problemas
busque soluções. Quando um obstáculo surgir encontre a melhor maneira de
superá-lo. Quando a dor chegar até você procure digeri-la sem se machucar. Quando
o desânimo te abater, olhe para si mesmo e pergunte se você realmente quer
ficar parado onde está. É fácil? Não, não é. É rápida a mudança? Não, também
não é. Aceitar as dificuldades, encarar os desafios, resolver os problemas e
encher-se de energia positiva quando tudo desmorona a sua volta é muito
difícil. Mas lembre-se: Não existe vitória sem batalha. Não há conquista sem
desafio. Ninguém vence desistindo. As dificuldades são degraus que te forçam
para cima, ainda que por algum momento você os encare como obstáculos que
queiram te derrubar e te impedem de prosseguir, a verdade é que quando você
decidir reunir as suas forças e superar esse degrau estará mais alto do que
jamais esteve. Cada
escolha que fazemos irá determinar o próximo passo da nossa jornada. Uma
coisa é certa, viver é tomar decisões diariamente, a começar por abrir os olhos
e dar sequência na sua história. Não tem nada pronto, cabe a nós escrevermos
nossa história. Sua vida é só sua e cabe
a você decidir como irá viver. O escritor americano Richard Bach, registrou: “Coisas ruins
não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA.
Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que
aprendemos e como nos desenvolvemos. Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas
escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós
mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados. Uma pequena mudança
hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as
recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas
acham-se ocultas pelo tempo. Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente
aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nós próprios criamos.
Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar
nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos? Deus sabe que isto é verdade.”
Meus irmãos, embora
ainda estejamos presos a ilusões e formas de escravidão criadas pelo sistema
que nos cerca, a luz dos ensinamentos espirituais são capazes de nos despertar
para escolhas mais libertadoras. A questão 785 de O Livro dos Espíritos nos
esclarece sobre o maior obstáculo ao nosso progresso: “O orgulho e o egoísmo.”
Nessa resposta encontramos inspiração na avaliação de cada escolha, porque
“Além do gozo dos bens terrenos, existe uma felicidade infinitamente maior e
infinitamente mais durável”, revelam os espíritos de luz. Encerro o estudo
dessa noite citando Mahatma Ghandi: “Tenha sempre
bons pensamentos, porque os seus pensamentos se transformam em suas palavras. Tenha
boas palavras, porque as suas palavras se transformam em suas ações. Tenha boas
ações, porque as suas ações se transformam em seus hábitos. Tenha bons hábitos,
porque seus hábitos se transformam em seus valores. Tenha bons valores, porque
os seus valores se transformam no seu próprio destino.” Que
Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma! Paz e
luz para todos.
Fonte: https://www.kardecriopreto.com.br/escolhas-e-prioridades/
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