Hoje para nosso estudo proponho que façamos uma breve reflexão sobre o dito
popular que afirma: “DIGA-ME COM QUEM ANDAS E EU TE DIREI QUEM ÉS”. Quando nos aprofundamos no
estudo acerca do pensamento, podemos tranquilamente fazer um pequeno
ajuste no ditado e propormos o seguinte enunciado: “diga-me o que pensas e eu te direi com quem andas”.
Estudiosos do assunto declaram que temos, num período de vinte e quatro horas,
cerca de sessenta a noventa e cinco mil pensamentos! É uma quantidade
enorme, não é verdade? E torna-se, lógica, a pergunta: como mantê-los em
harmonia, equilibrados? Ao abordar a importância do pensamento, Suely Caldas,
no livro Os poderes da mente,
diz que “pensar é criar.
Tudo o que existe, o que vemos, o que percebemos, sentimos e até o que não
vemos nem percebemos, existiu primeiro no pensamento”. O pensamento
é, sem sombra de dúvida, o atributo característico do ser espiritual, que o
distingue da matéria. E ao pensar, o Espírito, mesmo sem se dar conta,
acaba por atuar em conformidade com uma das leis do Universo: a Lei de
Sintonia. Sintonizar nada mais é que
ajustar um aparelho receptor ao comprimento da onda do aparelho emissor. Mas,
no campo das emoções, seu significado pode ser outro: combinar, simpatizar
com, entender-se bem com. Daí vamos perceber que nossas preferências geram
sintonia; que nossa mente funciona como uma verdadeira estação de rádio,
emitindo e captando pensamentos. Neste
contexto, a Doutrina Espírita ajuda, de maneira grandiosa, o homem a
compreender o valor do pensamento equilibrado. Na questão de número 459 no
O Livro dos Espíritos,
Allan Kardec indaga: “Os
Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos?”
Respondem os Mensageiros do Alto que: “Muito
mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem”.
Essa resposta demonstra como somos bastante influenciados e a necessidade que
temos de manter a mente num ritmo de equilíbrio, a fim de estabelecermos
sintonias “finas”. Em outra questão da Obra Básica já mencionada, a de número
467, Kardec pergunta: “Pode
o homem libertar-se da influência dos Espíritos que o impelem ao mal?”
Os Espíritos Superiores então decretaram: “Sim,
visto que tais Espíritos só se apegam aos que os chamam por seus desejos ou os
atraem por seus pensamentos”. Diante desses questionamentos
respondidos à Kardec e trazendo para nosso dia a dia o que você me diz sobre a
natureza de seus pensamentos? O pensamento
equilibrado passa a ser entendido como uma necessidade, a fim de vivermos
melhor na Terra: mais saudáveis, mais ajustados, enfim, mais felizes! A
proposta é de que exercitemos o “pensar bem” em todos os ambientes por onde
transitamos, quer seja na família, no ambiente de trabalho, na vizinhança, em
situações que nos põem à prova como o trânsito caótico, a fila que não anda,
etc. A benfeitora Joanna de Ângelis, no
livro Momentos
enriquecedores, faz uma correlação interessante entre a mente e
a saúde, elucidando que “cada
criatura é o resultado das realizações morais, espirituais da sua mente
e que a harmonia mental
proporciona a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação
dela, quando se encontra saudável”. Ora,
se a mente equilibrada, que produz pensamentos alinhados com o Bem é tão
benéfica em todos os sentidos, inclusive para a manutenção da saúde
física, o que podemos fazer para alcançar esse estado ditoso de harmonia? Existem recursos de grande valia e que estão
ao nosso alcance para que comecemos a sintonizar de maneira mais inteligente: a
oração, a meditação, as leituras edificantes, a boa música, enfim, são
propostas simples que auxiliam o homem na busca por um pensamento mais
condizente com a sua condição de filho de Deus! Perto, muito perto de ti, estão
todos aqueles que já te precederam na viagem da morte.” – declara Emmanuel. O médium Raul Teixeira nos explica:
quem pensa que tem 1 ou 2 espíritos à sua volta, engana-se. Há uma “nuvem” à
nossa volta, uns 30 espíritos por encarnado. Isso, é claro, agrupados em faixas
vibratórias. Interessante pensar que somos rodeados por uma nuvem de espíritos.
Se somos 7 bilhões de encarnados, há quem fale de 30 bilhões de espíritos sobre
a Terra. Na boa matemática, teríamos 23 bilhões de desencarnados. Assim como
nós não os vemos, muitos não vêem uns aos outros. Mas afinal qual será a
condição moral da nossa “nuvem de espiritos”?
Da nuvem que nos rodeia? É uma
nuvem de chuvas e trovoadas? É uma nuvem rosada de uma linda manhã? Para respondermos
a essa pergunta temos que avaliar duas coisas: Primeiro, a condição moral do
Planeta: se nosso planeta vivesse em paz e fraternidade, isso seria um reflexo
de uma maioria voltada para o bem, mas ainda estamos longe disso, podemos dizer
que a maioria ainda se compraz no erro. Segundo, temos que avaliar a quem nós
atraímos e repelimos. Por isso podemos trazer novamente aquela frase citada no
inicio de nossa conversa: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”, em
outras palavas: “Diga-me quem és e eu te direi com quem andas.” Responda para
você mesmo: Você tem dado ouvidos aos apelos daqueles que se sublimaram no suor
do serviço pelo bem de todos? Eles provam que o esforço no bem sempre abre portas
para a iluminação. Ou você se detem em oportunidades e exercícios de paixões
inferiores, que arrastam muitos para furnas sombrias? Importante lembrar que existe
aqueles que nos ensinam a aprender com nossa dor e com a dor dos outros mas
também temos aqueles que visam apenas o próprio prazer e pouco importa os
outros. Emmanuel nos alerta: “No lar do pensamento, estamos todos juntos.” Por
isso existe a necessidade urgente da nossa reforma interior, onde iremos nos
conhecer e assumirmos nossa condição de espirito em construção mas junto de
Jesus traçaremos nossa jornada rumo ao Pai. Emmanuel ainda nos diz: “Trazes,
assim, contigo, o leme do destino escondido na mente, ocultando no peito o
impulso que o dirige, porque tudo prospera aos golpes do desejo, e o imã do
desejo chama-se coração.” “Persevera no bem e aguarda que esta luz te penetre
profundamente,” nos diz o médium Divaldo Franco.
Toda pequena reunião de estudos, todo pequeno ato de caridade, toda obra que
nos espiritualiza, tudo isso são gotas de iluminação para nosso coração e para
todo o mundo visível e invisível ao nosso redor. É o que vimos buscar nesse
recanto de oração que chamamos “Casa do Mestre”. Continuaremos nossa busca por
uma vida mais harmônica ao lado de Jesus.
Lembremo-nos da lição de Cristo – ORAI E VIGIAI. Orar todos sabemos o
que é. E vigiar? A que se refere Jesus quando diz para que vigiemos? Diz para
vigiarmos nossos amigos para ver se nos influenciam? Não. Ele é claro ao dizer que devemos vigiar
nossos próprios pensamentos, nossos próprios sentimentos, os UNICOS que podem
efetivamente nos fazer bem ou mal. Já dissemos em outras ocasiões. Ninguém tem
o poder sobre nós a não ser nós mesmos. Ninguém nos faz mal. Podem no máximo
NOS INFLUENCIAR para isso ou para aquilo. Mas os Senhores absolutos de nossa
vontade e consequentemente OS UNICOS RESPONSÁVEIS por nossas ações somos nós. Faz
parte da Natureza Humana (em processo de crescimento) que procuremos colocar a
culpa pelos nossos fracassos, pelas nossas dores em algo externo a nós. Agi assim, pois sou muito pobre, tenho ódio
porque o que ele fez é muito grave. Não faço caridade, pois são um bando de
ingratos. Minha casa está um caos porque há obsessores rondando por lá. E por
aí vai a lista de desculpas. Tudo na vida gira em torno dos pensamentos que
emitimos. Se temos bons pensamentos a nossa vida será boa, caso contrário, ela
não será… Então, nossa saúde física, espiritual e emocional depende das
energias que direcionamos. Assim como: O bom humor ou o mau humor é
contagiante. pensamento é nossa
identificação, carreador de nossas emoções, determina
nosso estado de saúde e determina nossas ações. O
pensamento é o principal atributo do espírito que
é o princípio inteligente. Pelos nossos pensamentos somos
identificados no mundo espiritual. Ex: quando estamos
nervosos, labaredas vermelhas aparecem em nós, quando estamos com
ódio ou mágoa, somos cobertos por uma luz
negra ou acinzentada. O pensamento leva as nossas emoções
para o ambiente e para o alvo do mesmo.
Mantendo bons pensamentos evitamos diversos problemas
de saúde e relacionamento (entre encarnados e
desencarnados). Devemos refletir antes de agir. O pensamento
é muito importante em nossas vidas, pois
somos consequência destes. No livro “Roteiro”, psicografado por Chico
Xavier, Emmanuel nos diz: “As bases de
todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e os encarnados,
repousam na mente, não obstante a possibilidade de fenômenos naturais, no campo
da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou
extremamente consagradas à caridade sacrificial. De qualquer modo, porém, é no
mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos de comunhão de
espírito a espírito. Daí procede a necessidade de renovação idealística, de
estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contato
com os Espíritos da Grande Luz. Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra
inicialmente burilada. Tanto quanto a do animal, pode demorar-se, por muitos
séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de
hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a expomos ao sol da
experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as
dificuldades do caminho, por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos
por aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra
burilada reflete a luz, certamente nos habilitamos a receber a influência dos
grandes gênios da Sabedoria e do Amor, gloriosos expoentes da imortalidade
vitoriosa, convertendo-nos em valiosos instrumentos da obra assistencial do
Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos menos favorecidos e para a
elevação de nós mesmos para as regiões mais altas. A fim de atingirmos tão
altos objetivo, é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização
mental, no Infinito Bem, e segui-lo sem recuar. Precisamos compreender -
repetimos, que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações
visíveis e tangíveis no campo espiritual. Atraímos companheiros e recursos de
conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos. Energia
viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis, construindo
paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com as quais
emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros. Nosso êxito ou
fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente
aos objetivos que nos propomos alcançar. Semelhante lei de reciprocidade impera
em todos os acontecimentos da vida. Comunicar-nos-emos com as entidades e
núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia. Nos mais
simples quadros da natureza, vamos manifestado o princípio da correspondência.
Um fruto apodrecido ao abandono estabelece no chão um foco infeccioso que tende
a crescer incorporando elementos corruptores. Exponhamos a pequena lâmina de
cristal, limpa e bem cuidada, à luz do dia, e refletirá infinitas cintilações
do Sol. Andorinhas seguem a beleza da primavera. Corujas acompanham as trevas
da noite. O mato inculto asila serpentes. A terra cultivada produz o bom grão. Na mediunidade, essas leis se expressam
ativas. Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do
desequilíbrio, enquanto que a boa-vontade e a boa intenção, acumulam os valores
do bem. Ninguém está só. Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá. Cada
alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em
que situa a própria felicidade. Estejamos, assim, convictos de que os nossos
companheiros da Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas
solicitações interiores, mesmo porque, segundo o antigo ensinamento evangélico,
"teremos o nosso tesouro onde colocarmos o nosso coração." Joanna de Ângelis, por meio da psicografia de
Divaldo Franco, no livro Vida feliz, trouxe-nos as seguintes
recomendações acerca do equilíbrio no pensar: “Mantém os teus pensamentos em ritmo de saúde e otimismo.
Conforme pensares, atrairás respostas vibratórias equivalentes. Pensa
corretamente e serás inspirado por Deus a encontrar as soluções melhores”. Amados irmãos, Vigilância
e oração nos auxiliam nesta empreitada de melhorar nossa sintonia mental.
Através delas, pomo‐nos
em sintonia conosco mesmos, tornando‐nos cada dia
mais autoconscientes. Percebendo claramente nossas reações do
cotidiano, criamos condições para nos avaliarmos e
consequentemente substituirmos os automatismos negativos pelos
positivos. De acordo com o Espírito Lourdes Catherine (livro
Conviver e Melhorar - cap. 42) o momento ideal para
impedir que um pensamento negativo se instale é
quando ele surge. Ela sugere que criemos um “saneador”.
O interessante é que esse saneador,
ou melhor, “saneadores” estão constantemente junto de nós, mas nem
sempre lançamos mão deles. O primeiro chama‐se permissão. Quando nos permitimos criar
situações aflitivas, de agressões e desequilíbrio nos
envolvemos de tal forma com fluidos desarmônicos que
“infectamos” nossa psicosfera espiritual. Segundo a
autora, “Muitas pessoas não comandam a própria força
mental, tornando-se prisioneiro de si mesmo”. Realmente, não
é raro ficarmos nas fantasias desequilibrantes. Ao invés
disso, deveríamos voltar para as ideias de sucesso, força e paz.
Deveríamos acreditar no nosso potencial
e aproveitar as oportunidades da vida para crescer.
E se por acaso nos arranharmos durante o percurso,
é igualmente importante lembrar que as quedas
são lições a serem aprendidas. Cabe a nós nos colocarmos
novamente de pé e seguirmos a jornada evolutiva. O segundo saneador é a
oração. Através da prece, melhoramos nosso padrão
vibratório mesmo que momentaneamente. Para tanto, ela
precisa ser acionada pela vontade e vir
do coração. Se na luta do dia a dia não
conseguirmos longo tempo para orar, façamos
pequenos momentos de desprendimento. Voltemos, por poucos minutos,
nossa mente para o alto, entremos em estado
de prece e mentalmente nos permitamos a “conversar”
com o Pai. Ele, com
certeza, nos dará forças e a própria oração
“limpará” nossos lixos mentais. Importante é termos
consciência de que nossa psicosfera será de luz
ou de sombras na mesma proporção que investirmos no
positivo ou no negativo.
Para encerrar este trabalho deixo uma
prece de André Luiz para nossa reflexão sobre
nossos pensamentos: PENSAMENTOS IMPRÓPRIOS: Senhor e Mestre, vigia
meus pensamentos! Acomodado
na certeza de que meus pensamentos são
invioláveis aos meus semelhantes, muitas vezes ponho
me a pensar o que não devo, não poupando definições
e julgamentos que se revelados, me propiciariam
duras recriminações, senão momentos até piores!… Movimento-me pela vida
observando e analisando pessoas e circunstâncias,
e nem sempre é possível furtar-se de pensamentos
cujo teor não é nem fraterno e nem
misericordioso, levando-me a
me recriminar intimamente após emiti-los. Bem sei que para conduzir à falta basta o pensamento,
porém não me sinto perfeito
o bastante para evitar que eu
julgue conforme meu estado de humor, levando a
diminuir e até a ridicularizar o meu próximo
em minha imaginação e em
meus comentários, vez ou outra… Me guarda, Senhor, de
perseverar em semelhante estado de alma,
visto que só cabe
a Deus o julgamento de coisas e pessoas, não
me sendo permitido emitir conclusões senão
aquelas que possam
beneficiar e restabelecer, reconstruir e reerguer… Sempre que eu
me sentir inclinado a julgar mentalmente meus irmãos,
diminuindo-os perante meu imenso orgulho, recorda-me de
que, se eu já consigo visualizar com tamanha perfeição
os erros e os fracassos alheios,
este é o momento certo para que eu
visualize e corrija os
meus próprios erros e fracassos, com perfeição semelhante!
Assim seja! Encerro o estudo de hoje pedindo a
todos que façam um balanço de suas vidas. Quais são suass reais tendências? O que de sua vida são sugestões externas? Estamos privilegiando as boas ou as más
influencias? E nós enquanto influenciadores? Nossos exemplos estão
influenciando aqueles que nos rodeiam para o bem ou para o mal? Que JESUS nos abençoe e proteja e que cada
um de nós tenha a CORAGEM e a FORÇA de fazermos nossa reforma interior para se
guiar apenas por seus ensinamentos.
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