sexta-feira, 22 de março de 2019

AUTO AMOR


Hoje falaremos sobre O AUTO AMOR. Inicio citando Mateus, versículo 22:34 a 40 - Um doutor da lei perguntou a Jesus: – Mestre, qual o grande mandamento da lei? – Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. – Esse o maior e o primeiro mandamento. – E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos... Se observarmos bem, quando Jesus diz: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, ele nos diz que amaremos o outro na medida em que nos amamos.. complexo né?.. Como será que nos amamos?? Às vezes nos pegamos pensando que está na hora de transformar nossa vida,  que tem alguma coisa errada e que não estamos entendo o que a vida quer ensinar. Outras vezes parece que, enquanto todos vivem uma vida colorida, a gente  não consegue sair do cinza. Mas o que importa não é saber se os outros estão mais ou menos felizes, e sim o que fazer para saborear mais a sua vida.  Vamos então aproveitar esse desejo de reforma e ir além da repaginada clássica, com um bom banho  de loja, corte de cabelo novo ou uma viagem inesquecível.   Claro que os cuidados pessoais são muito importantes, mas não precisamos gastar tanta energia com isso, é preciso avançar, é chegada a hora de fazer uma revolução, uma reforma interior, um olhar diferente para VOCÊ, para sua alma, quem mora aí dentro desse corpo. Já falamos aqui que "SUA VIDA MUDA QUANDO VOCÊ MUDA", ou seja, quando há uma transformação em sua maneira de encarar o mundo, até porque as mudanças nunca ocorrem amanhã, mas sim, hoje, no presente, inclusive agora ouvindo o que tenho a te dizer. As mudanças não acontecem quando alguma coisa no mundo, ou nas pessoas que o cercam, se modifica mas quando algo muda dentro de você. É quando a consciência domina os vícios de longas encarnações e o primeiro passo para promover uma mudança pra valer é libertarmo-nos da imagem que transmitimos aos outros. Certamente muito da sua maneira de ser é pura representação, alguém que foi construído pela regras da sociedade em que você cresceu. Todos carregamos dentro de nós, uma boa dose de loucura, que passamos a vida inteira procurando esconder, que chamamos de sombra. Porém como um vulcão, um dia essa sombra explodirá, até porque viver sempre sendo o "Certinho", o perfeitinho, é como sentar-se sobre um vulcão, que permanece inativo por muito tempo, mas que  de repente, pode entrar em erupção. Essa é a razão de algumas pessoas dormirem satisfeitas e acordarem angustiadas, outros que de um dia para o outro se transforma em alguém irreconhecível. No fundo a pessoa sempre foi aquilo, ela só representava para agradar quem o cerca. A sociedade exige que sejamos bonzinhos, mas quem é bonzinho o tempo todo acaba enlouquecendo de verdade, se tornando ruim para si próprio. Quando alguém quer ser muito certinho, deixa de ser humano até o dia que não aguenta mais e explode. Entrar em contato com sua sombra é saber quem você realmente é e isso vai te ajudar a trilhar no caminho da paz e felicidade, pois você será pleno, livre. Tem gente que se libera no Carnaval, no estádio de futebol, e etc, justificando que ali pode. Será que pode? Será que deve? Não seria melhor se confrontar consigo mesmo. A verdadeira Reforma Interior acontece quando você se conhece, pois essa sombra que vive sendo reprimida é você. A infelicidade é uma gaiola imaginária que só o indivíduo percebe e vive, iniciar a desmontagem dessa ilusão é tarefa de cada um  para alcançar a Felicidade. MAS O QUE É A INFELICIDADE? INFELICIDADE, é antes de tudo um estilo de vida, uma forma de olhar o mundo pelo lado contrário, em vez de você tirar proveito do momento atual, lamenta-se do que poderia ter acontecido na vida. Perceba que a oportunidade está no presente, não no passado. Então aproveite o momento, pois ele nunca mais se repetirá igual. Há quem sacrifique a vida inteira para conseguir status e poder, no desejo de conquistar títulos e riquezas, sufocando os sonhos. É uma grande ilusão, quando se pretende impressionar alguém com um carro sofisticado, na verdade o que impressiona é o carro e não a pessoa.  Quando  se usa o título de doutor, diretor ou presidente para se impor a alguém, é o título que se impõe, e não a pessoa. Você tem mais valor do que qualquer carro, cargo, pois perante Deus, somos todos iguais. Muitos pensam que quem cuida de si próprio se transformam em egoísta, entretanto quando você se compreende e é bondoso consigo mesmo, torna-se uma pessoa mais generosa. Você sabe o que é estar com você? Estar com você significa principalmente cuidar de  seus sentimentos, de seus sonhos. É estar sempre atento ao que se passa dentro de você, criar o hábito de observar-se. Quando você concorda com a correria da vida, com a angústia que ela proporciona, deixa de estar com você. A forma de evitar que isso aconteça é permanecer centrado no processo interno. Aprender a ser afável, generoso, cuidar das feridas, dos sonhos, ser compreensivo com os erros, com as fraquezas, com os tropeços. Até Cristo pediu para o pai: “afasta o cálice”. Outra forma de estar com você é saber estimular-se, criar uma força interior para perseguir seus projetos, suas realizações.  O primeiro passo para a renovação interior é o amor que consagra a si mesmo. Tenha a coragem acender essa luz e busque em Deus as forças que te faltam. Acredite na força imbatível da sua sinceridade e receba com amorosa aceitação as faltas que ainda não conseguiu vencer e principalmente seu lado escuro, sua sombra que você ainda não conseguiu dominar. Faça o melhor que puder e adote o compromisso de jamais desistir de lutar e buscar a felicidade. Lembre-se sempre, não escondemos nada de Deus, nem dos espíritos que nos rodeiam.   Na dúvida, diga sempre a verdade, pois a verdade sempre será a verdadeira forma de você estar dentro de você. Ame-se. Amar a si mesmo é a atitude mais importante que você pode ter. Portanto, ame-se profundamente, cuide-se completamente. Nós e o Pai somos Um. Ame esse Deus que é você, e tenha respeito por Ele, ou seja, por si mesmo. Cuide de si, para poder cuidar do seu semelhante. Multiplique esse amor, pois na criação do Pai tudo se faz por criação e multiplicação da origem. Deixe partes de si no mundo, através de um sincero abraço, um generoso sorriso, palavras de paz, gestos de fraternidade, pensamentos e sentimentos de luz. Deus é Luz, você é luz, deixe seus rastros de luz por onde você passar. O Reino dos Céus se inicia dentro de nós, você pode ser muito feliz aqui, nessa vida, nesse planeta, basta se esforçar pra isso. Acredite, tenha fé, e vá à luta. A saúde é entendida como o reflexo do equilíbrio do ser em relação às leis divinas. Na visão espírita, o homem é um ser imortal, alguém que preexiste à vida física, que sobrevive ao fenômeno biológico da morte e, ao longo do processo evolutivo, através da reencarnação, vai crescendo, desenvolvendo-se em direção a Deus. A saúde do corpo físico é um reflexo do nível de equilíbrio desse espírito no processo evolutivo perante o amor, o belo e o bem. Já a doença é uma sinalização interior de reequilíbrio, convidando o ser a reconectar-se com o amor e com a fonte. É uma mensagem gerada no mais profundo da realidade espiritual do ser e que se reflete no corpo físico como um convite à reconexão com o amor, ao desenvolvimento do autoamor e do amor ao próximo. Nessa visão, a saúde e o adoecimento são construções do próprio homem e ninguém é vítima de nada, senão de si mesmo, das suas próprias decisões, das suas próprias escolhas, daquilo que decide e determina em sua vida. Portanto, toda cura é também um fenômeno de autocura, porque, para que ela se instale em definitivo, é necessário que haja não simplesmente um alívio dos sintomas e uma resolução do processo biológico no corpo físico, mas também uma reformulação moral do pensamento, do sentimento e da ação, fazendo com que o ser esteja transformado em profundidade, em consonância com a lei divina, ou seja, mais em sintonia com a lei do amor. O amor é o grande medicamento, é a grande finalidade da existência. Na verdade, nós caminhamos em direção a Deus como o “filho pródigo” da parábola de Jesus, reconectando nossa relação com o Pai e retornando para a casa de Deus, que, na verdade, é dentro do nosso próprio coração, onde Deus está. Pouco a pouco, vamos fazendo isso, descobrindo as nossas virtudes, a grandeza íntima que há dentro de nós, tudo aquilo que Deus nos deu como possibilidade evolutiva e que pode nos realizar plenamente. Nesse contexto, o amor nos trata as doenças da alma, que são orgulho, egoísmo, vaidade, prepotência, arrogância, e nos coloca em sintonia com a fonte, que é Deus, nos auxiliando a reconectar-nos com o Pai. Desenvolver o amor é o caminho mais rápido, fácil e eficaz para a cura da alma e do corpo. Toda dependência é uma busca de aplacar o vazio interior através de coisas externas. Mas esse vazio interior, que nós todos temos, só é aplacado pela presença do autoamor. O vazio é um vazio do amor, mas esse amor que nos falta não é o amor que vem do outro, é o amor que vem de dentro, é o amor que a gente pode se dar. Então, para o tratamento e a prevenção de qualquer processo de dependência, é importante ensinar as pessoas a se valorizarem, se respeitarem, se gostarem, a estabelecerem relações familiares honestas em que as pessoas dialoguem, conversem, estejam atentas umas às outras e partilhem suas emoções, mostrando-se, não de forma idealizada, mas de forma honesta, real, ensinando cada um a ver, em todos nós, luz e sombra, beleza e feiúra, coisas positivas e negativas. Nós precisamos aprender a acolher esses dois lados, aprendendo a transformar aquilo que não amamos em nós e a valorizar e desenvolver aquilo que há de bom, de positivo. Na nossa sociedade, observamos que há um excesso de medicalização das emoções naturais. Tão logo a pessoa fica triste, já entra com um antidepressivo, um ansiolítico para que ela evite lidar com sua ansiedade ou sua tristeza. Mas a ansiedade e a tristeza são situações naturais da vida, que até um determinado nível são muito positivas e que nos falam muito a respeito de nós mesmos. É importante que o autoconhecimento guie o processo, para que entendamos o que está acontecendo na nossa alma e na nossa vida. A poetisa Martha Medeiros escreveu uma crônica intitulada: A TRISTEZA PERMITIDA, diz mais ou menos assim: “Se eu disser para você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.  Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra. A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas. “Eu não sei o que meu corpo abriga / nestas noites quentes de verão / e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão / eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia. Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos”. Como podemos ver Marta Medeiros fala, de uma forma muito bela, que a tristeza é o quartinho do fundo onde a gente analisa a nossa vida, é o nosso lado sombra, que negamos que existe. E é isso que nós temos que aprender: a estudar nossas emoções, nossas características, para retirar delas ensinamentos preciosos a respeito de nós mesmos e do outro e, com isso, nos tornarmos pessoas melhores, mais felizes e assim, quem estiver ao nosso lado também estará feliz.

Encerro essa palestra-conversa de hoje lendo a  mensagem psicografada por Divado Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis que apresenta a necessidade primeira de autoamor, como alavanca fundamental para a conquista de todas as esferas desse sentimento supremo. “Mas, de que forma amar a si mesmo? O como a si mesmo, da proposta de Jesus, é um imperativo que não deve ser confundido com o egoísmo, ou o egocentrismo. Amar a si mesmo significa respeito e direito à vida, à felicidade que o indivíduo tem e merece. Trata-se de um amor preservador da paz, do culto aos hábitos sadios e dos cuidados morais, espirituais e intelectuais para consigo mesmo. É sempre estar fazendo as melhores escolhas para si mesmo, vendo-se como Espírito imortal, sem nunca deixar de respeitar, obviamente, o bem comum. Quando escolho amar mais minha família, dedicando-me inteiramente aos relacionamentos, cultivando a paciência e a tolerância, estou amando a mim mesmo.Quando escolho perdoar e deixar de levar comigo o peso de uma mágoa, estou amando a mim mesmo. Quando escolho aprender, buscando aprimoramento intelectual nas áreas do conhecimento de meu interesse, estou me autoamando. Quando me aceito como sou e vejo em minhas imperfeições situações temporárias – uma vez que me esforço para corrigir meus erros – estou amando a mim mesmo. Quando me dedico, diariamente, ao exame de consciência, à meditação, ao autoconhecimento, estou dando provas de amor a mim mesmo. São exemplos de atitudes, de pensamentos e sentimentos que elevam nossa auto-estima – que é este julgamento que fazemos de nós mesmos – e nos empurram sempre para frente, para a felicidade. O auto-amor proporciona uma visão mais clara de quem se é, do que se deseja e do que não se deseja para si. É através dele que estabelecemos metas para nossa existência: metas educacionais, familiares, sociais, artísticas, econômicas e espirituais, pensando em nós não apenas agora, mas nos cuidados para com o futuro. Somos todos importantes. Criaturas únicas no Universo que buscam a felicidade através do aprender a amar: a si, ao outro e a Deus. Ame a você mesmo… Enquanto é hoje.” Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma. Paz e luz para todos!



Fontes: http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blog/show?id=2920723%3ABlogPost%3A1076308&commentId=2920723%3AComment%3A1077643
http://www.amemg.com.br/2012/01/11/amor-perdao-cura-e-autocura-entrevista-com-andrei-moreira/

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