quinta-feira, 14 de março de 2019

DEPRESSÃO E MELANCOLIA


Á medida que vamos crescendo, aprendendo e evoluindo, vamos percebendo que a nossa vida acaba por ser muito mais do que julgamos. Uns chegam a essa conclusão mais cedo, outros mais tarde, mas todos nós, um dia, acaba por perceber que a dimensão física da nossa vida, é apenas uma pequena parte de todas as dimensões em que nos encontramos e que a felicidade não está muitas vezes onde julgamos. A cada dia, vamos adquirindo novos conhecimentos e novas experiências. Vamos enriquecendo assim o nosso espírito e evoluindo tanto no plano moral como no plano intelectual. Deus criou a vida, e devemos considerar a vida uma benção, pois permite que possamos crescer e desenvolver sozinhos, seguindo nossa própria vontade, chamado de Livre Arbítrio, e instinto e assim trilharmos o caminho até o Pai. Mas saber viver não é fácil, nem tampouco simples. Não existe um manual de “como viver” e por isso vivemos, a maior parte das vezes, rodeados de problemas e dificuldades. Mas se nossa vida não vai bem, a culpa é só e exclusivamente nossa, de mais ninguém e muito menos de Deus. Pois muitas vezes nos esquecemos de que colhemos o que plantamos. Hoje vamos falar um pouco sobre a Depressão e a Melancolia. Quantos de nós não experimentou, alguma vez, sentimentos de tristeza profunda, de desânimo, de desinteresse por tudo (até pela própria vida), de falta de coragem, de baixa autoestima, de angústia, de melancolia, de tantos e tantos sentimentos que nos colocam em estados de espírito tão complicados e tão pequenos perante a nossa existência, que são chamados de estados depressivos. As origens das depressões são variadas e podem surgir diante de coisas simples mas também diante de situações complexas e difíceis de analisar e por vezes, de resolver.  Mas veremos melhor, que no final, tudo está relacionado com a nossa mente e com a nossa alma. O médico grego Hipócrates (considerado por muitos o pai da medicina) já no século V (A.C), classificava a melancolia como uma doença.  Já no período da Renascença ou Romantismo, a melancolia era vista como uma doença bem-vinda, pois era considerada como uma experiência enriquecedora para a alma. Durante os tempos de evolução da humanidade, tanto a depressão como a melancolia foram observadas de diferentes formas, mas no fundo, nunca deixaram de ser vistas e analisadas, como algo de negativo e prejudicial para o Homem. Do ponto de vista clínico, uma depressão é um distúrbio afetivo, sendo a melancolia um dos estados psíquicos a ela associados. Considerada como doença pela OMS (calcula-se que atinga cerca de 20% da população mundial) e é algo que acompanha o Homem desde sempre. Normalmente, a depressão é sinônimo de alterações químicas ao nível do cérebro, principalmente em relação aos neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e em menor escala a dopamina. Estas são as substâncias que transmitem impulsos nervosos entre células. Mas isto é a visão científica. Numa perspectiva de lógica racional, e falando em estados depressivos, alguns dirão que se cura, recorrendo aos métodos clínicos da medicina tradicional. Resolvendo-se o problema com recurso a medicamentos. Mas acontece que os medicamentos, o que irão fazer não será mais que acalmar e anestesiar a mente de quem sofre. E isso, não irá resolver nenhum dos problemas que originaram a depressão. Somente acalmará o corpo e entorpecerá a mente. Outros poderão dizer que as depressões se resolvem com umas idas a um psiquiatra. O que na prática pode ser verdade, porque as depressões possuem as suas origens na mente. Mas ainda a sua cura ainda está longe da racionalidade médico-científica. Para outros, as depressões são normalmente associadas ao stress, sendo o stress a causa para tudo o que de mal vai em nós, seja mental ou fisico. Por isso se aconselharia qualquer prática desportiva ou qualquer outra atividade que traga distração mental. Agora nos perguntamos: Porque nos estressamos tanto? Porque ficamos deprimidos? Podemos, é claro, culpar tudo e todos pelos nossos males, a realidade é que tudo na nossa vida passa por um estado de alma, que obviamente tem reflexos no corpo físico.   André Luiz, num dos seus livros psicografados por Chico Xavier, referia que as depressões são frutos dos estados da mente que são projetados sobre o corpo.  A mente transmite os seus estados felizes ou infelizes para todas as células do organismo. Por outras palavras, a mente funciona como um sol que irradia a sua luz e calor para todo o lado, interferindo com o estado de saúde do nosso organismo, equilibrando-o ou desequilibrando-o. E o nosso grande problema, está mesmo no controle da nossa mente, no controle dos nossos estados de alma e das nossas emoções.  As depressões acabam por ter sempre um fundo espiritual, pois as suas causas estão sempre dentro de nós mesmos.  Uma das condições que levam à depressão, vem citada pelo espírito François Geneve no livro do Evangelho Segundo o Espiritismo, onde este relata que uma das causas da tristeza que se apodera de nossos corações, fazendo com que achemos a vida amarga, é quando o Espírito aspira a liberdade e à felicidade da vida espiritual, mas vendo-se preso ao corpo, fica frustrado, cai no desencorajamento e transmite para o corpo apatia e o abatimento, sentindo-se assim muito infeliz. Para François Geneve a causa inicial da depressão, é esta ânsia frustrada de felicidade e liberdade almejada pelo espírito encarnado, acrescido das atribulações da vida com suas dificuldades de relacionamento interpessoal, intensificada pelas influências negativas de espíritos encarnados e desencarnados. Também a solidão e o isolamento, são causas profundas de desespero emocional que nos transportam para as depressões. E isso nos dias de hoje, é um grande mal que assola as nossas sociedades, onde todos vivem só para si mesmos. A depressão acaba sendo um sintoma que nos diz que não estamos amando como deveríamos amar. E um dos caminhos para sairmos dela, é preencher este vazio com a recuperação da autoestima e do amor em todos os sentidos, seja ele amor próprio e amor ao próximo. Mais uma vez, lembramos que o Amor é a chave de toda a nossa existência e é dele e nele que devemos viver. Deus é amor, e vivendo no amor, vivemos em Deus e com Deus. A espiritualidade, também exerce um papel fundamental no equilíbrio mental e emocional das pessoas. Uma mente fixa no materialismo da vida, acaba rapidamente por cair nas malhas das tristezas, do sofrimento e de todo um conjunto de sentimentos interiores que a levam a estados depressivos. Pois sem nada mais para se agarrar na vida do que aos bens materiais fúteis, rapidamente o espírito cai sobre si mesmo em tristeza, pois vê que a felicidade que tanto deseja, não a encontra onde julgava, pois não se compra felicidade. Podemos citar algumas opções para tratamento e cura da depressão. Agradecer é uma delas. Sim, isso mesmo: Agradecer. Você tem o hábito de agradecer? Já pensou sobre isso. Se alguma coisa não vai bem, é porque você se esqueceu de colocar gratidão, pois o sentimento de “não ter”  só atrai mais disso e piora as coisas.  Por isso, agradeça sua comida, ao invés de reclamar que faltou alguma coisa. Agradeça pelo seu carro, em vez de se queixar que não tem aquele modelo de automóvel que o vizinho tem.  Quando você exercita a gratidão, você eleva muito o nível da sua vibração, redirecionando o foco que antes estava “na falta” para o reconhecimento do que você tem. Tente isso.  Implemente em sua rotina de vida o hábito de AGRADECER. Outra cura para a depressão é a oração. Orar é conversar com Deus, pedir auxilio ao nosso anjo guardião para que nos ajude a libertar dos pensamentos inferiores, pensamentos estes que acabam nos ligando a espíritos sofredores que devido ao nosso estado de alma se afinam conosco. O Passe é também outra boa forma de canalização de boas energias vindas do alto, vindas do universo de paz e amor. Termino este texto com uma frase maravilhosa de Chico Xavier: "Na vida, não vale tanto o que temos, nem tanto importa o que somos.  Vale o que realizamos com aquilo que possuímos e, acima de tudo, importa o que fazemos de nós!"

Fonte: http://kardpalestras.blogspot.com/2013/08/depressao-e-melancolai.html

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