sexta-feira, 15 de março de 2019

JULGAMENTO


Hoje iremos falar sobre JULGAMENTO. É impressionante como vemos com tanta nitidez os defeitos dos outros, mas como é difícil identificar nossos defeitos, principalmente àqueles defeitos que nos prejudicam, que nos fazem sofrer, que nos colocam em situações de erros perante as leis espirituais, perante Deus. Se não bastasse a nossa inferioridade, ainda nos dispomos a julgar aquele que certamente, de uma maneira ou de outra, comete os mesmos erros que nós. Sempre estamos certos e os outros sempre errados. Jesus asseverou: Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.   Mas como é difícil não julgar! Chega se instantâneo.  Olhamos para as pessoas e rapidamente identificamos os erros e os defeitos do nosso próximo como se fossemos as criaturas mais perfeitas da Terra. O caminho em busca da perfeição exige novas posturas, Reforma Interior, reflexão sobre ensinamentos e situações morais, e principalmente tomar consciência dos nossos erros, das nossas imperfeições e das nossas limitações, pois sem isso nosso retardo espiritual continuará, sempre nos prejudicando.  “Conhece-te a ti mesmo”. Disse Sócrates, o filósofo. Será que a gente se conhece mesmo? Por achar que somos pessoas melhores, julgamos.  Se gostamos de evidenciar os erros dos outros, somos maledicentes. Jesus nos alertou dizendo: “Será usado da mesma medida com você”. A maledicência é uma imperfeição da alma. Quem a pratica é maldoso. O grau de adiantamento espiritual a que estamos determina o nosso modo de agir, e às vezes não temos compreensão dos nossos erros, daí a necessidade de agirmos com caridade com nosso próximo e deixarmos que o outro, através do seu amadurecimento espiritual, enxergue os maus atos praticados. Isso não quer dizer que devemos ser coniventes com os erros das pessoas. O mal deve ser combatido, sem evidenciar a inferioridade momentânea dos outros.  E existem maneiras para isso.  Aquele que erra, mais tarde, se refletir, tomar nova postura e ser humilde, corrigirá os erros praticados. Mas não seremos nós que faremos isso. Julgar é um ato de maldade, muitas vezes dizemos, JAMAIS AGIREMOS DESSA MANEIRA. Será? Talvez façamos isso ou aquilo a todo instante, é natural da inferioridade. Aceitemos que ainda somos inferiores, isso ajuda na nossa reforma interior. Quer saber se você é uma pessoa boa? Examine sua capacidade de perdoar, de relevar, de ser complacente. Que tal mudarmos:  vamos ser mais gentis, mais amorosos, mais tolerantes, falar aquilo que é bom, evitar a impaciência, as agressões verbais, não censurar. O que fizermos aos outros, será usado de medida, quando formos avaliados pela espiritualidade. “Perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem” disse Jesus. Claro que é mais fácil condenar do que ser solícito, a indulgência é o que mais precisamos, é uma necessidade básica para melhorarmos nossa condição espiritual, condenemos o mal. Vivemos juntos daqueles que erram e erram, como nós. Afinal estamos num planeta escola.  Mais cedo ou mais tarde precisaremos do perdão e da compreensão do meu próximo. Jesus nos legou inúmeros exemplos de compreensão e perdão. Podemos citar a passagem da mulher adúltera  que diz:   Quando Jesus ensinava no Templo, é apresentada uma mulher que havia sido descoberta cometendo adultério. Lembram a ele que a Lei diz que tal mulher deveria ser morta, apedrejada e perguntam o que ele pensava. Não respondeu e começou a escrever com o dedo na terra. Voltam a questionar e ele diz: quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Todos vão embora e Jesus diz à mulher: "eu também não te condeno. Vai e não peques mais". Jesus, tal como o Pai, não se fixa no mal e isso não quer dizer que o ignore, mas onde os outros enxergam um ladrão, um traidor, um devedor, uma prostituta, uma adultera, Ele observa, com misericórdia, um ser humano em sofrimento, um ser humano em construção. Infelizmente, ainda hoje, precisamos reconhecer que temos mais facilidade para julgar (e condenar) que amar. E por isso o aprendizado do perdão, da reconciliação, da compaixão, é tão importante para o nosso viver e conviver. Cristo sabia da nossa fraqueza em amar e perdoar. Se não fossem nossos estados miseráveis de amor e caridade, enraizados nos vícios do orgulho e do egoísmo, não teria sentido Jesus vir a Terra.
Emmanuel nos alerta dizendo: “A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho… Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade… Não te faças demasiadamente superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos… Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel… Por trás da cortina do “eu”, conservamos lamentavelmente cegueira diante da vida”. No Evangelho Segundo o Espiritismo, José, o Espirito Protetor nos diz: “Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita”. Chico Xavier,  psicografou mensagem de ANDRÉ LUIZ, que diz:   "Amigo, Examina o trabalho que desempenhas. Analisa a própria conduta. Observa os atos que te definem. Vigia as palavras que proferes. Aprimora os pensamentos que emites. Pondera as responsabilidades que recebeste. Aperfeiçoa os próprios sentimentos. Relaciona as faltas em que, porventura, incorreste. Arrola os pontos fracos da própria personalidade. Inventaria os débitos em que te inseriste. Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente. Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais, e cada espírito possui um campo de manifestações particulares. Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor. Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te, para que a tua palavra seja uma luz de fraternidade no incentivo do bem. E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã, outros olhos pousarão sobre ti, assim como agora a tua visão se demora sobre os outros. Então, serás julgado pelos teus julgamentos e medido, segundo as medidas que aplicas aos que te seguem. E para finalizar nossas palavras de hoje vou ler o texto UMA BOA LIÇÃO do livro LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER escrito por Ramiro Gama. Esse é um relato do próprio Chico. Adoecera um dos irmãos do grupo.  Reumatismo complicado e renitente. Um amigo ensinou a aplicação de uma erva que somente se desenvolve em cavernas do subsolo. Chico e José Xavier, tendo por acompanhante um belo cão que lhes pertencia, de nome Lorde, vão a uma grande lapa, das muitas que existem nas cercanias de Pedro Leopoldo; em caminho começam a conversar.  Falavam a respeito de certos amigos e comentavam: — Beltrano não serve. — Fulano é muito esquisito. — Sicrano é imprestável. Quando as críticas iam inflamadas, o Espírito de Dona Maria João de Deus aparece ao Chico e aconselha: -Vocês não devem falar mal de ninguém. Todos necessitamos uns dos outros. Julgar pelas aparências é péssimo hábito. Sempre chega um momento na vida em que precisamos de amparo de criaturas que supomos desprezíveis. O Médium transmitiu ao irmão quanto ouvira e calaram-se ambos. Chegaram à caverna e José, segurando Lorde por uma corda, desceu à frente. Depois de longa busca, encontraram a erva medicinal. Contudo, quando se voltavam para o retorno, perderam a noção do caminho sob as grandes abóbadas de pedra.   De vela acesa, procuraram debalde a saída. Gritaram, mas receberam o eco da própria voz. Quando a luz se mostrava quase extinta, recordaram-se da prece. Oraram. Dona Maria João de Deus apareceu ao Médium e disse: — Temos agora a prática do ensinamento a que nos reportamos na estrada. Vocês podem saber muita coisa, mas agora precisam do cão. Soltem o Lorde e sigam-lhe os passos. Ele sabe o caminho da volta. Assim fizeram. E acompanhando o animal, venceram o labirinto em alguns minutos. Lá fora, à luz do dia, entreolharam-se surpresos, meditaram na lição recebida e renderam graças a Deus. Como podemos ver não nos faltam alertas do mundo espiritual de qual o caminho a seguir, e dentre tantos conselhos hoje falamos um pouco sobre o NÃO JULGAMENTO. É importante lembrar que ao desencarnarmos, quando voltarmos para casa, ou seja quando chegarmos no Plano Espiritual seremos exatamente como quando deixarmos a matéria.  Então eu te pergunto: Se você partisse hoje, como chegaria no Plano Espiritual? Vamos pensar seriamente sobre isso e tomar a decisão de praticarmos nossa Reforma Intima.

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