A palavra fé vem do
latim fides, que significa fidelidade. Confundimos fé com crença, mas fé, originalmente, não quer dizer
acreditar, mas ser fiel. Ter fé em Deus é ser fiel a Deus. Guardar
fidelidade a Deus. Ser próximo, parecido, o mais semelhante possível,
imitar Deus. Se Deus está sempre criando e o universo está sempre em expansão,
é lógico que nós devemos nos desenvolver e expandir sempre mais. A Doutrina Espírita nos fala
sobre a fé raciocinada, temos que pensar e sentir sobre o que pedimos a espiritualidade,
mas a questão é: como é que se pede, pois é preciso saber como se pede e depois
saber o que se pede. Temos conhecimento que o pensamento quando bem dirigido
tem o poder de mudar a vida das pessoas. Recentes estudos científicos atestam
que o pensamento é energia condensada, algo que o Espiritismo fala ha
mais de 150 anos, ou seja, o pensamento constrói e destrói. Nós estamos aqui
por causa do pensamento de Deus. Cada um de nós foi criado por essa força
suprema, temos em nós esta centelha divina, somos parte de Deus e co-criadores
em escala menor. Quando somos fieis a
Deus nosso Espírito passa a estagiar em ondas magnéticas positivas, que por sua
vez, como imã que todo pensamento é, atrai os Bons Espíritos, que então, por
misericórdia de Deus, vêm em nosso auxílio, e, mesmo que não o percebamos, a
ajuda estará se processando. Na época de Jesus havia um homem que estava
desesperado porque seu filho estava doente. Ele já havia levado o filho até os
apóstolos, mas esses não conseguiram curá-lo. Então o homem foi até Jesus e
pediu: - Senhor cura meu filho, seus apóstolos não conseguiram, e Jesus pediu
que trouxesse o rapaz, e Ele o curou. Depois os Apóstolos perguntaram a
Jesus por que eles não conseguiram curar o filho daquele homem? E Jesus lhes disse: Vós não conseguistes
curá-los, porque vos faltou Fé. Porque na verdade vos digo que, se tiverdes a
fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele
há de passar. É preciso esclarecer que quando Jesus disse que “a fé remove montanhas”,
falava no sentido moral e não de uma montanha de pedra, que sabemos impossível
remover. As montanhas que a fé
transporta podem ser as dificuldades, as resistências, o preconceito, o
orgulho, os interesses materiais, a cegueira, são outras tantas montanhas que
atravessam nossos caminhos, mas não nos iludamos, na grande maioria das vezes
somos nós mesmos que as colocamos, e o que é pior, na falta de um culpado,
culpamos a Deus. A fé cega por sua vez
faz com que o homem acredite que mesmo de braços cruzados, se Deus
quiser, ele vencerá! E quando este homem, tomado pelo fanatismo, não consegue
atingir seus objetivos julga-se não merecedor ou mesmo injustiçado por Deus. E,
na maioria das vezes, sente-se culpado, triste, revoltado e torna-se uma vitima
de sua história. Conta uma lenda árabe que o Mestre e o discípulo
caminhavam pelo deserto. O Mestre aproveitava cada momento da viagem para
ensinar ao discípulo sobre a fé. – Confie suas coisas a Deus – dizia ele. – Deus
jamais abandona seus filhos. De
noite ao acamparem, o mestre pediu que o discípulo amarrasse os cavalos numa
rocha próxima. Ele foi até a rocha, mas lembrou-se dos ensinamentos do Mestre: –
“Ele está me testando” – pensou. – “Devo confiar os cavalos a Deus”. E deixou
os cavalos soltos… De manhã, o discípulo descobriu que os animais tinham
fugido. Revoltado, procurou o Mestre: – Você nada entende sobre Deus –
reclamou. – Eu entreguei a Ele a guarda dos cavalos e os animais não estão lá. O
Mestre respondeu: – Deus queria cuidar dos cavalos. Mas Ele precisava das suas
mãos para amarrá-los. Jesus quando operava curas
advertia: “Vá e não tornes a pecar”. E porque ele dizia isso? Quando fazemos as
coisas de maneira errada ficamos em desarmonia com as Leis de Deus embutida em
nosso inconsciente. Claro que por devolução natural, sofremos as consequências
dessa desarmonia, que muitas vezes são doenças ou as grandes dificuldades! Em outras
palavras, se não mudamos de atitude, se teimosamente não fazemos questão de
melhorar nosso pensamento e nossa conduta, se pouco fazemos por nossa reforma
interior, por melhorar nosso auto respeito, nosso auto amor bem como o respeito
e o amor ao nosso próximo, a ajuda que recebemos dura pouco, e mais a frente os
problemas voltarão muito maiores, e nem podemos nos dar o direito de revolta, porque
tudo é uma questão de resultado. De outra forma, as “Montanhas” a que se
referia Jesus, ao invés de serem removidas por nós quando buscamos nossa
melhora espiritual, tornam-se cada vez mais as montanhas de nossas dores e dificuldades...
Na hora da dificuldade, da provação se não temos a
verdadeira fé, nos desesperamos, aí chega alguém e diz: - Olha! Ali tem um
lugar que pode resolver o seu problema, eu acredito, creio e vou até lá,
chegando, vejo que não resolveu como esperava, aí volto... Escuto na T.V. um
convite para ir a tal lugar que minha vida será modificada... Acredito. Creio e
vou. Chegando lá, vejo que não é bem assim... Voltando olho em um poste na rua
e vejo um cartaz, onde está escrito; - Resolvemos seu problema em 24 h.
acredito. Creio e vou novamente me decepciono por não resolver meu problema e
assim vou pulando de galho em galho e o desespero aumentando... Ao ponto de
fazer uma escolha errada. E guardemos a certeza que de apesar de termos fé essa
fé não tem o poder de retirar os nossos problemas, as nossas dificuldades, pois
tudo são ensinamentos e muitas vezes precisamos disso para evoluir, então,
diante da dificuldade, da provação... Vou chorar? Sim! Vou sofrer? Sim! Mas não
irei me desesperar, porque sei que o socorro está vindo, devo aguentar só mais
um pouquinho e o socorro vai chegar, porque a fé tem o poder de dar esperanças,
de suavizar as dores. Um caso sobre CHICO XAVIER: Um simpatizante do Espiritismo, residente em
Santos, Estado de São Paulo, veio a Pedro Leopoldo, asseverando desejar
conhecer o Chico para melhor acertar os seus problemas de fé. O Médium, no
entanto, empregado de uma repartição, não dispõe do tempo como deseja e, por
determinação de sua Chefia, estava ausente de casa. O visitante insistiu,
insistiu. E como não podia deter-se por muitos dias, regressou a penates,
dizendo a vários amigos: — Duvido muito da mediunidade. Imaginem meu caso com o
Chico Xavier. Viajo para Pedro Leopoldo com sacrifício de tempo e dinheiro.
Chego à cidade e informam-me, sem mais aquela, que o Médium estava ausente.
Perdi minha fé, pois tenho a ideia de que tudo seja simples fraude e estou
convencido de que o Chico se esconde para melhor sustentar a mistificação. Um dos companheiros de ideal escreve, aflito,
ao Chico, relatando-lhe a ocorrência. Não
seria aconselhável procurar o queixoso e atendê-lo? O pobre homem parecia haver
perdido a confiança no Espiritismo. O
Médium, muito preocupado pede o parecer de Emmanuel e o devotado orientador
responde-lhe, com serena precisão: — Deixe este caso para traz. Se a fé nesse
homem for erguida sobre você é melhor que ele a perca desde já, porque nós
todos somos criaturas falíveis. A fé para ele e para nós deve ser construída em
Jesus, porque, somente confiando em Jesus e imitando-lhe os exemplos, é que
poderemos seguir para Deus. Emmanuel ensina: “Ter fé é guardar no coração a
luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa,
fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da
personalidade. Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer eu
creio, mas afirmar eu sei, com todos os valores da razão, tocados pela luz do
sentimento.” Paz e Luz a todos!
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