Hoje nosso estudo será sobre ATO DE ORAR.
Dentre tantas atitudes que devemos rever para promovermos nossa Reforma
Interior, precisamos rever nosso conceito sobre Orar. Você já parou para pensar
nas orações que decoramos ao longo de nossa vida e que normalmente recitamos
automaticamente quando precisamos falar com Deus? Orar, segundo a questão 659 do Livro dos
Espíritos, “é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar NEle, se aproximar DEle
e colocar-se em comunicação com Ele. Pela prece pode-se propor três coisas:
louvar, pedir e agradecer. O “Sermão do Monte”, contido no Evangelho de Mateus,
capítulo 6, versículos 9 a 13, nos ensina como deve ser realizada a nossa
oração. Inicialmente, nos orienta que quando realizarmos as nossas orações,
elas não sejam como a oração dos hipócritas que oravam, segundo Jesus, nas
esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Mas recomenda que entremos
em nosso quarto, fechemos a porta e oremos a Deus em secreto, pois Ele, que
tudo vê, em secreto nos recompensará. Recomenda ainda, que não é pela repetição
das palavras ou pelo barulho que seremos escutados, pois que Deus conhece o que
nos é necessário e o que merecemos. Convido a todos estudarmos, nesse momento, a
oração que Jesus nos ensinou que é o PAI NOSSO. Acredito que quando temos
alguma “pressa” em orar, essa é primeira oração que nos surge na mente, então
vamos lá... Como existe várias traduções trago a versão original, aquela que,
segundo o evangelho de Mateus, foi pronunciada pelo Mestre. Pai Nosso em Hebraico .. vamos ouvi-la:
“Avinu. Avinu shebashamaim itkadash
shemechá. Tavô malcutechá ieassé retsonchá baárets caasher na’assá bashamaim. Ten-lanu
haiom lechem chuknu. Usselách-lanu et – ashmatenu caasher solchim anáchnu
laasher ashmu lanu. Veal-tevienu lidei massá ki im-hatsilenu min-hará’. Amén.”
A tradução também segue abaixo: “Pai nosso dos
céus, santo é teu nome. Venha o teu reino, tua vontade se fará na terra quando
também nos céus. Dá-nos hoje nossa parte de pão. Perdoa as nossas culpas,
quando perdoarmos as culpas dos nossos devedores. Não nos deixeis entregues à
provação. Porque assim nos resgatas do mal. Amém.” Vamos juntos analisar os
versos da oração que o Mestre nos ensinou:
PAI NOSSO: Jesus ensina como,
humildemente, devemos nos dirigir a Deus. Observe que Ele não diz “Meu Pai”,
mas “Pai Nosso”. Pai Nosso significa
Pai de todos. Estamos no mesmo nível de necessidades. Tratamos como se
estivéssemos pedindo para todos e não apenas para “Mim”. Jesus nos orienta
neste sentido humilde de nos dirigirmos a Deus.
PAI NOSSO DOS CÉUS: e não, "pai nosso que estás nos céus", como se tem dito até hoje. Deus está em toda parte, Ele é senhor de tudo, dos Céus e também da terra, e não de uma região geográfica restrita, circunscrita, limitada e determinada. Pode ser dito também “Pai Nosso que és dos Céus” mas nunca, que estás nos Céus.
SANTO É TEU NOME: e não, "santificado seja o vosso nome". Deus já é santo independente de que desejemos ou não, que ELE SEJA SANTO. Para Deus não existe passado, presente ou futuro, ficamos com a tradução, Santo é Teu Nome.
PAI NOSSO DOS CÉUS: e não, "pai nosso que estás nos céus", como se tem dito até hoje. Deus está em toda parte, Ele é senhor de tudo, dos Céus e também da terra, e não de uma região geográfica restrita, circunscrita, limitada e determinada. Pode ser dito também “Pai Nosso que és dos Céus” mas nunca, que estás nos Céus.
SANTO É TEU NOME: e não, "santificado seja o vosso nome". Deus já é santo independente de que desejemos ou não, que ELE SEJA SANTO. Para Deus não existe passado, presente ou futuro, ficamos com a tradução, Santo é Teu Nome.
VENHA O TEU REINO: e não, "venha a nós o
vosso reino". Venha o teu reino, indistintamente para todos os seres do
planeta. Aqui ensina-nos Jesus que o Reino Divino vem indistintamente para os
animais, plantas, aves, peixes, seres vivos como um todo e não apenas para NÓS,
os humanos.
TUA VONTADE SE FARÁ NA TERRA
QUANDO TAMBÉM NOS CÉUS: e não, "seja feita a vossa vontade assim na terra como nos
céus". A vontade d’Ele é suprema e irreversível, independente do nosso
consentimento, ela se fará. O que Deus determinou, desde a criação do mundo,
continuará inalterável. Aqueles que, por ventura, se desviem da harmonia
colocada por Ele no universo, colherão este desvio nas mesmas proporções que o
provocaram.
DÁ-NOS HOJE NOSSA PARTE DE PÃO: e não, "o pão nosso de
cada dia nos dai-nos hoje". Utilizando-se “o pão nosso de cada dia nos dai
hoje”, tem-se a impressão de que estamos pedindo o pão de todos os dias, para
hoje. Só Deus sabe do que precisamos e também quando devemos e merecemos
receber. Recordemos o que diz Cristo: “Não vos preocupeis com vossas vidas: que beber ou comer?”... Olhai as aves
dos céus: elas não semeiam, não ceifam, nem armazenam em celeiros. Mas vosso
pai dos Céus as alimenta”. Devemos pedir só uma parte do que merecemos,
ou daquela que Deus decidiu nos dar, como gesto de humildade e até porque se
recebermos só uma parte, sobrará alguma coisa para aqueles que não possuem,
ainda, o sustento necessário.
PERDOA AS NOSSAS CULPAS QUANDO
PERDOARMOS AS CULPAS DOS NOSSOS DEVEDORES: e não, "perdoa as nossas dívidas assim
como nós perdoamos aos nossos devedores". Aqui está condicionado que o
nosso perdão vem como consequência natural do perdão prévio que nós já
realizamos. É a lei de causa e efeito. É a colheita natural da nossa semeadura.
Este sentido é confirmado na seguinte frase: “Deus não premia e não pune, cada
um colhe o que plantou.” Temos ainda a certeza de que ao atingirmos a
perfeição, no reino da plenitude evolutiva, ninguém deve nada a ninguém. Todos
estão em pleno estado de harmonia pela evolução atingida e nenhuma dívida a
mais nos será cobrada. Em Mateus 5:25 e 26, podemos encontrar: “Apressa-te em te reconciliar com o teu
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que ele não te entregue ao
juiz e o juiz te enviará para a prisão ou cárcere. E Eu verdadeiramente te
digo: não subirás dali até que tenhas pago o último ceitil”.
Aqui está pois a questão que perdoar ou não perdoar está em nossas mãos e tem
que ser resolvido entre nós. Deus não precisa nos perdoar. Ele não se sente
ofendido por nós. O problema do perdão é só nosso.
NÃO NOS DEIXES ENTREGUES À
PROVAÇÃO: diferente de
"não nos deixeis cair em tentação" como se tem traduzido até hoje.
Passar por provações não é fácil, por isso o Cristo nos ensina solicitar de
Deus toda assistência possível, frente a elas, pedindo que Ele não nos abandone
nas horas da provação, ou seja, não nos deixe entregue à nossa própria sorte.
PORQUE ASSIM NOS RESGATAS DO MAL: Se tivermos a assistência
de Deus pela nossa sintonia com Ele, durante as provações, com certeza
resgataremos todo o mal. Em outras palavras, se soubermos pedir a assistência
de Deus durante as provações e Ele estiver conosco através da nossa sintonia,
haveremos de superar tudo.
AMÉM: Palavra hebraica que
significa DESEJO DE QUE SE CUMPRA O NOSSO PEDIDO. Que aconteça segundo o nosso
pedido. Que assim seja.
Ao nos deixar a
oração do Pai Nosso, o Cristo ensina-nos que a oração é um instrumento poderoso
de conexão, devendo seu conteúdo ser sempre pensado e praticado à luz de nossa
individualidade, que nos LEVA e nos ELEVA ao Pai. Nós precisamos,
então, prosseguir no “roteiro de redenção”, traçado por nós para esta
encarnação, o que poderá se tornar (ou talvez já seja) insuportável, difícil
mesmo de executar se não estivermos em comunhão/comunicação com o Pai, quer
dizer, se não orarmos. Por isso, a oração é um instrumento
de evolução e elevação, pois nos permite ELEVAR as ideias, o padrão
vibratório de nossos pensamentos de modo que estes estejam embasados no
sentimento de amor e de fraternidade. Além disso, não se evolui sem o INTERCÂMBIO
espiritual, que a oração nos faz experimentar, porque o intercâmbio nos permite
vencer as indecisões e ansiedades. Os caminhos se abrem, a mente se eleva, o
espírito recebe inspiração e torna-se vigilante, aprendendo a escolher e a
avançar. Através da revelação do Pai Nosso, Cristo mostra que não existe uma
separação tipo: Deus no Céu e, por outro, o homem na Terra. Ao contrário, Ele
rompe com essa tela mental e ensina que o “homem sobe ao Pai no Céu e o Pai
desce ao homem na Terra”. Em resumo, como registra Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, “o objetivo da prece é elevar
nossa alma a Deus”, não importando a diversidade das formulações, pois “Deus as
aceita todas quando são sinceras”. Oremos, portanto, segundo nossas convicções
e de modo que nos sintamos e nos encontremos em sincera conexão com o Pai. Muitos pais se perguntam qual o momento certo para
ensinar seus filhos a orar. A criança
aprende a orar ouvindo nossas orações e orando conosco. Antes mesmo que a
criança compreenda as palavras da oração, é importante que oremos com ela,
desenvolvendo o hábito de oraremos juntos todos os dias. Juntos, podemos agradecer a Jesus pela comida,
pela cama quentinha, pela saúde. Ao colocar a criança no berço ou na cama, faça
uma oração para que ela tenha uma boa noite de sono. No livro Taça de Luz, de Chico
Xavier, Emmanuel alerta: “Pedi e obtereis ensinou o Mestre Divino. Semelhante
lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se refira ao
bem, quanto ao mal. Qualquer propósito é oração. A prece nasce das fontes da
alma, na feição de simples desejo, que emerge do sentimento para o cérebro,
transformando-se em pensamento que é a força de atração. Nesse sentido, todo
anseio recebe resposta. Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que
outras, à maneira de sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação,
florescimento e frutificação. Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de
nossas aspirações. As rogativas do bem se elevam às Esferas Superiores, ao
passo que os anelos do mal descem às zonas de purgação, das trevas
indefiníveis. Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades
da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus. Forneçamos os
temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e os executores
invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de nossos
projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções. Reconhecendo que
ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes, ignoramos a essência
de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino amigo, na oração dominical,
quando nos ensina a endereças as nossas súplicas ao Pai Todo-Misericordioso, na
base da confiança perfeita: – Faça-se a Tua Vontade justa e soberana, na Terra
e em toda parte. O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas
menores características do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de
todos, enquanto que orar com proveito é serviço que raros corações sabem fazer.”
Emmanuel complementa no livro
Fonte Viva: “Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé a
humildade ... Não te proponhas, desse modo, atravessar a mundo, sem tentações.
Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as
combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra
da qual precisa extrair as boas sementes ... Embora muitas preces que fazemos
não irão desviar-nos de nossos problemas e desilusões, elas são um bálsamo
reconfortante para a nossa alma enfermiça, pois faz-nos penetrar em
estados de suave sossego e gozos que
somente aquele que ora é capaz de decifrar.
Vou contar uma história sobre o poder da oração: “A madrinha de
Chico Xavier, por vezes, passava tempos entregue a obsessão. Assim é que,
nessas fases, a exasperação dela era mais forte. Em algumas ocasiões, por isso,
condenava o menino a vários dias de fome. Certa feita, já fazia três dias que a
criança permanecia em completo jejum. À tarde, na hora da prece, encontrou a
mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se
apresentava. — Então, a senhora não sabe, explicou o Chico — tenho passado
muita fome. — Ora, você está reclamando muito, meu filho!, disse Dona Maria
João de Deus — menino guloso tem sempre indigestão. — Mas hoje bem que eu
queria comer alguma coisa… A mãezinha abraçou-o e recomendou: — Continue na
oração e espere um pouco. O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e
daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal. Aproximou-se dele e
deixou cair da boca um objeto escuro. Era um jatobá saboroso… Chico recolheu,
alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado,
acrescentando. — Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento. E,
despedindo-se da criança, acentuou: — Como você observa, meu filho, quando
oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus”. A prece deve ser nossa primeira atitude nas
horas difíceis e também nos momentos de felicidade. Na dificuldade, para rogar
forças e discernimento e na alegria para agradecer. Afinal, a oração é a porta
que abrimos para nos comunicar com as forças superiores que, em última instância,
vêm do Criador do Universo. A oração tem o peso que a nossa emoção lhe dá. Somente
a prece, impulsionada pelo sentimento e pela verdadeira fé, alcança o seu
objetivo. A prece é tão necessária à alma quanto o alimento ao
corpo. Quem utiliza a prece constantemente fica mais calmo, mais seguro e menos
sujeito às forças desequilibrantes, por ligar-se às fontes cósmicas do poder
supremo, que é Deus. Usemos em nossas preces a lei da fé, que consiste na
certeza de que tudo podemos se estamos harmonizados com Cristo. Mantenhamos
sempre o hábito da constância da prece, ligando-nos, assim, com os espíritos
superiores, responsáveis pela execução da vontade divina. Muitas vezes, ao
orar, queremos ser atendidos em nossos pedidos, mas sem nenhuma mudança de
conduta. Sem nossa tão falada: Reforma Interior. Será que vamos ser atendidos
pedindo ao Pai saúde, se estamos comendo demais, bebendo, fumando, usando
drogas? Será que seremos atendidos pedindo paz e felicidade, se estamos
guardando ódios, mágoas e rancores no nosso coração? Lógico que não. Enquanto
não compreendermos que o segredo do “pedir” está em nós mesmos, com a mudança
da nossa conduta, nada conseguiremos. Queremos que Deus flua em nós, mas não
queremos o esforço da renovação. Pedir sem perseverar é enganar a si mesmo
esperando pelo “milagre”. E o Pai não faz milagre, porquanto isso seria contrário
as leis de Deus. “Ajuda-te que o céu te ajudará”, ou seja, se criarmos
condições espirituais propícias, o Céu, Deus em nosso secreto, nos ajudará,
fluindo em nós condições para a consecução daquilo que objetivamos. A regra é:
“ora, trabalha e aguarda com confiança”. Assim podemos dizer que não existe
prece sem resposta, pois de acordo com André Luiz: “A prece qualquer que seja
ela, é ação provocando a reação que lhe corresponde”. A afirmação de Jesus:
“Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis, e concedido vos será
o que pedirdes” pode ser concretizado na dependência do esforço de cada um de
nós para que possamos receber por nosso merecimento, por nossa conquista, e
nunca apenas pela ação da graça. Portanto, peçamos sempre, cada vez mais, ao
nosso Pai, e nunca tenhamos vergonha ou acanhamento ao pedir, pois foi o
próprio Cristo que disse: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e
abrir-se-vos-á, pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e quem bate
abrir-se-lhe-á”. Pedimos ao Mestre Jesus que continue abençoando a
todos nós, hoje e sempre... Paz e Luz para todos nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Senhores(as), este canal é para compartilharmos ideias com relação ao mundo espiritual na busca do ser pela elevação espiritual. Postagens que não atenderem esse critério serão descartadas. "Todos Somos Um".. Namastê!!!
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.