segunda-feira, 18 de março de 2019

O ORGULHO EM NÓS


Hoje o tema de nosso estudo é “ORGULHO EM NÓS” Vamos ver o que as obras espiritas falam sobre isso: LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 785. Qual o maior obstáculo ao progresso? Resposta: “O orgulho e o egoísmo.” - Vejamos: 
-Definição de Orgulho, segundo o dicionário Aurélio: "Sentimento de dignidade pessoal, brio, altivez e conceito elevado ou exagerado de si mesmo."
-Definição de Orgulho na Doutrina Espírita: "Imperfeição espiritual que demonstra ausência de humildade." O orgulho se contrapõe à humildade.
Concluímos que o orgulho é um exagero de autovalorização como sendo nossa opinião a nosso respeito que não se iguala à nossa realidade interior.
LIVRO OBRAS PÓSTUMAS  – PRIMEIRA PARTE - O EGOÍSMO E O ORGULHO: SUAS CAUSAS, SEUS EFEITOS E OS MEIOS DE DESTRUÍ-LOS. - Está bem reconhecido que a maioria das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar esta satisfação, a qualquer preço, e sacrifica sem escrúpulos, os interesses de outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem material: daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho. O egoísmo tem a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a se considerar acima dos outros, crendo-se com direitos superiores, e se fere com tudo o que, segundo ele, seja um golpe sobre os seus direitos.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. 9, ITEM 9 - O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece.
TAMBÉM NO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. 10, ITEM 13 - ..Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.
LIVRO PRAZER DE VIVER – ERMACE DUFAUX. PSICOGRAFIA DE WANDERLEY OLIVEIRA - CAP 19 - Uma das necessidades mais naturais do ser humano é poder contar com a aprovação e a admiração alheia, na qual encontra o afeto, o carinho e o estímulo para a sua caminhada de cada dia. Algumas pessoas, no entanto, são prejudicadas durante todas as fases da existência, devido a problemas traumáticos da infância. Tornam-se pedintes viciados da atenção e reconhecimentos dos outros, para preencher a carência de autovalor que não conseguem encontrar em si mesmas. Entre esses traumas lamentáveis a que são conduzidas muitas crianças, verificamos a presença da insensibilidade de muitos pais e mães no que tange à mais essencial atitude perante elas: amá-las e ajudá-las a construir um auto conceito centrado na realidade. Alguns tutores, desavisados, negligentes ou mesmo maldosos vão mais além e ainda promovem escândalos de rejeição e leviandade com o rebento, deixando marcas emocionais profundas para o futuro. Instaura-se, a partir desses delitos morais, uma fixação psicológica na órbita do ego, que exigirá severo regime reeducativo para se libertar. Evidentemente, se o Espírito já nasce com uma baixa autoestima, essas lutas da infância serão agravantes consideráveis na sua formação mental. Para compensar essa carência de estima e admiração, sejam quais forem suas raízes no tempo, a criatura recorre instintivamente ao orgulho – sentimento que dilata a sensação de importância pessoal, com o qual tenta se proteger das ameaças que experimenta constantemente na vida inconsciente, em reação ao meio no qual convive. No fundo, a alma se protege inconscientemente das agressões sofridas no período infantil ou em vidas anteriores, que lhe renderam terríveis sentimentos de perda, insegurança e medo.
O Orgulho, em tese, é um sistema que bloqueia ou perturba a sensibilidade, porque os orgulhosos não gostam de ouvir nem a própria consciência, que se expressa no espelho do coração. Esperam ser aceitos em quaisquer situação e não convivem bem com a crítica. Acreditam demasiadamente em sua experiência e conhecimento, supondo que nada mais precisam aprender. Melindram-se e criam animosidade declarada ou oculta com quem lhes propõe corrigenda. Sentem-se com direitos especiais. São incapazes de analisar a si mesmos. Falam excessivamente de si mesmos e raramente valorizam as experiências alheias. Supõem-se serem indispensáveis.
LIVRO MEREÇA SER FELIZ – ESPÍRITO ERMANCE DUFAUX, PSICOGRAFIA DE WANDERLEY OLIVEIRA -  CAP. 3 - Orgulho é o sentimento de superioridade pessoal resultante do processo natural de crescimento do espírito; um “subproduto” do instinto de conservação, um princípio que foi colocado no homem para o bem, porque sem o “sentimento de valor pessoal” e a "necessidade de estima” não encontraríamos motivação para existir e não formaríamos um autoconceito de dignidade pessoal. Portanto o problema não é o sentimento de Orgulho, mas o descontrole de seus efeitos. Com relação às obsessões: “Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o ORGULHO, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma." O orgulho tem esse mecanismo de produzir uma ilusão da avaliação individual, transferindo o mal para os outros, onde é menos penoso verificá-la. Como se trata de alguém que quer sempre manter um perfil perante os demais, o orgulhoso enfrenta sérios obstáculos nos relacionamentos por habituar-se aos estereótipos. Os estereótipos, ou padrões e critérios de conduta social, funcionam como “bóias demarcatórias” para que o orgulhoso navegue com seu conceito de “segurança” no mar da vida interpessoal mantendo aparências e impressionando o meio. Para isso, adota concepções prévias sobre o outro como forma de identificação, com as quais estabelece seus limites em relação às pessoas, impedindo-se de ser assertivo, espontâneo e autêntico nas ligações humanas. As manifestações da personalidade dos orgulhosos são variáveis e o mecanismo de reeducação específicos. E nesse livro o espirito Ermance Dufaux nos presenteia com a seguinte reflexão: “Melindre é o orgulho na mágoa. Cultivemos a coragem de ser criticados. Pretensão é o orgulho nas aspirações. Aprendamos a contentar com a alegria de trabalhar, sem expectativas pessoais. Presunção é o orgulho no saber. Tomemos por divisa que toda opinião deve ser escutada com o desejo de aprender. Preconceito é o orgulho nas concepções. Habituemos a manter análises imparciais e flexíveis. Indiferença é o orgulho na sensibilidade. Adotemos a aceitação e respeito em todas ocasiões de êxitos e insucessos alheios. Desprezo é o orgulho no entendimento. Acostumemos a pensar que para Deus tudo tem valor, mesmo que por agora não o compreendamos. Personalismo é o orgulho centrado no eu. Eduquemos a abnegação nas atitudes. Vaidade é o orgulho do que se imagina ser. Procuremos conhecer a nós mesmos e ter coragem para aceitarmo-nos tais quais somos, fazendo o melhor que pudermos na melhoria pessoal. Inveja é o orgulho perante as vitórias alheias. Admitamos que temos esse sentimento e o enfrentemos com dignidade e humildade. A falsa modéstia é orgulho da “humildade artificial”. Esforcemos pela simplicidade que vem da alma sem querer impressionar. A prepotência é o orgulho de poder. Aprendamos o poder interior conosco mesmos transformando a prepotência em autoridade. Dissimulação é o orgulho nas aparências. Esforcemos por ser quem somos, sem receios, amando-nos como somos. A reeducação moral através das reencarnações nos levará a renovar esse quadro de penúria espiritual da Terra, sob a escravização das sombrias manifestações orgulhosas. Estamos todos, encarnados e desencarnados, nessa busca de superação e enfrentamento com as nossas imperfeições milenares, e não será num salto que venceremos a grande e demorada luta. Apliquemo-nos nas preciosas e universais lições de Jesus, iluminadas pelos raios da lógica espírita, e esforcemo-nos sem desistir da longa caminhada na conquista da humildade... Precisaremos de muita coragem para ser humildes, ser o que somos... Ser humilde é tirar as capas que colocamos com o orgulho ao longo dessa caminhada...” Como podemos notar, para o espiritismo, o orgulho é o pai de todos os males, é ele que desencadeia todos os outros sentimentos de baixo padrão vibratório. Não é difícil constatar essa verdade. É por orgulho que discutimos, é por orgulho que brigamos, é por orgulho ferido que nos magoamos, é o orgulho que dificulta o perdão. É interessante notar que o orgulho é um exagero do amor-próprio, e o amor-próprio é necessário; você deve amar a si mesmo. Mas o orgulho exagera esse sentimento, que deixa de ser amor para se transformar em algo doentio. Para se ter uma ideia do que o orgulho faz conosco: Quando olhamos pra dentro de nós, se nos vasculharmos interiormente, descobrimos montes de lixo que o orgulho não aceita como sendo nossos. É o orgulho que nos impede de olhar pra dentro de nós mesmos. Pelo orgulho, nos achamos grande coisa, nos achamos muito mais do que somos na verdade. Não é de um dia pro outro que vamos nos livraremos de um defeito que nos acompanha há milênios. O orgulho é uma verdadeira chaga na nossa trajetória do espírito imortal. Mas não podemos mais ser condescendentes conosco. Não temos, na atual reencarnação, a desculpa da ignorância, do desconhecimento. Então já passou o tempo de dizer, simplesmente, “eu sou assim”. Você é assim? Pois deixe de ser! Não há fórmula mágica para se livrar de um defeito tão entranhado em nosso espírito. É um exercício diário. Analise mais a si mesmo, faça boas leituras, seja mais tolerante. Aceite perder, de vez em quando. Você é especial, não há dúvida em relação a isso. Mas todos são especiais. Todos somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança; portanto, perfectíveis. Reforma íntima é um hábito. É a escolha de uma vida. Eu fiz a minha escolha. E você?

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