Hoje o tema de nosso estudo é
“ORGULHO EM NÓS” Vamos ver o que as obras espiritas falam sobre isso: LIVRO DOS ESPÍRITOS – QUESTÃO 785.
Qual o maior obstáculo ao
progresso? Resposta: “O orgulho e o egoísmo.” - Vejamos:
-Definição de Orgulho, segundo o
dicionário Aurélio: "Sentimento de dignidade pessoal, brio, altivez e
conceito elevado ou exagerado de si mesmo."
-Definição de Orgulho na Doutrina
Espírita: "Imperfeição espiritual que demonstra ausência de
humildade." O orgulho se contrapõe à humildade.
Concluímos que o orgulho é um
exagero de autovalorização como sendo nossa opinião a nosso respeito que não se
iguala à nossa realidade interior.
LIVRO OBRAS PÓSTUMAS – PRIMEIRA PARTE - O EGOÍSMO E O ORGULHO:
SUAS CAUSAS, SEUS EFEITOS E OS MEIOS DE DESTRUÍ-LOS. - Está bem reconhecido que a maioria
das misérias humanas tem a sua fonte no egoísmo dos homens. Então, desde que
cada um pensa em si, antes de pensar nos outros, e quer a sua própria
satisfação antes de tudo, cada um procura, naturalmente, se proporcionar esta
satisfação, a qualquer preço, e sacrifica sem escrúpulos, os interesses de
outrem, desde as menores coisas até as maiores, na ordem moral como na ordem
material: daí todos os antagonismos sociais, todas as lutas, todos os conflitos
e todas as misérias, porque cada um quer despojar o seu vizinho. O egoísmo tem
a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a se
considerar acima dos outros, crendo-se com direitos superiores, e se fere com
tudo o que, segundo ele, seja um golpe sobre os seus direitos.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
– CAP. 9, ITEM 9 - O orgulho vos induz a julgar-vos
mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a
vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito,
quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo
vos irrita e aborrece.
TAMBÉM NO EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO – CAP. 10, ITEM 13 - ..Por isso mesmo, porque é o pai
de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se
encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por
que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao
progresso.
LIVRO PRAZER DE VIVER – ERMACE
DUFAUX. PSICOGRAFIA DE WANDERLEY OLIVEIRA - CAP 19 - Uma das necessidades mais
naturais do ser humano é poder contar com a aprovação e a admiração alheia, na
qual encontra o afeto, o carinho e o estímulo para a sua caminhada de cada dia.
Algumas pessoas, no entanto, são prejudicadas durante todas as fases da
existência, devido a problemas traumáticos da infância. Tornam-se pedintes
viciados da atenção e reconhecimentos dos outros, para preencher a carência de
autovalor que não conseguem encontrar em si mesmas. Entre esses traumas lamentáveis a
que são conduzidas muitas crianças, verificamos a presença da insensibilidade
de muitos pais e mães no que tange à mais essencial atitude perante elas:
amá-las e ajudá-las a construir um auto conceito centrado na realidade. Alguns
tutores, desavisados, negligentes ou mesmo maldosos vão mais além e ainda
promovem escândalos de rejeição e leviandade com o rebento, deixando marcas
emocionais profundas para o futuro. Instaura-se, a partir desses delitos
morais, uma fixação psicológica na órbita do ego, que exigirá severo regime
reeducativo para se libertar. Evidentemente, se o Espírito já
nasce com uma baixa autoestima, essas lutas da infância serão agravantes
consideráveis na sua formação mental. Para compensar essa carência de estima e
admiração, sejam quais forem suas raízes no tempo, a criatura recorre
instintivamente ao orgulho – sentimento que dilata a sensação de importância
pessoal, com o qual tenta se proteger das ameaças que experimenta
constantemente na vida inconsciente, em reação ao meio no qual convive. No
fundo, a alma se protege inconscientemente das agressões sofridas no período
infantil ou em vidas anteriores, que lhe renderam terríveis sentimentos de
perda, insegurança e medo.
O Orgulho, em tese, é um sistema
que bloqueia ou perturba a sensibilidade, porque os orgulhosos não gostam de
ouvir nem a própria consciência, que se expressa no espelho do coração. Esperam
ser aceitos em quaisquer situação e não convivem bem com a crítica. Acreditam
demasiadamente em sua experiência e conhecimento, supondo que nada mais
precisam aprender. Melindram-se e criam animosidade declarada ou oculta com
quem lhes propõe corrigenda. Sentem-se com direitos especiais. São incapazes de
analisar a si mesmos. Falam excessivamente de si mesmos e raramente valorizam
as experiências alheias. Supõem-se serem indispensáveis.
LIVRO MEREÇA SER FELIZ – ESPÍRITO
ERMANCE DUFAUX, PSICOGRAFIA DE WANDERLEY OLIVEIRA - CAP. 3 - Orgulho é o sentimento de
superioridade pessoal resultante do processo natural de crescimento do
espírito; um “subproduto” do instinto de conservação, um princípio que foi colocado no homem para o bem, porque sem o
“sentimento de valor pessoal” e a "necessidade de estima” não
encontraríamos motivação para existir e não formaríamos um autoconceito de
dignidade pessoal. Portanto o problema não é o sentimento de Orgulho, mas o
descontrole de seus efeitos. Com relação às obsessões: “Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao
acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o ORGULHO,
porque é a que a criatura menos confessa a si mesma." O orgulho tem
esse mecanismo de produzir uma ilusão da avaliação individual, transferindo o
mal para os outros, onde é menos penoso verificá-la. Como se trata de alguém que quer
sempre manter um perfil perante os demais, o orgulhoso enfrenta sérios
obstáculos nos relacionamentos por habituar-se aos estereótipos. Os estereótipos,
ou padrões e critérios de conduta social, funcionam como “bóias demarcatórias”
para que o orgulhoso navegue com seu conceito de “segurança” no mar da vida
interpessoal mantendo aparências e impressionando o meio. Para isso, adota
concepções prévias sobre o outro como forma de identificação, com as quais
estabelece seus limites em relação às pessoas, impedindo-se de ser assertivo,
espontâneo e autêntico nas ligações humanas. As manifestações da personalidade
dos orgulhosos são variáveis e o mecanismo de reeducação específicos. E nesse livro o espirito Ermance
Dufaux nos presenteia com a seguinte reflexão: “Melindre é o orgulho na mágoa.
Cultivemos a coragem de ser criticados. Pretensão é o orgulho nas aspirações.
Aprendamos a contentar com a alegria de trabalhar, sem expectativas pessoais.
Presunção é o orgulho no saber. Tomemos por divisa que toda opinião deve ser
escutada com o desejo de aprender. Preconceito é o orgulho nas concepções.
Habituemos a manter análises imparciais e flexíveis. Indiferença é o orgulho na
sensibilidade. Adotemos a aceitação e respeito em todas ocasiões de êxitos e
insucessos alheios. Desprezo é o orgulho no entendimento.
Acostumemos a pensar que para Deus tudo tem valor, mesmo que por agora não o
compreendamos. Personalismo é o orgulho centrado no eu. Eduquemos a abnegação
nas atitudes. Vaidade é o orgulho do que se imagina ser. Procuremos conhecer a
nós mesmos e ter coragem para aceitarmo-nos tais quais somos, fazendo o melhor
que pudermos na melhoria pessoal. Inveja é o orgulho perante as vitórias
alheias. Admitamos que temos esse sentimento e o enfrentemos com dignidade e
humildade. A falsa modéstia é orgulho da “humildade artificial”. Esforcemos
pela simplicidade que vem da alma sem querer impressionar. A prepotência é o orgulho
de poder. Aprendamos o poder interior conosco mesmos transformando a
prepotência em autoridade. Dissimulação é o orgulho nas aparências. Esforcemos
por ser quem somos, sem receios, amando-nos como somos. A reeducação moral
através das reencarnações nos levará a renovar esse quadro de penúria
espiritual da Terra, sob a escravização das sombrias manifestações orgulhosas.
Estamos todos, encarnados e desencarnados, nessa busca de superação e
enfrentamento com as nossas imperfeições milenares, e não será num salto que
venceremos a grande e demorada luta. Apliquemo-nos nas preciosas e universais
lições de Jesus, iluminadas pelos raios da lógica espírita, e esforcemo-nos sem
desistir da longa caminhada na conquista da humildade... Precisaremos de muita
coragem para ser humildes, ser o que somos... Ser humilde é tirar as capas que
colocamos com o orgulho ao longo dessa caminhada...” Como podemos notar, para o espiritismo, o orgulho é o
pai de todos os males, é ele que desencadeia todos os outros sentimentos de
baixo padrão vibratório. Não é difícil constatar essa verdade. É por orgulho que
discutimos, é por orgulho que brigamos, é por orgulho ferido que nos magoamos,
é o orgulho que dificulta o perdão. É interessante notar que o orgulho é um exagero do
amor-próprio, e o amor-próprio é necessário; você deve amar a si mesmo. Mas o
orgulho exagera esse sentimento, que deixa de ser amor para se transformar em
algo doentio. Para se ter uma ideia do que o orgulho faz conosco:
Quando olhamos pra dentro de nós, se nos vasculharmos interiormente, descobrimos
montes de lixo que o orgulho não aceita como sendo nossos. É o orgulho que nos
impede de olhar pra dentro de nós mesmos. Pelo orgulho, nos achamos grande
coisa, nos achamos muito mais do que somos na verdade. Não é de um dia pro outro que vamos nos livraremos de
um defeito que nos acompanha há milênios. O orgulho é uma verdadeira chaga na nossa
trajetória do espírito imortal. Mas não podemos mais ser condescendentes
conosco. Não temos, na atual reencarnação, a desculpa da ignorância, do
desconhecimento. Então já passou o tempo de dizer, simplesmente, “eu sou assim”. Você é assim? Pois
deixe de ser! Não há fórmula mágica
para se livrar de um defeito tão entranhado em nosso espírito. É um exercício
diário. Analise mais a si mesmo, faça boas leituras, seja mais tolerante.
Aceite perder, de vez em quando. Você é especial, não há dúvida em relação a
isso. Mas todos são especiais. Todos somos filhos de Deus,
criados à sua imagem e semelhança; portanto, perfectíveis. Reforma íntima
é um hábito. É a escolha de uma vida. Eu fiz a minha escolha. E você?
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