sexta-feira, 22 de março de 2019

FAMÍLIA


Vamos falar sobre FAMÍLIAÉ interessante analisar o termo LAÇO DE FAMÍLIA. Veja bem, um laço é algo que pode prender uma coisa na outra. Também pode ser considerado uma espécie de amarração feita com uma corda ou fita. É por isso que a frase “laços de família” pode ser muito bem utilizada para esse contexto, exatamente porque a união de pessoas que forma uma família é algo muito peculiar e bem planejado pelo plano maior de Deus.   Entenda que o laço, embora seja uma amarração, apresenta uma possibilidade de ser solto com simplicidade, contudo, se alguma atitude ou manobra errada for tomada, então ele pode ficar ainda mais preso. Na família não é diferente, você poderá fazer as coisas certas e ver a evolução acontecer com leveza e simplicidade, mas poderá fazer coisas erradas, e assim ver o emaranhado cármico intensificar-se.  Somos espíritos encarnados em corpos físicos na dimensão terrena com um propósito bem definido, a evolução e a elevação moral. Não somos o corpo físico, mas estamos nele, assim como um líquido que está dentro de uma garrafa. Para que a evolução da alma aconteça, ainda no plano espiritual, em parceria com os amparadores e guias espirituais, planejamos a melhor forma de reencarnar, com o propósito de desenvolver as inferioridades da personalidade, bem como, de harmonizar antigos conflitos com outras almas.  Embora quando estamos vivendo a experiência física da encarnação do espírito, planejamos a melhor cidade, a melhor cor de pele, a melhor estatura física, a melhor região, o melhor sexo, e entre tantos detalhes: planejamos a melhor família. A família terrena é manifestação de espíritos unidos por laços cármicos negativos e positivos. É a própria confirmação da lei de causa e efeito, pois o ambiente familiar pode ser considerado o principal cenário para que a evolução espiritual aconteça. Por isso, o espírito humano tem a tendência de procurar reencarnar próximo aos grupos de semelhantes.  Você já parou para pensar sobre qual é o objetivo da família na Terra? Afinal de contas, por que existe a família? Podemos começar a pensar assim: Se Deus, que é o Criador de todas as coisas, criou a necessidade da vida em família, é porque ela tem uma finalidade importante para o progresso do Espírito. Vamos encontrar a resposta para essa questão, nos ensinamentos do maior Sábio de todos os tempos. Jesus recomendou que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Assim, a família é essa escola onde podemos aprender a amar umas poucas pessoas para um dia amar a Humanidade inteira. Deus, que é a Inteligência Suprema, sabe que no estágio evolutivo em que se encontra, o homem é incapaz de amar todos os seres humanos como a si mesmo. Por essa razão Ele distribui as pessoas nessas pequenas escolas chamadas lares, para que aprendam o amor ao próximo mais próximo. É assim que em nossas múltiplas existências vamos aprendendo o amor, nas suas diversas facetas: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho para tio, de esposo para esposa e assim por diante. E, quando conseguimos amar verdadeiramente um filho, por exemplo, nosso coração se enternece também pelos filhos alheios. Quando desenvolvemos profundo amor por uma avó ou pelos pais, toda vez que uma velhinha ou velhinho cruzar nosso caminho, sentiremos algum carinho, porque nos lembraremos dos nossos queridos e amados velhos. Assim, os laços de afeto vão se formando, aos poucos, para que um dia possam se estender por toda a grande família humana. Considerando-se, ainda, a lei da reencarnação, ou seja, das várias existências no corpo físico, vamos solidificando esses laços de afetividade com um maior número de Espíritos, que nascem sob o mesmo teto que nós. Dessa forma, nossa família espiritual se amplia e os laços de bem-querer se solidificam a cada nova possibilidade de convívio. Podemos constatar essa realidade no amor que nutrimos pelos amigos, que não fazem parte da parentela corporal, mas com os quais temos laços sólidos de afeição. Se o amor ao próximo é lei da vida, teremos, mais cedo ou mais tarde, que aprender esse amor. E nada mais lógico do que começar pelos familiares, que a sabedoria das Leis Divinas reuniu no mesmo lar.  Portanto, viver em família é um grande desafio e, ao mesmo tempo, um importante aprendizado, pois o convívio diário nos dá oportunidade de limar as arestas com aqueles que, por ventura, tenhamos alguma diferença. Nascendo no mesmo reduto familiar é mais fácil superar as desafeições, pois os laços de sangue ainda se constituem num ponto forte a favor da tolerância e da convivência pacíficas.  É por essa razão que existe a família: para que aprendamos a nos amar como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Criador. No tocante à relação pais e filhos a maior dificuldade é saber como orientá-los, já que os modelos da antiga educação autoritária já não funcionam mais. Conforme nos ensinam os Espíritos, uma nova ordem moral deve estabelecer-se na Terra, a fim de que nosso mundo de expiações e provas se transforme em um mundo de regeneração, e é isso que anuncia-se a Nova Era e a Transição Planetária que é o despertar da humanidade.  Diante desse quadro, somos todos convidados à reflexões e tomada de decisões amadurecidas sobre o que verdadeiramente queremos para nós e para nossa Família, já que não mais existe espaço para a neutralidade  e que já sabemos ser impossível deter o progresso.  Ter como princípio a valorização da família, fortalecendo os laços que nos unem, como nos diz o Espírito Camilo: “Há necessidade, contudo, de que te prepares para viver no mundo, no seio da tua família, contatando-a de algum modo, a fim de retirares proveito dessa relação. O Criador não te alocou por mero acaso nessa ou naquela vinculação genética. Existem imponderáveis razões para que estejas convivendo com quem convives”.  No entendimento de que as dificuldades vieram para ser superadas nesta existência, a família toda evolui e cresce, no caminhar da renovação íntima de cada um de seus membros. Temos a família como ferramenta do “progresso na marcha da humanidade”, como nos mostra a questão 695 de O Livro dos Espíritos, portanto, assunto da mais sensível compreensão para todos nós.   “O lar não é somente a moradia dos corpos, mas acima de tudo, a residência das almas.”  Diz André Luiz no livro Missionários da Luz, psicografado por Chico Xavier. Aprofundando um pouco mais sobre o assunto podemos ler no O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 09, Santo Agostinho dizendo: “…Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro…”  E continuando Santo Agostinho complementa: “…Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão…   No livro: Desafios da Vida Familiar, o espírito Camilo, psicografia de Raul Teixeira nos alerta: “Há que se pensar, igualmente, nos componentes espirituais da questão, uma vez que grandes e variados bandos sombrios de entidades espirituais abominam as propostas divinas que o Criador estabeleceu para incrementar o progresso dos Seus filhos. Para esses espíritos das sombras, o ideal é que as sociedades terrestres não evoluam, que sejam mantidas na ignorância intelectual e no relaxamento moral. Assim, podem manter seus pontos de apoio para a perturbação imperante no mundo. Como a família é o núcleo assistencial para o progresso da alma, admitem que seja necessário bombardeá-la, a fim de que os espíritos que reencarnam não achem nem orientação feliz, nem apoio, nem segurança, e transformem a reencarnação numa busca incontrolável de prazeres mundanos e de futilidades de variados tons. Entidades perturbadoras investem negativamente sob as famílias, aproveitando-se também dos temperamentos diversos – incautos, omissos, chantagistas, depravados, superficiais, cruéis, medrosos, mentirosos, etc. -, o que facilita promover desespero diante das dificuldades; agressões à frente de mal-entendidos; traições em face de facilidades irresponsáveis, e assim por diante, levando os membros do grupo familiar a situações aberrantes, casais à separação, quando não à criminalidade”. Todos os parentes, sejam eles consanguíneos ou afins, começando pelos nossos pais, são obras de amor que Deus nos deu a realizar. É preciso ajudá-los, amparando-os, através da cooperação, do carinho, atendendo aos desígnios da fraternidade, lembrando que a caridade começa em nosso lar. Nossos pais, por exemplo. A lei humana exige – sob pena de responsabilidade penal – que eles sejam assistidos em suas necessidades, sobretudo se impedidos de conseguir seu próprio sustento. E o que fazemos? Nós os colocamos nos menores quartos, dando somente e estritamente o necessário, sem nos lembrarmos dos pequenos gestos, que tanto aquecem o coração. Isso quando não os forçamos a trabalhos domésticos, como forma de pagamento por aquilo que lhes é de direito − nosso dever de cuidado.  Mas, a lei moral que nos alcança, além da lei humana, orienta-nos – sob pena de sermos chamados à responsabilidade diante das Leis Divinas – a cuidar deles em atenção às suas necessidades, inclusive, e, principalmente, as afetivas.  A Instrutora Espiritual Joanna de Ângelis lembra esse nosso dever com a seguinte frase: “não percas a oportunidade de semear dentro de casa”, porque ela é a primeira escola de amor onde somos colocados para aprender a amar. Um exemplo que podemos destacar são os tiranos domésticos: pessoas dóceis fora de casa e que criam o terror dentro dela, fazendo com que sejam temidos por criaturas que deveriam amá-los. Tristes figuras essas que dizem orgulhosos: “em casa sou obedecido, porque todos me temem”, porque poderiam acrescentar a essa frase: “e também sou odiado”. Kardec fez a seguinte pergunta aos Espíritos superiores: “A família acaba com o desencarne de seus componentes?” E os Benfeitores responderam que quando o sentimento que une essas pessoas é verdadeiro, baseado no amor, no respeito, no companheirismo de uns para com os outros, ela sobreviverá além da vida material. Esses laços são fortes e mais se consolidam no plano espiritual. Encontram-se lá e reúnem-se de novo para outras tarefas na vida material. Temos aí as famílias harmoniosas. Agora, quando os sentimentos são de ordem puramente material, baseados no egoísmo e no orgulho, nas ilusões de nomes ilustres, de cargos, fortunas ou beleza física, o desencarne, às vezes, apenas de um dos seus membros, romperá esses laços e a família desaparecerá. Não mais se encontrarão na vida espiritual como tal, mas deverão reencontrar-se em novas existências para saldarem os débitos contraídos uns com os outros. É isso que explica a existência de famílias em desequilíbrio, em constante desarmonia, em eternas cobranças. Daí a advertência de Jesus: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. Inicia, dentro do lar, o plantio de amor que irá converter-se em colheita farta de bons frutos.  Vale observar que no ambiente familiar, os conflitos são comuns por conta do afloramento natural da inferioridade emocionais que surgem, contudo, em alguns casos há um nível mais intenso de implicância e antipatia. Notadamente esses casos revelam laços negativos de vidas passadas se mostrando. E embora esses casos sejam muito complicados, são eles os reveladores da necessidade se envolver com doses extras de amor e perdão.  Nesses casos específicos, uma pessoa consciente das verdades espirituais precisa saber dar mais atenção, mais respeito, mais tolerância e mais amor para que os laços negativos sejam desfeitos, porque casos como esse revelam um grande potencial de libertação. Por isso a necessidade de nossa reforma interior, de olhar o que nos acontece de forma diferente. Avalie a sua família neste instante, pense nas pessoas que você tem mais conflitos ou implicância, então entenda que você pode estar desperdiçando uma incrível chance de promover uma cura espiritual. Olhe cada situação como essa com mais amor e com mais dedicação, no sentido da necessidade que você tem de se harmonizar com aquela pessoa. A família é uma instituição divina e jamais acabará. A família é o oásis do mundo desajustado. O relacionamento saudável no ambiente familiar reabastece as nossas baterias desgastadas no dia-a-dia, na luta pela sobrevivência. Ainda hoje encontramos dificuldades para compreender as palavras de Jesus. Buscamos respostas distantes, quando na realidade a misericórdia Divina nos permite o exercício do amor e da caridade, no próprio convívio familiar, junto daqueles que nos cercam. Somente a Doutrina dos Espíritos consegue nos explicar as verdadeiras necessidades de aprendizado que fazem parte da nossa bagagem espiritual, e que, pela reencarnação, nos é permitido esse exercício através do relacionamento familiar. Quantas reencarnações teriam sido melhor aproveitadas por nós, pelo simples cumprimento do planejamento que acreditávamos poder realizar enquanto encarnados. Se ainda habitamos um mundo de Provas e Expiações, é porque grandes são as nossas dificuldades de trabalharmos as nossas relações com os nossos desafetos; pendências muitas vezes seculares, que somente próximos e no meio familiar, poderemos avançar no nosso aprendizado. Somente o exercício do amor e da caridade, em substituição ao ódio, ao orgulho, poderá fazer de nós, criaturas melhores. De extrema importância e responsabilidade a presença dos pais na educação dos filhos, espíritos que dependem da qualidade dos ensinamentos recebidos desde seus “nascimentos”, para que as virtudes recebidas, possam transformar as dificuldades por eles trazidas. Infelizmente nem sempre isso ocorre. Dificuldades recíprocas entre familiares impedem muitas vezes que um equilíbrio seja mantido no relacionamento, quando não temos forças suficientes para controle e domínio do mal que ainda trazemos em nós. Nesses casos, não conseguimos compreender que a dificuldade que “o outro” apresenta, na realidade, é a ferramenta que “precisamos” para corrigir nossas próprias imperfeições e fraquezas. Nossos benfeitores espirituais aguardam de nós aquele “sinal verde” que permite recebermos as inspirações e os eflúvios benéficos que nos auxiliariam nos momentos difíceis, mas nada conseguem se mantivermos uma “muralha” em nossos corações. Somos seres milenares e ainda vivenciaremos muitas outras encarnações nessa jornada redentora para a nossa transformação moral. Mas alguns poderão perguntar: de quantas encarnações ainda precisaremos? A resposta se encontra em cada um de nós, pois somos os únicos responsáveis pelos nossos próprios atos e pensamentos, definindo dessa forma a velocidade da nossa trajetória de crescimento espiritual. Para os que perseveram no erro, a dor e o sofrimento são os antídotos que recebemos para a cura do mal gerado. Deus jamais abandona nenhuma de Suas criaturas pois, Sua obra é perfeita, e, por maiores que possam ser as nossas dificuldades, um dia nos tornaremos espíritos puros; quanto ao tempo, ele é irrelevante, pois somos imortais e temos toda a eternidade disponível. Vou contar uma estorinha sobre reencarnação e família: “O pai se acomodara no carro segurando o volante, aguardando sua filha e sua esposa. A filha chega primeiro, e logo assume o lugar do carona, ao lado do pai. Em seguida, a mãe, ao se aproximar, observa que a filha está como copiloto, no seu lugar e, imediatamente, lhe diz de forma doce, porém firme: - Minha filha, sente-se atrás! - Mãe, por que eu não posso ir na frente? - Porque o lugar ao lado do seu pai é meu! A filha, resmungando, vai saindo do lugar, olhando súplice para o pai, enquanto este acompanha silenciosamente a cena, como um homem embaraçado, momentaneamente disputado por duas mulheres. Então, a esposa, que já conhecia a triangulação amorosa do passado longínquo, arremata com sabedoria: - Minha filha, nesta reencarnação a esposa sou eu!!!” Vou ler essa linda mensagem de Chico Xavier, que diz: “Vestiste o corpo físico que merecias, Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiamento, Possuis os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades, Nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas, Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização, Teus parentes, amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitude... São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência. Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor. "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.   Finalizando, fica o ensinamento da Benfeitora Joanna de Ângelis, do Livro Constelação Familiar: “O destino da sociedade está indissoluvelmente ligado ao destino da família, pois esta constitui a base, o alicerce onde se inicia a experiência da fraternidade Universal”. Olhando a Humanidade como uma grande família, todas as barreiras que separam os povos caem por terra, pois num outro país, numa outra raça, numa outra religião, pode estar alguém que já foi nosso parente consanguíneo ou nosso grande amigo numa existência física passada.  Assim, se você entender que isso tudo faz sentido, comece a ver as pessoas que cruzam seu caminho com outros olhos. Com olhos de quem entende e atende a recomendação do Cristo: Ame o próximo como a si mesmo." Paz e Luz para todos nós!

Fonte: https://www.luzdaserra.com.br/as-ciladas-e-os-lacos-familiares-como-entender-e-como-curar
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=785&let=&stat=0

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