segunda-feira, 18 de março de 2019

DEVOTAMENTO E ABNEGAÇÃO


Hoje nosso estudo será sobre DEVOTAMENTO E ABNEGAÇÃO. Inicio lendo um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo VI - O Cristo consolador > Instruções dos Espíritos > Advento do Espírito de verdade, que diz assim: “Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranquilidade de espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais profundamente abalado estiver o espírito.” Como de costume, vamos primeiro definir o que significa cada uma dessas palavras: DEVOTAMENTO e ABNEGAÇÃO, buscando no dicionário, seus significados. DEVOTAMENTO é a ação de dedicar, tributar algo a alguém ou a alguma coisa." É dedicação, qualidade ou condição de quem se dedica a alguém ou algo, entrega, sacrifício; manifestação de amor, apreço, consideração". Já ABNEGAÇÃO é a ação caracterizada pelo desprendimento e altruísmo, em que a superação das tendências egoísticas da personalidade é conquistada em benefício de uma pessoa, causa, ou princípio; sacrifício voluntário dos próprios desejos, da própria vontade ou das tendências humanas naturais em nome de qualquer imperativo ético." O Espírito de Verdade nos alerta: "Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que o suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda a parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola ", isso nos confirma o valor da oração, nos momentos difíceis, mas esclarece: "O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de reclamarem contra as dores, os sofrimentos morais, que são aqui na Terra nosso martírio. E continua... Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem. "O devotamento e a abnegação, de fato, são essenciais nas ações de trabalho, nas atividades até as mais corriqueiras. São até consagrados pelo povo, na expressão "vestir a camisa", quando alguém se entrega a determinada tarefa, com dedicação, devotando-se a ela. Nos deveres morais, que o relacionamento interpessoal impõe, os que são cumpridos com devotamento e abnegação, ainda que sejam apenas direcionados a pessoas, as quais amamos, ainda assim, atestam a ação dos sentimentos da caridade e da humildade, visto que há aí a renúncia à satisfação de prazeres próprios para satisfazer as necessidades dos outros. Nesse caso, o exercício dessas ações, que exigem continuidade e perseverança, irá desenvolver outras qualificações nobres, em quem as pratica, que terminarão por levá-la a agir da mesma forma com qualquer pessoa, em qualquer situação, ou seja, ela se exercita para amar ao próximo como a si mesma, colocando a satisfação das necessidades do outro acima da sua.  Mas vejam bem: devemos satisfazer as necessidades dos outros e não as vontades. Você deve sempre saber a diferença entre satisfazer necessidades e satisfazer vontades, ser um servidor devotado e não um serviçal. É importante que esse devotamento e essa abnegação devem ser realizados, por dever ou por amor, mesmo que haja qualquer interesse material e pessoal, como no caso de relação no trabalho profissional, no qual existem os interesses do emprego e do salário, o que não impedem que esse trabalho seja feito com devotamento e abnegação.  Em qualquer caso, porém, existe, para quem assim age, o exercício da renúncia, da paciência, da tolerância, da humildade, da caridade, que levam ao devotamento e à abnegação, em benefício de quem recebe.  Mesmo nas aflições mais difíceis, ninguém deve acomodar-se às lamentações e queixas, continuando, enquanto tentam resolvê-las, no cumprimento dos deveres para consigo, para com o próximo e principalmente para com Deus. É muito comum ver pessoas, que se dedicam à atividades voluntárias, em instituições religiosas e/ou beneficentes, mas quando se veem com problemas físicos ou morais, afastam-se das atividades, alegando não se sentir em condições para ajudar. Esquecem-se de que quanto mais se devotarem NO BEM, PELO BEM E PARA O BEM, no cumprimento dos deveres, mais depressa reagirão e mais facilmente encontrarão as soluções corretas, além de oferecerem aos Benfeitores Espirituais, melhores condições de ajuda, pois, a abnegação e o devotamento se constituem em uma prece contínua, ou seja a pessoa está ligada à planos espirituais mais elevados, no exercício dessas virtudes.  Paulo de Tarso escreveu: "Tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados " e Emmanuel comenta sobre isso no livro Fonte Viva, lição 52: "Movimenta as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos desconjuntados, na certeza de que para a obtenção da melhor parte da vida é preciso servir e marchar, incessantemente." O verdadeiro discípulo do Cristo não conhece a acomodação e tampouco a preguiça…  Tem sempre “ligeiros os pés” e disposição constante para as tarefas do Bem.  Não se contenta tão-somente em cumprir suas obrigações e deveres rotineiros, mas vai além, dá sempre um tanto mais de seu tempo e de seus talentos. No livro de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, intitulado “Pensamento e Vida”, no capítulo 17, “o nobre Mentor define a palavra abnegação como aquela cota de serviço que se faz além da obrigação, visto que onde termina o dever, aí começa a abnegação”. Falar em devotamento e abnegação (agir com altruísmo; ou ainda sacrificar seus próprios interesses para satisfazer as necessidades alheias) é, ou pelo menos deveria ser, a síntese de todo cristão, pois foi isso que o nosso Amado Mestre Jesus, nos ensinou em seu Evangelho. “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrarei o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” (Mateus, cap. XI). “... Entretanto, Jesus coloca uma condição à sua assistência e à felicidade que promete aos aflitos; essa condição está na lei que ensina; seu jugo é a observação dessa lei; mas esse jugo é leve e essa lei é suave, uma vez que impõem por dever o amor e a Caridade.”  Aqueles que desejam caminhar com Jesus devem se atentar como é importante cada um fazer a sua parte, visando propor um mundo melhor ao levar palavras que edificam, independente da religião que abrace, ou seja, pouco importa se você é Católico, Evangélico, Espírita, Espiritualista, ou que pratique ou difunda qualquer outro conceito filosófico, desde que vise o Bem do próximo, ressaltando que além do amor que cada um deve externar em relação ao próximo, também é de suma importância o esclarecimento, o qual produz discernimento, entretanto dentro do tempo de cada um. Precisamos estudar e estudar e estudar, mais e mais.  Que não nos acomodemos jamais!  Para que todos entendam melhor sobre Abnegação e Devotamento, vou contar uma história que fala sobre o auxílio espontâneo, onde a doce Meimei nos conta que “Um homem, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu ao Senhor o discernimento para compreender os propósitos divinos, e saiu para o campo. De início, encontrou-se com o vento que cantava e o vento lhe disse: Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas. Em seguida, o homem surpreendeu uma flor que embalsamavam o ar com seu inebriante perfume, e a flor lhe contou: minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.  Logo após, o homem estacou ao pé de grande árvore, que protegia um poço d`água, cheio de rãs, e a árvore lhe falou: confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais. O visitante fixou os feios sapinhos e fez um gesto de repulsa, mas a árvore continuou: Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas raízes, contra os vermes destruidores. O homem compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, deparando com uma grande cerâmica.  Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse: meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos. Então, regressando ao lar, o homem compreendeu que, para servir na edificação do Reino de Deus, é preciso ajudar os outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer”. Se conforme nos ensinou os Espíritos Superiores receberemos, pelo cêntuplo, tudo que fizermos, quão afortunado não será aquele que, não se restringindo apenas ao âmbito do dever, o extrapola, percorrendo, a largos passos, o terreno fértil da abnegação.   Jesus disse que veio para servir e não para ser servido; que o maior será aquele que se torne o servidor dos outros, esquecendo-se de si mesmo. Agora o Espírito de Verdade nos repete que a sabedoria humana reside nessas duas palavras: DEVOTAMENTO e ABNEGAÇÃO. Diz o mentor Emmanuel, que essa virtude se mostra  viva em todo aquele que, podendo acolher‑se ao bem próprio, procura, acima de tudo, o bem para todos; podendo exigir, não exige; podendo pedir, nada pede; podendo complicar, não complica; e podendo parar de servir, prossegue servindo (Religião dos espíritos , tema 79, psicografia de Francisco Cândido Xavier). Para encerrar vou ler uma mensagem da Irmã Ester psicografia recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes: “Devotamento e abnegação são duas virtudes pouco conhecidas e, como diríamos, pouco praticadas pela maioria dos irmãos encarnados, mesmo aqueles que professam algum credo religioso. Saibam todos vocês que a doutrina libertadora, que ensina o homem como se aproximar de Deus tem como bandeira principal a caridade. Para praticar a caridade, o homem deve desenvolver dentro de si, uma grande dose de amor, esse sentimento que deve governar e organizar o relacionamento entre todos os seres encarnados.  No entanto, amor e caridade não podem dispensar a dedicação e o desprendimento com que as pessoas devem se munir para ajudar o próximo, qualquer que seja o nível de suas necessidades.  O irmão que atravessa, com dificuldade e sofrimento, um problema complexo e prolongado de saúde, e que necessita de auxilio, não somente dos profissionais especializados, mas também, dos cuidados daqueles que lhe são próximos, depende de uma grande determinação, ou seja, do devotamento dos que se predispõem a essa ajuda. Assim, dedicar-se de corpo e alma, como vocês dizem na Terra, é fundamental para que o auxilio humanitário seja proporcionado com o máximo de carinho. Isto, meus irmãos, é devotamento.  Outro sentimento, que somente pode ser desenvolvido, é quando o irmão prestativo, no desejo de ajudar, procura se desprender de tudo, sacrificando horas de lazer e até de trabalho, para cumprir tal dedicação caritativa e sem limites no auxilio ao próximo; essa virtude é conhecida como abnegação.  Devotamento e abnegação sempre caminham juntos e estão sempre próximos da caridade. Percebem, meus irmãos, que em todo o processo de ajuda, de toda a espécie de caridade, não apenas no exemplo anterior, mas em todos os momentos da existência humana, pode-se considerar que a dedicação é sempre indispensável.  Ajudar irmãos em condições de carência material, outros que necessitam de orientação espiritual, crianças e jovens que precisam ser encaminhados segundo uma educação correta, no sentido da moral mais elevada...esses e outros exemplos exigem, sempre, seres dedicados e comprometidos, que chegam a ignorar suas próprias necessidades, para poder participar, como coadjuvantes, do desenvolvimento espiritual e da orientação do caminho que necessita ser trilhado pelo irmão em desespero. Conclui-se que, o devotamento e a abnegação, por ocasião do socorro aos irmãos necessitados, atuam, sempre, em contraposição ao egoísmo. Tudo isso é uma bênção do Pai, porque assim agindo, aqueles que ajudam os outros estarão modificando seu possível comportamento egoísta, pela dedicação sincera de auxiliar. É um avanço, um crescimento espiritual que o irmão encarnado colhe como um fruto beneplácito na sua presente encarnação. Viver melhor é auxiliar sempre que necessário, pois assim estarão seguindo a prática do ensinamento sublime do "amar-vos uns aos outros", tão bem exemplificada pelo meigo Rabi da Galiléia.  Deus que é Pai espera isso de todos os seus filhos, aos quais se dedica e coloca diante deles, as oportunidades para o serviço de ajuda ao próximo. Cabe aos filhos, em consonância com a bondade do Pai, serem caritativos e irmãos de todos os seus semelhantes, para poderem ser dignos da ajuda que também recebem do Alto. Deus abençoe todos vocês. Que o Mestre Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma! Paz e Luz para todos!

Fonte: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1702102899820762&id=642459189118477

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