Hoje nosso
estudo será sobre DEVOTAMENTO E ABNEGAÇÃO. Inicio lendo um trecho do
Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo
VI - O Cristo consolador > Instruções dos Espíritos > Advento do Espírito
de verdade, que diz assim: “Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que a
suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda parte, ao lado de cada lágrima,
põe o bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua e
encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas palavras.
Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em vez de
reclamar contra as dores, os sofrimentos mortais, que são aqui na Terra o vosso
quinhão. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação,
e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a
humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará a tranquilidade de
espírito e a resignação. O coração bate melhor, a alma se acalma, e o corpo já
não sente desfalecimentos, porque o corpo sofre tanto mais, quanto mais
profundamente abalado estiver o espírito.” Como de costume, vamos primeiro
definir o que significa cada uma dessas palavras: DEVOTAMENTO e ABNEGAÇÃO,
buscando no dicionário, seus significados. DEVOTAMENTO é a ação de dedicar,
tributar algo a alguém ou a alguma coisa." É dedicação, qualidade ou
condição de quem se dedica a alguém ou algo, entrega, sacrifício; manifestação
de amor, apreço, consideração". Já ABNEGAÇÃO é a ação caracterizada pelo desprendimento
e altruísmo, em que a superação das tendências egoísticas da personalidade é
conquistada em benefício de uma pessoa, causa, ou princípio; sacrifício
voluntário dos próprios desejos, da própria vontade ou das tendências humanas
naturais em nome de qualquer imperativo ético." O Espírito de Verdade nos
alerta: "Deus consola os humildes
e dá força aos aflitos que o suplicam. Seu poder cobre a Terra, e por toda a
parte, ao lado de cada lágrima, põe o bálsamo que consola ", isso
nos confirma o valor da oração, nos momentos difíceis, mas esclarece: "O devotamento e a abnegação são uma prece
contínua e encerram profundo ensinamento: a sabedoria humana reside nessas duas
palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender estas verdades, em
vez de reclamarem contra as dores, os sofrimentos morais, que são aqui na Terra
nosso martírio. E continua... Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras:
devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres
que a caridade e a humildade vos impõem. "O devotamento e a
abnegação, de fato, são essenciais nas ações de trabalho, nas atividades até as
mais corriqueiras. São até consagrados pelo povo, na expressão "vestir a
camisa", quando alguém se entrega a determinada tarefa, com dedicação,
devotando-se a ela. Nos deveres morais, que o relacionamento interpessoal
impõe, os que são cumpridos com devotamento e abnegação, ainda que sejam apenas
direcionados a pessoas, as quais amamos, ainda assim, atestam a ação dos
sentimentos da caridade e da humildade, visto que há aí a renúncia à satisfação
de prazeres próprios para satisfazer as necessidades dos outros. Nesse caso, o
exercício dessas ações, que exigem continuidade e perseverança, irá desenvolver
outras qualificações nobres, em quem as pratica, que terminarão por levá-la a
agir da mesma forma com qualquer pessoa, em qualquer situação, ou seja, ela se
exercita para amar ao próximo como a si mesma, colocando a satisfação das necessidades
do outro acima da sua. Mas vejam bem:
devemos satisfazer as necessidades dos outros e não as vontades. Você deve
sempre saber a diferença entre satisfazer necessidades e satisfazer vontades,
ser um servidor devotado e não um serviçal. É importante que esse devotamento
e essa abnegação devem ser realizados, por dever ou por amor, mesmo que haja
qualquer interesse material e pessoal, como no caso de relação no trabalho
profissional, no qual existem os interesses do emprego e do salário, o que não
impedem que esse trabalho seja feito com devotamento e abnegação. Em qualquer caso, porém, existe, para quem
assim age, o exercício da renúncia, da paciência, da tolerância, da humildade,
da caridade, que levam ao devotamento e à abnegação, em benefício de quem
recebe. Mesmo nas aflições mais difíceis, ninguém deve acomodar-se às
lamentações e queixas, continuando, enquanto tentam resolvê-las, no cumprimento
dos deveres para consigo, para com o próximo e principalmente para com
Deus. É muito comum ver pessoas, que se dedicam à atividades voluntárias,
em instituições religiosas e/ou beneficentes, mas quando se veem com problemas
físicos ou morais, afastam-se das atividades, alegando não se sentir em
condições para ajudar. Esquecem-se de que quanto mais se devotarem NO BEM, PELO
BEM E PARA O BEM, no cumprimento dos deveres, mais depressa reagirão e mais
facilmente encontrarão as soluções corretas, além de oferecerem aos Benfeitores
Espirituais, melhores condições de ajuda, pois, a abnegação e o devotamento se
constituem em uma prece contínua, ou seja a pessoa está ligada à planos
espirituais mais elevados, no exercício dessas virtudes. Paulo de Tarso escreveu: "Tornai a levantar as mãos cansadas e os
joelhos desconjuntados " e Emmanuel comenta sobre isso no livro
Fonte Viva, lição 52: "Movimenta
as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos desconjuntados, na certeza
de que para a obtenção da melhor parte da vida é preciso servir e marchar,
incessantemente." O verdadeiro
discípulo do Cristo não conhece a acomodação e tampouco a preguiça… Tem
sempre “ligeiros os pés” e disposição constante para as tarefas do Bem.
Não se contenta tão-somente em cumprir suas obrigações e deveres
rotineiros, mas vai além, dá sempre um tanto mais de seu tempo e de seus
talentos. No livro de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, intitulado
“Pensamento e Vida”, no capítulo 17, “o nobre Mentor define a palavra abnegação
como aquela cota de serviço que se faz além da obrigação, visto que onde
termina o dever, aí começa a abnegação”. Falar em devotamento e
abnegação (agir com altruísmo; ou ainda sacrificar seus próprios interesses
para satisfazer as necessidades alheias) é, ou pelo menos deveria ser, a
síntese de todo cristão, pois foi isso que o nosso Amado Mestre Jesus, nos
ensinou em seu Evangelho. “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais
sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim
que sou brando e humilde de coração, e encontrarei o repouso de vossas almas;
porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.” (Mateus, cap. XI). “...
Entretanto, Jesus coloca uma condição à sua assistência e à felicidade que
promete aos aflitos; essa condição está na lei que ensina; seu jugo é a
observação dessa lei; mas esse jugo é leve e essa lei é suave, uma vez que
impõem por dever o amor e a Caridade.” Aqueles que desejam caminhar com Jesus devem
se atentar como é importante cada um fazer a sua parte, visando propor um mundo
melhor ao levar palavras que edificam, independente da religião que abrace, ou
seja, pouco importa se você é Católico, Evangélico, Espírita, Espiritualista,
ou que pratique ou difunda qualquer outro conceito filosófico, desde que vise o
Bem do próximo, ressaltando que além do amor que cada um deve externar em
relação ao próximo,
também é de suma importância o
esclarecimento, o qual produz discernimento, entretanto dentro do tempo de cada
um. Precisamos estudar e estudar e estudar, mais e mais. Que não nos acomodemos jamais! Para que todos entendam melhor sobre
Abnegação e Devotamento, vou contar uma história que fala sobre o auxílio
espontâneo, onde a doce Meimei nos conta que “Um homem, desejando aprender como
colaborar na construção do Reino de Deus, pediu ao Senhor o discernimento para
compreender os propósitos divinos, e saiu para o campo. De início, encontrou-se
com o vento que cantava e o vento lhe disse: Deus mandou que eu ajudasse as
sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os
doentes e as criancinhas. Em seguida, o homem surpreendeu uma flor que
embalsamavam o ar com seu inebriante perfume, e a flor lhe contou: minha missão
é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os
lugares mais impuros. Logo após, o homem
estacou ao pé de grande árvore, que protegia um poço d`água, cheio de rãs, e a
árvore lhe falou: confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo,
creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais. O
visitante fixou os feios sapinhos e fez um gesto de repulsa, mas a árvore
continuou: Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei
ajudada por elas, na defesa de minhas raízes, contra os vermes destruidores. O
homem compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, deparando com uma grande
cerâmica. Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse:
meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro
ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos. Então,
regressando ao lar, o homem compreendeu que, para servir na edificação do Reino
de Deus, é preciso ajudar os outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo
mais do que seja justo fazer”. Se conforme nos ensinou os Espíritos Superiores
receberemos, pelo cêntuplo, tudo que fizermos, quão afortunado não será aquele
que, não se restringindo apenas ao âmbito do dever, o extrapola, percorrendo, a
largos passos, o terreno fértil da abnegação. Jesus disse que veio para servir e não para
ser servido; que o maior será aquele que se torne o servidor dos outros,
esquecendo-se de si mesmo. Agora o Espírito de Verdade nos repete que a
sabedoria humana reside nessas duas palavras: DEVOTAMENTO e ABNEGAÇÃO. Diz o mentor
Emmanuel, que essa virtude se mostra
viva em todo aquele que, podendo acolher‑se ao bem próprio, procura,
acima de tudo, o bem para todos; podendo exigir, não exige; podendo pedir, nada
pede; podendo complicar, não complica; e podendo parar de servir, prossegue
servindo (Religião dos espíritos , tema 79, psicografia de Francisco Cândido
Xavier). Para encerrar vou ler uma mensagem da Irmã Ester psicografia recebida no
Centro Espírita Bezerra de Menezes: “Devotamento
e abnegação são duas virtudes pouco conhecidas e, como diríamos, pouco
praticadas pela maioria dos irmãos encarnados, mesmo aqueles que professam
algum credo religioso. Saibam todos vocês que a doutrina libertadora, que
ensina o homem como se aproximar de Deus tem como bandeira principal a
caridade. Para praticar a caridade, o homem deve desenvolver dentro de si, uma grande
dose de amor, esse sentimento que deve governar e organizar o relacionamento
entre todos os seres encarnados. No
entanto, amor e caridade não podem dispensar a dedicação e o desprendimento com
que as pessoas devem se munir para ajudar o próximo, qualquer que seja o nível
de suas necessidades. O irmão que
atravessa, com dificuldade e sofrimento, um problema complexo e prolongado de
saúde, e que necessita de auxilio, não somente dos profissionais
especializados, mas também, dos cuidados daqueles que lhe são próximos, depende
de uma grande determinação, ou seja, do devotamento dos que se predispõem a
essa ajuda. Assim, dedicar-se de corpo e alma, como vocês dizem na Terra, é
fundamental para que o auxilio humanitário seja proporcionado com o máximo de carinho.
Isto, meus irmãos, é devotamento.
Outro sentimento, que somente pode ser desenvolvido, é quando o irmão
prestativo, no desejo de ajudar, procura se desprender de tudo, sacrificando
horas de lazer e até de trabalho, para cumprir tal dedicação caritativa e sem
limites no auxilio ao próximo; essa virtude é conhecida como abnegação. Devotamento e abnegação sempre caminham
juntos e estão sempre próximos da caridade. Percebem, meus irmãos, que em todo
o processo de ajuda, de toda a espécie de caridade, não apenas no exemplo
anterior, mas em todos os momentos da existência humana, pode-se considerar que
a dedicação é sempre indispensável. Ajudar
irmãos em condições de carência material, outros que necessitam de orientação
espiritual, crianças e jovens que precisam ser encaminhados segundo uma
educação correta, no sentido da moral mais elevada...esses e outros exemplos
exigem, sempre, seres dedicados e comprometidos, que chegam a ignorar suas
próprias necessidades, para poder participar, como coadjuvantes, do
desenvolvimento espiritual e da orientação do caminho que necessita ser
trilhado pelo irmão em desespero. Conclui-se que, o devotamento e a abnegação,
por ocasião do socorro aos irmãos necessitados, atuam, sempre, em contraposição
ao egoísmo. Tudo isso é uma bênção do Pai, porque assim agindo, aqueles que
ajudam os outros estarão modificando seu possível comportamento egoísta, pela
dedicação sincera de auxiliar. É um avanço, um crescimento espiritual que o
irmão encarnado colhe como um fruto beneplácito na sua presente encarnação. Viver
melhor é auxiliar sempre que necessário, pois assim estarão seguindo a prática
do ensinamento sublime do "amar-vos
uns aos outros", tão bem exemplificada pelo meigo Rabi da
Galiléia. Deus que é Pai espera isso de
todos os seus filhos, aos quais se dedica e coloca diante deles, as
oportunidades para o serviço de ajuda ao próximo. Cabe aos filhos, em
consonância com a bondade do Pai, serem caritativos e irmãos de todos os seus
semelhantes, para poderem ser dignos da ajuda que também recebem do Alto. Deus
abençoe todos vocês. Que o Mestre Jesus nos conceda a cura do corpo e da
alma! Paz e Luz para todos!
Fonte: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1702102899820762&id=642459189118477
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