segunda-feira, 18 de março de 2019

NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO


Iniciaremos nosso estudo falando sobre a NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO: “A  Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Vive cerca de 70 anos. Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.   Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas tornam-se pesadas em função da grossura de suas penas, estão envelhecidas pelo tempo. Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou voo pela primeira vez. Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil! Nessa situação a águia só tem duas alternativas: Deixar-se morrer...ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um local Seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno.  Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas. Após cinco meses, “Esta Renascida”, sai para o famoso voo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos.” Muitas vezes, em nossas vidas, mesmo com sucesso material, nos sentimos vazios, parecendo que falta algo! Nessa hora, temos que desligar o “automático”, temos que parar, analisar, e refletir o por que estamos com esse vazio! E, se formos inteligentes, vamos reparar que não levaremos nada para o outro plano da vida, e que pouco fizemos por nós mesmos, para nos tornarmos melhores! Então, temos a alternativa de nos renovar, entendendo que a construção do nosso progresso espiritual é o que realmente importa – todo o resto, é expiação, prova e sobrevivência (com apegos e desejos as coisas materiais, e busca incessante de gratificação dos sentidos). É nessa hora que entendemos a necessidade de transformação, de planejar e gerenciar a nossa reforma íntima. E concluímos que: esse processo será doloroso, demandará tempo e dedicação... Pois estaremos tratando da cura da alma... porém será de valia absoluta e plena!  O espírito é herdeiro de si mesmo. Tudo o que somos tem suas causas no passado e o que seremos no futuro, depende do nosso presente. Muitas aspirações do ser humano começam a ser materializadas pela ação do pensamento, e em todas as fases, desde o planejamento até a conclusão final de qualquer projeto, o ato de pensar se faz presente. A manifestação do pensamento é uma constante em todos os atos de nossa vida. Tanto para um maestro, ao compor uma melodia, como para um arquiteto, ao elaborar um projeto, há um exercício inicial de mentalização sobre suas obras. Paulatinamente, a pauta musical e a planta arquitetônica, respectivamente, irão se plasmando nas mentes do maestro e do arquiteto e, só então, serão transportadas para o papel.  Cumpre ao homem pensar em coisas úteis e arquitetar planos que tragam benefícios aos seu semelhantes, pois somente dessa forma estará trabalhando para o seu aperfeiçoamento espiritual. O aperfeiçoamento moral exigirá um profundo trabalho na forma de pensar e agir de todo aquele que o deseje, objetivando educar sua mente e disciplinar sua vontade. O ritmo ou velocidade deste processo de mudança dependerá da firmeza e da determinação do candidato à reforma. Ao meditarmos sobre a nobreza dos trabalhos que devemos desenvolver, sentimos a imediata necessidade de trabalhar para melhor educar nossa mente; para podermos utilizá-la, cada vez mais, em projetos ou idéias que se relacionem com o nosso aperfeiçoamento moral e intelectual. A mente voltada para o bem e trabalhando no desenvolvimento de idéias sadias para seus semelhantes é o melhor exemplo de disciplina do pensamento. Por reforma íntima devemos entender o processo de reformulação dos aspectos íntimos de nossa maneira de viver. É um trabalho de observação da vida interior, em que vasculhamos os pontos mais escondidos das nossas mentes, com o objetivo de localizar e remover os fatores negativos, tal qual o jardineiro que esmiúça o jardim procurando as ervas daninhas a fim de arrancá-las. O processo de reformulação íntima é lento e penoso, pois a mente, viciada nos pensamentos de baixo teor, se recusa, muitas vezes, a aceitar a reforma. Entretanto, o esforço pessoal e a firme determinação de evoluir moralmente são fatores decisivos à concretização da mudança desejada. Para que se efetive a mudança que a reforma íntima requer, é preciso que se amplie as qualidades do ser, para que os aspectos negativos do caráter, como o egoísmo, o orgulho, a vaidade, possam ser combatidos de imediato.  E, nesse particular, o exercício do conhecimento de si mesmo nos abre a possibilidade de rever a cada dia o que fizemos; nos dá a chance de passar em revista nossos atos e nos questionarmos se não faltamos a algum dever, ou se alguém tem motivo para se queixar de nossos atos. Santo Agostinho, em O Livro dos Espíritos, nos diz que “aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar”. O Espírito amigo ainda nos estimula proceder a um exame sobre o que pudermos ter feito contra as leis divinas, contra o próximo e contra nós mesmos. As respostas nos darão ou o descanso para nossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado. O conhecimento de si mesmo é, portanto, chave do progresso individual. Mas há aqueles que poderão duvidar da eficácia deste processo, argumentando que o amor-próprio poderá nos levar a atenuar as faltas e torná-las desculpáveis.  O avarento poderá se considerar apenas econômico e previdente; o orgulhoso poderá julgar que em si só há dignidade; o indolente alegará falta de tempo, deixando para depois o cumprimento de suas obrigações. Isto é muito real, mas existe meios de se verificar que não nos deixa ilusão. Perguntemo-nos como qualificaríamos determinada atitude nossa, se tivesse sido praticada por outra pessoa. Se a censuramos, não a podemos tomar como legítima quando for por nós praticada. Uma outra forma é procurar saber o que os outros pensam de nossas ações, sem desprezar a opinião daqueles que não nos querem tão bem, porquanto nenhum interesse teriam em mascarar a verdade sobre nós.  É preciso, também, ouvirmos nossa consciência, se estivermos realmente decididos a nos melhorar, promovendo, como o comerciante, o balanço diário no nosso dia moral, avaliando as nossas perdas e ganhos. Santo Agostinho, em um trecho do Evangelho segundo o Espiritismo, nos diz que se pudermos dizer que foi bom o nosso dia, poderemos “dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida”. O autoconhecimento, portanto, é fator indispensável para que se busque com firmeza nessa mudança interior. Somente se conhecendo no íntimo, poderá o homem combater, com certeza de vitória, os males que lhe afligem o Espírito. Paz e luz para todos!

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