Hoje nosso estudo dará
continuidade ao tema abordado na última quarta-feira, que é sobre EMOÇÕES E SENTIMENTOS.
Como já dissemos temos a impressão de que emoção
e sentimento é a mesma coisa. Uma espécie de sinônimo. No dicionário, as duas
palavras até encontram significados muito próximos, mas, na realidade, são as
emoções que dão origem aos sentimentos. Enquanto a emoção está ligada ao corpo,
ao exterior, o sentimento faz parte do universo da mente, da alma, do interior.
Cabe a nós lidarmos com nossas emoções, procurando doma-las para que não nos gerem
sentimentos ruins e que venhamos a adoecer seriamente. Jesus, nosso
mestre amado, não se cansou de apontar-nos como nossas emoções e sentimentos
vivem ativamente conosco, enfatizando a necessidade do acolhimento desses,
instruindo-nos a substitui-los por sentimentos adequados. Ele, como homem que
ensinou o amor, o perdão e o não julgamento, viveu e reconheceu a existência no
ser humano de sentimentos como raiva, intolerância, soberba, orgulho, luxúria e
rigidez – elementos de luz e sombra que moram dentro de cada um de nós. Para melhor exemplificar vou contar uma história, um
pouco figurada, onde o mestre nos ensina muito. Segundo Jesus,
precisamos trabalhar incansavelmente na busca da unicidade e acolhimento dos
sentimentos e foi o que Ele fez nos 40 dias que se isolou no deserto, na busca
do encontro consigo mesmo. Naquele local, Ele traçou um círculo na areia ao seu
redor, que simbolizava a consciência girando três vezes no sentido do sol. O
círculo foi, então, dividido em quatro partes como uma cruz de braços iguais.
Estas quatro partes representavam os quatro centros de percepção, manifestada
no corpo físico, também conhecido como chacras. Com o objetivo de passar pelas
quatro partes, Ele inicia sentando-se no quadrante sul. Permaneceu ali durante 10
dias, ao amanhecer do décimo dia, ressoa aos seus ouvidos um rugido – era o
leão – representação da ira. Diante do animal, Jesus afirma: entra em paz
criatura de Deus, neste espaço há lugar para nós dois. Ousou permanecer porque
sabia que o leão não o atacaria, pois estava protegido pela cruz que o
confinava no quadrante oriental do círculo. Jesus não brigou, não temeu e não
justificou a presença da ira, ele a recebeu e a colocou no seu devido lugar. A
raiva colocada no quadrante correto, não causa problemas. Já fora de proporção
e lugar traz sérias consequências. Ou seja, com pouca raiva, a pessoa pode se
tornar fantoche das situações, eventos ou pessoas, já com raiva em demasia, vira
tirano. Passaram-se mais 10 dias e, ao meio dia do vigésimo, aparece um bode
selvagem (como um unicórnio). Jesus olha o animal e diz: entra em paz criatura
de Deus, há lugar suficiente para os três neste círculo. O animal bailava de
modo sensual, revirando os olhos e cheirando fortemente a âmbar. Porém Jesus
sabia que nenhum mal poderia ocorrer, uma vez que este estava confinado no
quadrante norte do círculo. Então, os três permaneceram lá. Este animal (despudorado
e sedutor) representava a luxúria. Jesus não o contestou, apenas integrou a
luxúria, que significa a busca de prazer. O excesso de luxúria leva ao egoísmo
extremo, sua busca pode tornar-se compulsiva. Todavia, sua deficiência pode
levar à perda da capacidade de sentir prazer e pior ainda, à amargura e até à
inveja. Entretanto, quando na medida correta, é uma bênção divina, porque
permite a existência do prazer, satisfação em todos os sentidos da vida. E
assim, mais 10 dias se passaram e, no crepúsculo do trigésimo dia, ao lado
oeste do círculo, aparece algo, ainda mais terrível, esgueirando-se,
sorrateira. Uma serpente relutava para entrar, representava o medo. Jesus diz
também a este animal: entra em paz criatura de Deus, há espaço para os quatro.
Ela relutou desde o entardecer até a meia noite. Foi uma prova muito difícil
para Jesus. O medo, naquela época, era visto como pecado. Hoje, com o emprego
do medo aplicado pelas religiões, governo e sistemas educacionais, o medo foi
tomando conotações como forma de manipulação da massa. Então, a serpente levou
algum tempo para se integrar à consciência. Com a atitude amorosa de Jesus, o
animal foi capaz de entrar, ou melhor, integrar-se à consciência. O medo
instiga o crescimento e a busca pelo novo. Passado alguns dias Jesus saiu do
círculo e fora tentado pela gula. Resistiu veemente e retornou ao círculo.
Neste momento, Jesus se dá conta de que um enorme touro branco havia
compartilhado seu espaço durante todo o tempo que esteve ali, sem que Ele
percebesse. Assim que tentava estudar o poder do animal, o mesmo desaparecia de
sua visão. Então, exclamou: se este animal esteve comigo todo esse tempo e não
o percebi, este deve ser meu defeito oculto. O touro branco representava o
animal que entra sem ser convidado: a soberba, a vaidade e o orgulho. Para
lidar com ele ou para transcendê-lo, é necessário: tolerância, perdão e todas as
qualidades internas. É a impaciência que exige que as coisas aconteçam e sejam
feitas no tempo da pessoa, já a soberba é a intolerância que é oposta ao amor.
De fato, a soberba é a característica do ser humano mais difícil, mais oculta,
de difícil lida e integração à consciência, porque ela influencia na
autopercepção e na capacidade de visão da totalidade dos fenômenos. Essa é uma historia bastante intrigante ao
usar animais para definir a essência de nossos sentimentos. Jesus esse médico
das almas, estudava bem as emoções humanas, separei algumas para analisarmos: a) Jesus não as reprimia. O evangelho
afirma que Jesus expressava suas emoções. A grande questão não é que não
podemos expressar as emoções, mas como fazê-lo de forma saudável. Havia
equilíbrio em cada situação emocional. Jesus manifestou ira quando viu o templo
dedicado a Deus tornando-se um mercado. A questão principal é que ninguém
reclamou da atitude de Jesus, que foi dura, mas precisava ser tomada. A ira foi
contra a injustiça e não contra os injustos. b) Jesus não agia dominado pela
emoção. A emoção não se defronta com emoção ou razão, mas pelo espírito. Jesus
entendia que a única forma de vencer as emoções era por meio de uma vida de
oração e comunhão com Deus. Devemos permitir que Ele seja o Senhor de nossas
emoções. O maior problema é quando agimos sob a força de nossas emoções. Este é
o pior momento para conversar com alguém ou aplicar a disciplina aos filhos,
por exemplo. Palavras impensadas e atos descontrolados poderão criar uma mácula
muito difícil de reparar. A maior parte das nossas decisões pode esperar até
que estejamos mais tranquilos. c) Jesus reconhecia que as emoções eram Suas.
Quando Jesus questionou “até quando vos sofrerei?” Ele demonstrava que o
comportamento incrédulo daqueles homens O incomodava, mas isso não O impediu de
realizar um milagre diante deles. As afirmações “estou assim por causa de
você”, “você é isto ou aquilo”, demonstram a tendência geral em deslocarmos
nossas emoções na direção dos outros. Não é por causa do outro, mas por causa
de nossas próprias expectativas frustradas ou insatisfeitas que sentimos suas
emoções e que se transformam em sentimentos tóxicos. O problema está conosco!
Fale do seu incômodo, e não, do seu julgamento sobre o ato do outro. Você
descobrirá que muitas dificuldades se relacionam aos seus valores familiares ou
culturais e começará a encontrar unicidade na diversidade. Todos somos filhos
do mesmo Pai, não se esqueçam disso. Sentimentos tóxicos são gerados por pensamentos
tóxicos. Mude a forma como você vê o mundo, as circunstâncias e as pessoas. E
isso lhe trará outra realidade, outros sentimentos. O peso que carregamos não é
colocado nas nossas costas se não por nós mesmos. Você decide se é isso que
deseja carregar ou não para sua vida. Por isso, seja leve, opte por isso, faça
a escolha certa. Por isso temos chamado a atenção para iniciarmos desde já nossa
Reforma Interior, como uma nova forma de ver a vida, o mundo e a tudo que nos
cerca. Quando a gente faz a nossa reforma
íntima estamos também realizando nossa transformação espiritual. Porque ao
mudar nossos pensamentos consequentemente estamos mudando nossas atitudes e
isso nos leva a ter hábitos saudáveis para o nosso espírito, realizando assim a
transformação espiritual. A reforma íntima não é
uma conquista que acontece da noite para o dia. Leva tempo, persistência, boa
vontade, disciplina e esforço incessante de nossa parte. Muita resignação e
luta contra nossas próprias tendências inferiores e principalmente estar vigilante
para nossos defeitos e termos foco na tarefa de nos melhorar. Ao outro cabe
somente a ele mesmo buscar a própria reforma íntima, a nós, a responsabilidade
é somente sobre nossas atitudes. Chico Xavier nos alertou: “Lembre-se de que você
mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de
seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios, o mais alto padrão
do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas
noções que você transmite aos outros. Não se esqueça, igualmente, de que o
maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação
do idealismo sublime que você apregoa, a nota discordante da sinfonia do bem
que pretende executar, o arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas
oportunidades de elevação – é você mesmo.” Somos
responsáveis por nosso corpo e por tudo que ocorre com ele, e apesar de termos essa
ideia, nem sempre temos certeza. Nossos pensamentos, principalmente os mais
negativos, como tristeza, raiva, medo, ódio, baixa autoestima, rejeição,
vontade de fugir (dentre outros), em geral originam de um estado de falta de
perdão, conosco ou com o próximo. Esse estado desencadeia em nosso cérebro uma
série de substâncias que acabam desestabilizando alguma parte do nosso corpo,
gerando doenças, por vezes algumas bem graves. O segredo para uma vida com
melhor saúde é sempre, perdoar e saber que ninguém é perfeito, e valorizar-se
muito, afinal se você não der valor a você, ninguém irá te valorizar. Ame seus
defeitos, suas qualidades pensando sempre em melhorar aqueles pontos que te
incomodam. Não faça sua reforma interior pensando em agradar ninguém, pense
sempre em se agradar. A escritora americana, Louise Hay, é
uma das maiores referências sobre doenças e suas causas emocionais. Após se
curar de um câncer sem ajuda da medicina convencional, a autora criou um método
chamado “Você pode curar sua vida” e se dedicou, enquanto esteve viva, a
ajudar milhares de pessoas doentes a se curarem a partir da ideia de que toda
enfermidade é um reflexo de um padrão de comportamento. Segundo Louise, as
principais causas emocionais das doenças são: Alergias: aparecem
naqueles que estão sempre nervosos e irritados com as atitudes das outras
pessoas. Se você tem alergias, procure ser mais calmo e compreensivo com
aqueles que o rodeiam; Anemia: está relacionada à falta de confiança em
si mesmo; Doenças respiratórias: se desenvolvem em pessoas que
estão sempre desesperadas, correndo e que gostam de fazer tudo ao mesmo tempo; Artrite: está
associada à mania de perfeição. Pessoas muito insistentes e críticas tendem a
desenvolver este problema; Asma: complexo de culpa; Problemas na
bexiga: aparecem em pessoas que ficam guardando suas dores; Bulimia: ódio
de si mesmo e crença de não ser bom o suficiente; Câncer: associado
a ressentimentos profundo; Problemas na coluna: geralmente aparecem
em pessoas que gostam de fazer tudo sozinhas; Doenças do coração: desenvolvidas
por pessoas que não vivem do amor e da felicidade; Problemas dentários: os
dentes estão associados à família e, em geral, pessoas que se responsabilizam
por todas as decisões familiares são propensas a ter problemas nos dentes e
gengivas; Dores: estão associadas à culpa e ao medo de ser punido; Problemas
digestivos: estão relacionados à dificuldade de assumir novas ideias e
experiências; Doenças do fígado: são apresentados por pessoas que
acumulam raiva e rancor; Problemas na garganta: associados ao medo
das mudanças, dificuldade de falar o que pensa e frustração; Gastrite: se
manifesta em pessoas que guardam os problemas apenas para si, são introvertidas
e demonstram uma falsa calma e tranquilidade. Problemas no joelho: inflexibilidade,
ego inflado e medo de mudanças; Obesidade: insegurança; Problemas
nas pernas: medo de enfrentar as coisas novas do dia a dia; Doenças
nos pés: dificuldade em compreender a si próprio; Retenção de
líquidos: intuição forte e que não é respeitada; Problemas nos
rins: acúmulo de mágoas, tristeza e dor; Tumor: feridas
antigas que não foram curadas; Úlcera: medo de não ser bom o
suficiente; Varizes: associadas à incapacidade de aceitar as
condições que são impostas. Enfim meus irmãos, ficou claro que para termos uma
vida plena e feliz, devemos nos amar mais, pois só assim amaremos nosso próximo
como a nós mesmos. Que cada um, a partir de agora, cuide mais de suas emoções e
sentimentos, lembrando sempre que somente o amor é o remédio para todos nossos
males, tanto do corpo como da alma, foi isso que Jesus nos ensinou.
Lembremos sempre que hoje
somos o melhor de nós, dentro do nosso projeto de evolução.
Que Jesus nos conceda a cura
do corpo e da Alma. Paz e Luz para
todos!
FONTE:
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