Hoje o tema do nosso estudo será sobre a LEI DE DEUS. Isso mesmo!..
Deus em sua infinita misericórdia criou leis para que pudéssemos trilhar nosso
caminho da iluminação. Primeiro vamos definir o que é lei. Segundo o dicionário
Lei é norma, preceito, princípio, regra; obrigação
imposta pela consciência e pela sociedade. Em sentido geral, é a expressão de
uma relação causal de caráter necessário, que se estabelece entre dois eventos
ou fenômenos. Um exemplo: aumento de temperatura dilata os corpos. Vamos à
definição do que é uma lei natural? Lei Natural refere-se tanto à lei física
quanto à lei moral. Ela regula todos os acontecimentos no universo. São leis
eternas, imutáveis, não estão sujeitas ao tempo, nem à circunstância, embora
tenham em si o elemento do progresso. Todos nós intuímos, mais ou menos
claramente, um tipo ideal de ser perfeito que encarna em si, num grau
esplêndido, todas as virtudes sem jaças de defeitos. Uma dessas intuições é
fazer o bem e evitar o mal. As leis de Deus
estão escritas na nossa consciência, ou seja, na nossa mente, porém nós as
esquecemos ou as menosprezamos. Para que a suas leis fossem relembradas, Deus
enviou em todos os tempos homens com a missão de revelá-las. Podemos citar o
profeta Moisés que foi um dos enviados por Deus, com a missão de receber os 10
mandamentos (as leis de Deus). Moiseis também era um legislador e estabeleceu uma lei
civil ou disciplinar (lei dos homens), chamada de lei de talião, simbolizada
pela expressão: ‘’olho por olho, dente por dente’’. Para conter um povo difícil
e indisciplinado, o criminoso era punido de maneira igual ao dano causado ao
outro. No entanto, deve-se diferenciar uma lei da outra: As leis de Deus são
imutáveis e eternas, ou seja, não se modificam, portanto continuam em vigor
para toda a humanidade. As leis dos homens se modificam com o tempo e são
apropriadas aos costumes e o caráter do povo. Moisés recebeu as duas
tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Os dez mandamentos representam a
primeira revelação divina aos homens. Ela foi local e pessoal e deu-se em
Israel. Moisés foi o revelador. Dizem que recebeu diretamente de Deus. Em
realidade, Moisés foi um grande enviado, um grande emissário, mais
especificamente um grande médium. Vamos relembrar os 10 mandamentos citados por
Moiseis: 1º) Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da
servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis
imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na
Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não
lhes prestareis culto soberano. / 2º) Não tomeis em vão o nome do Senhor vosso
Deus. / 3º) Lembrai-vos de santificar o dia do sábado. / 4º) Honrai a vosso pai
e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus
vos dará. / 5º) Não mateis. / 6º) Não cometais adultério. / 7º) Não roubeis. / 8º)
Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo. / 9º) Não desejeis a
mulher do vosso próximo. / 10º) Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu
servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas
que lhe pertençam. Pode
alguém ficar escandalizado com algumas coisas que estamos dizendo, entretanto,
é bom que se diga que Jesus, de certa forma, modificou os Dez Mandamentos. Fez
uma síntese deles, que não há como contestá-los mais. Encontramo-la em Mateus
22, 36-40: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: ‘Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu
espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesse dois mandamentos se resumem
toda a Lei e os Profetas’”. Quem ama verdadeiramente seu próximo, não mata, não
rouba, não cobiça, enfim, nada faz que seja contra este outro ensinamento de
Jesus: Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles.
Acrescentando: Esta é a Lei e os Profetas. (Mateus 7, 12). Sobre isso, Kardec pergunta aos espíritos
superiores na Questão 621, em O
Livro dos Espiritos: Onde
está escrita a Lei de Deus?. E eles repondem: Na
consciência. No
desenvolvimento das Leis Naturais (Leis Divinas), vemos uma certa
correspondência com os Dez Mandamentos. São também em número de dez, quais
sejam: 1ª Lei De Adoração: É
a elevação do pensamento a Deus. Pela oração, a alma se aproxima dele. / 2ª Lei Do Trabalho: O
trabalho é uma Lei Natural, por isso mesmo é uma necessidade e a civilização
obriga o homem a trabalhar mais porque aumenta suas necessidades e seus
prazeres. / 3ª Lei Da Reprodução: Sem ela o mundo corporal pereceria.
/ 4ª Lei De Conservação: O
instinto de conservação é dado a todos os seres vivos, qualquer que seja o grau
de sua inteligência. Em uns, ele é puramente maquinal, em outros ele é racional.
/ 5ª Lei De Destruição: É
preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais
destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e
melhoramento dos seres vivos. / 6ª Lei De Sociedade: Deus fez o homem para viver em
sociedade. Deus não deu inutilmente ao homem a palavra e todas as outras
faculdades necessárias à vida de relação. / 7ª Lei Do Progresso: O progresso é lei natural, cuja ação
se faz sentir em tudo no Universo, não sendo admissível, por conseguinte, possa
o homem frustrá-la ou contrapor-se-lhe. / 8ª
Lei De Igualdade: Todos os homens são iguais diante de
Deus, todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas Leis para todos. / 9ª Lei De Liberdade: O
homem é, por natureza, dono de si mesmo, isto é, tem o direito de fazer tudo
quanto achar conveniente ou necessário à conservação e ao desenvolvimento de
sua vida. Essa liberdade, porém, não é absoluta, e nem poderia sê-lo, pela
simples razão de que, convivendo em sociedade, o homem tem o dever de respeitar
esse mesmo direito em cada um de seus semelhantes. / 10ª Lei De Justiça, de
Amor e de Caridade: A
justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. Amai-vos uns aos outros
disse Jesus. Caridade é benevolência para com todos, indulgência para com as
imperfeições alheias e perdão das ofensas. Como podemos observar Moisés, com a tábua dos
Dez Mandamentos, abriu o caminho da moral cristã. Jesus, pela sua pregação
evangélica, continuou a sua obra; ao Espiritismo cabe a tarefa de terminá-la. Na questão 628 em O Livro dos espíritos,
Kardec pergunta: Por que a verdade não esteve sempre ao alcance de todos? E a
Resposta foi: “É necessário que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como
a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco a pouco, pois de outra maneira
nos ofuscaria. Jamais houve um tempo em que Deus permitisse ao homem receber
comunicações tão completas e tão instrutivas como as que hoje lhe são dadas.
Havia na Antiguidade, como sabeis, alguns indivíduos que estavam de posse
daquilo que consideravam uma ciência sagrada, e da qual faziam mistério para os
que consideravam profanos. Deveis compreender, com o que conheceis das leis que
regem esses fenômenos, que eles recebiam apenas verdades esparsas no meio de um
conjunto equívoco e na maioria das vezes alegórico. Não há, entretanto, para o
homem de estudo, nenhum antigo sistema filosófico, nenhuma tradição, nenhuma
religião a negligenciar, porque todos encerram os germens de grandes verdades,
que embora pareçam contraditórias entre si, espalhadas que se acham entre
acessórios sem fundamento, são hoje muito fáceis de coordenar, graças à chave
que vos dá o Espiritismo de uma infinidade de coisas que até aqui vos pareciam
sem razão, e cuja realidade vos é agora demonstrada de maneira irrecusável. Não
deixeis de tirar temas de estudo desses materiais. São eles muito ricos e podem
contribuir poderosamente para a vossa instrução.” Só recapitulando tudo que
ouvimos até agora: Jesus ensinou que as leis de Deus não são regras, dogmas,
liturgias, mas leis naturais. Allan Kardec, quando compôs O Livro dos Espíritos,
perguntou aos Espíritos Superiores encarregados de nos trazer a terceira
revelação da Lei de Deus – a Lei da Caridade: "Que se deve entender por
lei natural?" Ao que eles lhe responderam: "A lei natural é a lei de
Deus. É a única verdadeira para a felicidade da criatura humana. Indica-lhe o
que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se
afasta". A seguir, completaram: "Todas as leis da natureza são leis
divinas, pois que Deus é o autor de tudo" (O Livro dos Espíritos, questões 614 e 617). As leis naturais são as leis de Deus, que
regem todas as nossas ações. Os Espíritos disseram a Allan Kardec que
"quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele
um julgamento dizendo-lhe, por exemplo: foste guloso, vou punir-te. Ele traçou um
limite: as enfermidades e muitas vezes a morte são a consequência dos excessos.
Eis aí a punição; é o resultado da infração da lei. Assim em tudo" (O Livro dos Espíritos, questão 964).
Todos nós sofremos a pena de Talião a cada instante. "A pena
de Talião é a justiça de Deus. É Deus quem a aplica. Todos nós sofremos essa
pena a cada instante, pois que somos punidos naquilo em que tenhamos pecado,
nesta existência ou em outra. Aquele que foi causa de sofrimento para seus
semelhantes virá a achar-se numa condição em que sofrerá o que tenha feito
sofrer" (Questão 764 de O
Livro dos Espíritos). Meus irmãos
não se esqueçam: A Lei de Deus é igual para todos nós.. ninguém é privilegiado.
Lembramos que de nada adianta tentar agradar a Deus, criando rituais, dogmas e
regulamentos, se o "reino de Deus está dentro de nós" (Lucas 17,21) e Sua lei está
"escrita na nossa consciência" (O
Livro dos Espíritos, questão 621). André Luiz, o instrutor
espiritual, na lição de número 82, do livro O
Espírito da Verdade, diz textualmente: "Deus é Equidade
Soberana, não castiga nem perdoa, mas o ser consciente (nós) profere para si as
sentenças de absolvição ou culpa ante as Leis Divinas. Nossa conduta é o
processo, nossa consciência, o tribunal". Jesus afirmou: "A cada um
será dado segundo as suas obras" (Mateus
16,27) e o apóstolo Paulo de Tarso, doutor da lei dos judeus,
esclarece em sua carta aos
Gálatas, no
versículo VII, do capítulo VI: "Não te iludas, Deus não se
deixa zombar, pois tudo o que o homem plantar, isto mesmo terá de colher".
Naquelas palavras "tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam,
assim fazei vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas", Jesus
resumiu toda a lei conhecida pelos seus contemporâneos, assim como toda a lei
divulgada pelos profetas, nessa máxima, taxada como lei áurea, a lei de ouro,
responsável na condução dos nossos passos em direção à felicidade. Seremos o que fizermos de nossas vidas,
felizes ou infelizes, de acordo com o nosso querer, a nossa vontade, a nossa
decisão. Somos o tempo de esforço pessoal na construção do nosso destino, por
isso nossa reforma interior é tão importante nesse momento de nossa caminhada,
pois já temos conhecimento de muita coisa e não podemos mais ignorar que tudo
depende de nós. A partir de hoje, contaremos uma história da vida do nosso mestre
Chico Xavier.. a história de hoje foi intitulada A Pele do Rinoceronte: “Nas noites de segunda e sexta-feira, ele
colocava o Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e
ia para o Centro Luiz Gonzaga. Seguia à risca uma instrução ditada por
Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador
da doutrina espírita. O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento
que um dia chegou a determinar a Chico: - Se alguma vez eu lhe der um conselho
que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me
esquecer. Chico demorava na cartilha espírita, praticava as lições de caridade,
promovia sessões de desobsessão às quartas-feiras, mas o centro ficava cada dia
mais vazio. José Hermínio Perácio e a mulher, Carmem, se mudaram para Belo
Horizonte - precisavam ficar mais perto da família. José Xavier teve que
trabalhar à noite numa oficina de arreios para pagar uma dívida. De repente, o
rapaz se viu sozinho no barracão. Quando pensou em sair de fininho, ouviu a voz
de Emmanuel. - Você não pode se afastar. - Como? Não temos freqüentadores. - E
nós? Nós também precisamos ouvir o Evangelho. Além disso, temos aqui vários
"desencarnados" que precisam de ajuda. Abra a reunião na hora marcada
e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho. Chico seguiu as
instruções. Às oito horas iniciava a reza de abertura da sessão. Em seguida,
abria o Evangelho Segundo o Espiritismo ao acaso e comentava o capítulo em voz
alta. Nessa época, começou a ver mortos e ouvir vozes com maior freqüência e
nitidez. Os seres invisíveis ocupavam os bancos vazios. Do lado de fora,
vizinhos e parentes acompanhavam aquele espetáculo absurdo: o rapaz falava
sozinho, gesticulava, rezava, duas horas seguidas. Uma das irmãs, uma noite, se
pendurou na janela para ouvir o monólogo: - Tenhamos fé em Jesus, minha irmã. -
.... - Com paciência alcançaremos a paz. - ... - Sem calma, tudo piora. - ... A
espectadora interrompeu a cena insólita: - Com quem está conversando? - Com a
dona Chiquinha de Paula. - Ela já morreu, Chico. - Você é que pensa. Ela está
bem viva. A família ainda pensava em levar o rapaz a um bom hospício. O padre
Júlio Maria, da cidade mineira de Manhumirim, estava disposto a providenciar
uma camisa- de- força para o espírita de Pedro Leopoldo. Todo mês, ele escrevia
artigos para o jornal local, O Lutador, e fazia o favor de enviar suas opiniões
pelo correio ao autor do Parnaso de Além Túmulo. Em nome de Jesus Cristo, os
textos excomungavam o espiritismo, reduziam a pó a reencarnação e à piada o
porta-voz dos mortos no Brasil. "Francisco
Cândido Xavier deve ter a pele de um rinoceronte para suportar tantos espíritos",
escreveu num dos seus manifestos. Chico ficou engasgado e precisou da ajuda de
Emmanuel para engolir o comentário. Se você não tem a pele de rinoceronte,
precisa ter, porque, se cultivar uma pele muito frágil, cairá sempre
alfinetada. O padre Júlio Maria espetou Chico Xavier durante treze anos. Só
parou quando morreu. E, nesse dia, Chico ouviu um vozeirão de seu guia: Vamos
orar pelo nosso irmão Júlio Maria. Com ele sempre tivemos um cooperador
maravilhoso. Dava-nos coragem na luta e concitava-nos a trabalhar. A cada
ataque dos céticos, Chico escutava Emmanuel bater sempre na mesma tecla: - Não te aflijas com os que te atacam. O
martelo que atormenta o prego com pancadas o faz mais seguro e mais firme. O
conselheiro invisível esquecia que martelos também entortam pregos. Chico
sentia os golpes e andava pela cidade arqueado, sob o peso da desconfiança
alheia. Em dezembro de 1932, o rapaz fechou os olhos e fincou o lápis no papel.
As frases apareceram velozes e nada evangélicas. Eram endereçadas a ele mesmo. “Meu amigo, Há um decênio que não me preocupo
com as parvoíces da Terra. Nem presumia a possibilidade de enviar novamente
para aí a minha futilíssima correspondência, quando alguém me insinuou a idéia
de vir ditar-te minhas sandices. Acometeu-me o desejo incoercível de atirar um
dos meus petardos de troça no gênero bípede e estalar uma boa gargalhada,
sonora e sã. Foi o que fiz. Tentei a prova. Focalizei no meu pensamento a idéia
de vir ter contigo e bastou isso para que as minhas raras faculdades de
fantasma me conduzisse a esse maravilhoso recanto sertanejo em que vives,
esplendor de canto agreste, quase selvagem... Busquei aproximar-me da sua
individualidade. Vi-te finalmente. Lá surgias ao fim de uma rua bem cuidada,
onde se alinhavam casas brancas e arejadas, brasileiríssimas, abarrotadas de
ar, de saúde, de sol; vinhas com o passo cansado, pele suarenta a derrete-se
dentro de roupas quase ensebadas, como os pés metidos em legítimos socos do
Porto, obrigando-me a evocar o cais de Lisboa. Sem que pudesses observar-me,
submeti-te a demorado exame. Procurei a tua bagagem de pensamento, encontrando
tua mocidade tudo quanto a tristeza criou de mais sombrio; em tua alma
amargurada, vi apenas porções de sofrimentos, pedaços de angústia
esterilizadora, recordações tristonhas, lágrimas cristalizadas...Vi-te e ri-me.
Ri-me da estultice do cérebro desequilibrado do asno humano, com o volumoso e
pesado arquivo de baboseiras. Cansado das lamúrias de Chico Xavier, o remetente
da carta recomendava o bom humor como arma: Convence-te de que se comete um ato
desarrazoado, uma inqualificável imprudência, em chorar totalmente, em
derreter-se inutilmente. Abandona essa exótica preocupação aos mais parvos do
que tu. Ri-se o mundo de nós? Riamo-nos dele. Achincalhemos os seus arremedos aos
gorilas, ridicularizemos as suas instituições, onde predominam a bandalheira,
os seus pulos de cabra-cega; traduzamos a admiração que tudo isso nos desperta
com o riso bom, que sempre apavorou os tímidos e insuficientes.” O recado
tinha a assinatura de Eça de Queiroz. O escritor português, autor de
"pecados" como O Crime do Padre Amaro, dava mostras não só de
sarcasmo como também de boas doses de informação sobre a polêmica em torno de
Parnaso do Além-Túmulo. Após listar a série de teorias usadas pelos críticos
para decifrar o enigma Chico Xavier- consciência, mediunidade, psicopatia,
loucura, anormalidade, fenômeno, estupidez, espiritomania - o autor invisível
não resistiu e levou à boa e velha ironia: "Vai continuando até que te receitem a enxovia ou o
manicômio. No cárcere ou no sanatório, alcançaras um período de repouso. Não te
apavores." Semana depois, o rapaz colocou no papel um alerta
sobre os riscos da vaidade e da ambição. Desta vez, quem assinava o texto era
Maria João de Deus, sua mãe. Chico decorou cada palavra. Muitas delas eram
golpes secos contra sua auto-estima. Para começo de conversa, ele não deveria
encarar a mediunidade como uma dádiva, porque, imperfeito que era, não merecia
favores de Deus. Uma metáfora barroca marcou sua história: "Seja tua mediunidade uma harpa
melodiosa; porém, no dia em que receberes os favores do mundo como se
estivesses vendendo, os seus acordes, ela se enferrujará para sempre". Chico
ficou atento às lições e passou a exercitar tanto o bom humor com a humildade ao
longo dos anos. Finalizo nosso estudo com uma mensagem de Emmanuel, psicografada
pelo amado Chico: “…A Deus tudo é possível…Seja qual for a perturbação
reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas. Lembra-te de que o
Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança. A terra que te
sustenta o lar é uma faixa de forças tranquilas. O fruto que te nutre
representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa. Cada dia
que se levanta é convite de Deus para que Lhe atendamos à Obra Divina, em nosso
próprio favor. Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano. Se te afeiçoas à
gritaria, não Lhe percebes a voz. Conserva-te, pois, confiante, embora a preço
de sacrifício. Decerto, encontrarás ainda hoje corações envenenados que
destilam irritação e desgosto, medo e fel. Ainda mesmo que te firam e
apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com tua paz.
Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão… É a Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído e sem violência. Recorda que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra e passa… Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera… Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.
Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão… É a Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído e sem violência. Recorda que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra e passa… Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera… Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.
Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da
alma!
Paz e luz para todos.
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