sexta-feira, 3 de maio de 2019

LEI DE DEUS

Hoje o tema do nosso estudo será sobre a LEI DE DEUS. Isso mesmo!.. Deus em sua infinita misericórdia criou leis para que pudéssemos trilhar nosso caminho da iluminação. Primeiro vamos definir o que é lei. Segundo o dicionário Lei é norma, preceito, princípio, regra; obrigação imposta pela consciência e pela sociedade. Em sentido geral, é a expressão de uma relação causal de caráter necessário, que se estabelece entre dois eventos ou fenômenos. Um exemplo: aumento de temperatura dilata os corpos. Vamos à definição do que é uma lei natural? Lei Natural refere-se tanto à lei física quanto à lei moral. Ela regula todos os acontecimentos no universo. São leis eternas, imutáveis, não estão sujeitas ao tempo, nem à circunstância, embora tenham em si o elemento do progresso. Todos nós intuímos, mais ou menos claramente, um tipo ideal de ser perfeito que encarna em si, num grau esplêndido, todas as virtudes sem jaças de defeitos. Uma dessas intuições é fazer o bem e evitar o mal. As leis de Deus estão escritas na nossa consciência, ou seja, na nossa mente, porém nós as esquecemos ou as menosprezamos. Para que a suas leis fossem relembradas, Deus enviou em todos os tempos homens com a missão de revelá-las. Podemos citar o profeta Moisés que foi um dos enviados por Deus, com a missão de receber os 10 mandamentos (as leis de Deus). Moiseis  também era um legislador e estabeleceu uma lei civil ou disciplinar (lei dos homens), chamada de lei de talião, simbolizada pela expressão: ‘’olho por olho, dente por dente’’. Para conter um povo difícil e indisciplinado, o criminoso era punido de maneira igual ao dano causado ao outro. No entanto, deve-se diferenciar uma lei da outra: As leis de Deus são imutáveis e eternas, ou seja, não se modificam, portanto continuam em vigor para toda a humanidade. As leis dos homens se modificam com o tempo e são apropriadas aos costumes e o caráter do povo. Moisés recebeu as duas tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Os dez mandamentos representam a primeira revelação divina aos homens. Ela foi local e pessoal e deu-se em Israel. Moisés foi o revelador. Dizem que recebeu diretamente de Deus. Em realidade, Moisés foi um grande enviado, um grande emissário, mais especificamente um grande médium. Vamos relembrar os 10 mandamentos citados por Moiseis: 1º) Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei do Egito, da casa da servidão. Não tereis, diante de mim, outros deuses estrangeiros. Não fareis imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima do céu, nem embaixo na Terra, nem do que quer que esteja nas águas sob a terra. Não os adorareis e não lhes prestareis culto soberano. / 2º) Não tomeis em vão o nome do Senhor vosso Deus. / 3º) Lembrai-vos de santificar o dia do sábado. / 4º) Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará. / 5º) Não mateis. / 6º) Não cometais adultério. / 7º) Não roubeis. / 8º) Não presteis testemunho falso contra o vosso próximo. / 9º) Não desejeis a mulher do vosso próximo. / 10º) Não cobiceis a casa do vosso próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu asno, nem qualquer das coisas que lhe pertençam. Pode alguém ficar escandalizado com algumas coisas que estamos dizendo, entretanto, é bom que se diga que Jesus, de certa forma, modificou os Dez Mandamentos. Fez uma síntese deles, que não há como contestá-los mais. Encontramo-la em Mateus 22, 36-40: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesse dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas’”. Quem ama verdadeiramente seu próximo, não mata, não rouba, não cobiça, enfim, nada faz que seja contra este outro ensinamento de Jesus: Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Acrescentando: Esta é a Lei e os Profetas. (Mateus 7, 12).  Sobre isso, Kardec pergunta aos espíritos superiores na Questão 621, em O  Livro dos Espiritos: Onde está escrita a Lei de Deus?. E eles repondem: Na consciência. No desenvolvimento das Leis Naturais (Leis Divinas), vemos uma certa correspondência com os Dez Mandamentos. São também em número de dez, quais sejam: 1ª Lei De Adoração: É a elevação do pensamento a Deus. Pela oração, a alma se aproxima dele. / 2ª Lei Do Trabalho: O trabalho é uma Lei Natural, por isso mesmo é uma necessidade e a civilização obriga o homem a trabalhar mais porque aumenta suas necessidades e seus prazeres. / 3ª Lei Da Reprodução: Sem ela o mundo corporal pereceria. / 4ª Lei De Conservação: O instinto de conservação é dado a todos os seres vivos, qualquer que seja o grau de sua inteligência. Em uns, ele é puramente maquinal, em outros ele é racional. / 5ª Lei De Destruição: É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem por objetivo a renovação e melhoramento dos seres vivos. / 6ª Lei De Sociedade: Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus não deu inutilmente ao homem a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação. / 7ª Lei Do Progresso: O progresso é lei natural, cuja ação se faz sentir em tudo no Universo, não sendo admissível, por conseguinte, possa o homem frustrá-la ou contrapor-se-lhe. / 8ª Lei De Igualdade: Todos os homens são iguais diante de Deus, todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas Leis para todos. / 9ª Lei De Liberdade: O homem é, por natureza, dono de si mesmo, isto é, tem o direito de fazer tudo quanto achar conveniente ou necessário à conservação e ao desenvolvimento de sua vida. Essa liberdade, porém, não é absoluta, e nem poderia sê-lo, pela simples razão de que, convivendo em sociedade, o homem tem o dever de respeitar esse mesmo direito em cada um de seus semelhantes. / 10ª Lei De Justiça, de Amor e de Caridade: A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. Amai-vos uns aos outros disse Jesus. Caridade é benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas. Como podemos observar Moisés, com a tábua dos Dez Mandamentos, abriu o caminho da moral cristã. Jesus, pela sua pregação evangélica, continuou a sua obra; ao Espiritismo cabe a tarefa de terminá-la.  Na questão 628 em O Livro dos espíritos, Kardec pergunta: Por que a verdade não esteve sempre ao alcance de todos? E a Resposta foi: “É necessário que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco a pouco, pois de outra maneira nos ofuscaria. Jamais houve um tempo em que Deus permitisse ao homem receber comunicações tão completas e tão instrutivas como as que hoje lhe são dadas. Havia na Antiguidade, como sabeis, alguns indivíduos que estavam de posse daquilo que consideravam uma ciência sagrada, e da qual faziam mistério para os que consideravam profanos. Deveis compreender, com o que conheceis das leis que regem esses fenômenos, que eles recebiam apenas verdades esparsas no meio de um conjunto equívoco e na maioria das vezes alegórico. Não há, entretanto, para o homem de estudo, nenhum antigo sistema filosófico, nenhuma tradição, nenhuma religião a negligenciar, porque todos encerram os germens de grandes verdades, que embora pareçam contraditórias entre si, espalhadas que se acham entre acessórios sem fundamento, são hoje muito fáceis de coordenar, graças à chave que vos dá o Espiritismo de uma infinidade de coisas que até aqui vos pareciam sem razão, e cuja realidade vos é agora demonstrada de maneira irrecusável. Não deixeis de tirar temas de estudo desses materiais. São eles muito ricos e podem contribuir poderosamente para a vossa instrução.” Só recapitulando tudo que ouvimos até agora: Jesus ensinou que as leis de Deus não são regras, dogmas, liturgias, mas leis naturais. Allan Kardec, quando compôs O Livro dos Espíritos, perguntou aos Espíritos Superiores encarregados de nos trazer a terceira revelação da Lei de Deus – a Lei da Caridade: "Que se deve entender por lei natural?" Ao que eles lhe responderam: "A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade da criatura humana. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta". A seguir, completaram: "Todas as leis da natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo" (O Livro dos Espíritos, questões 614 e 617).  As leis naturais são as leis de Deus, que regem todas as nossas ações. Os Espíritos disseram a Allan Kardec que "quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento dizendo-lhe, por exemplo: foste guloso, vou punir-te. Ele traçou um limite: as enfermidades e muitas vezes a morte são a consequência dos excessos. Eis aí a punição; é o resultado da infração da lei. Assim em tudo" (O Livro dos Espíritos, questão 964).     Todos nós sofremos a pena de Talião a cada instante. "A pena de Talião é a justiça de Deus. É Deus quem a aplica. Todos nós sofremos essa pena a cada instante, pois que somos punidos naquilo em que tenhamos pecado, nesta existência ou em outra. Aquele que foi causa de sofrimento para seus semelhantes virá a achar-se numa condição em que sofrerá o que tenha feito sofrer" (Questão 764 de O Livro dos Espíritos). Meus irmãos  não se esqueçam: A Lei de Deus é igual para todos nós.. ninguém é privilegiado. Lembramos que de nada adianta tentar agradar a Deus, criando rituais, dogmas e regulamentos, se o "reino de Deus está dentro de nós" (Lucas 17,21) e Sua lei está "escrita na nossa consciência" (O Livro dos Espíritos, questão 621). André Luiz, o instrutor espiritual, na lição de número 82, do livro O Espírito da Verdade, diz textualmente: "Deus é Equidade Soberana, não castiga nem perdoa, mas o ser consciente (nós) profere para si as sentenças de absolvição ou culpa ante as Leis Divinas. Nossa conduta é o processo, nossa consciência, o tribunal". Jesus afirmou: "A cada um será dado segundo as suas obras" (Mateus 16,27) e o apóstolo Paulo de Tarso, doutor da lei dos judeus, esclarece em sua carta aos Gálatas, no versículo VII, do capítulo VI: "Não te iludas, Deus não se deixa zombar, pois tudo o que o homem plantar, isto mesmo terá de colher". Naquelas palavras "tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei vós também a eles, porque esta é a lei e os profetas", Jesus resumiu toda a lei conhecida pelos seus contemporâneos, assim como toda a lei divulgada pelos profetas, nessa máxima, taxada como lei áurea, a lei de ouro, responsável na condução dos nossos passos em direção à felicidade.  Seremos o que fizermos de nossas vidas, felizes ou infelizes, de acordo com o nosso querer, a nossa vontade, a nossa decisão. Somos o tempo de esforço pessoal na construção do nosso destino, por isso nossa reforma interior é tão importante nesse momento de nossa caminhada, pois já temos conhecimento de muita coisa e não podemos mais ignorar que tudo depende de nós. A partir de hoje, contaremos uma história da vida do nosso mestre Chico Xavier.. a história de hoje foi intitulada A Pele do Rinoceronte: “Nas noites de segunda e sexta-feira, ele colocava o Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e ia para o Centro Luiz Gonzaga. Seguia à risca uma instrução ditada por Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador da doutrina espírita. O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento que um dia chegou a determinar a Chico: - Se alguma vez eu lhe der um conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer. Chico demorava na cartilha espírita, praticava as lições de caridade, promovia sessões de desobsessão às quartas-feiras, mas o centro ficava cada dia mais vazio. José Hermínio Perácio e a mulher, Carmem, se mudaram para Belo Horizonte - precisavam ficar mais perto da família. José Xavier teve que trabalhar à noite numa oficina de arreios para pagar uma dívida. De repente, o rapaz se viu sozinho no barracão. Quando pensou em sair de fininho, ouviu a voz de Emmanuel. - Você não pode se afastar. - Como? Não temos freqüentadores. - E nós? Nós também precisamos ouvir o Evangelho. Além disso, temos aqui vários "desencarnados" que precisam de ajuda. Abra a reunião na hora marcada e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho. Chico seguiu as instruções. Às oito horas iniciava a reza de abertura da sessão. Em seguida, abria o Evangelho Segundo o Espiritismo ao acaso e comentava o capítulo em voz alta. Nessa época, começou a ver mortos e ouvir vozes com maior freqüência e nitidez. Os seres invisíveis ocupavam os bancos vazios. Do lado de fora, vizinhos e parentes acompanhavam aquele espetáculo absurdo: o rapaz falava sozinho, gesticulava, rezava, duas horas seguidas. Uma das irmãs, uma noite, se pendurou na janela para ouvir o monólogo: - Tenhamos fé em Jesus, minha irmã. - .... - Com paciência alcançaremos a paz. - ... - Sem calma, tudo piora. - ... A espectadora interrompeu a cena insólita: - Com quem está conversando? - Com a dona Chiquinha de Paula. - Ela já morreu, Chico. - Você é que pensa. Ela está bem viva. A família ainda pensava em levar o rapaz a um bom hospício. O padre Júlio Maria, da cidade mineira de Manhumirim, estava disposto a providenciar uma camisa- de- força para o espírita de Pedro Leopoldo. Todo mês, ele escrevia artigos para o jornal local, O Lutador, e fazia o favor de enviar suas opiniões pelo correio ao autor do Parnaso de Além Túmulo. Em nome de Jesus Cristo, os textos excomungavam o espiritismo, reduziam a pó a reencarnação e à piada o porta-voz dos mortos no Brasil. "Francisco Cândido Xavier deve ter a pele de um rinoceronte para suportar tantos espíritos", escreveu num dos seus manifestos. Chico ficou engasgado e precisou da ajuda de Emmanuel para engolir o comentário. Se você não tem a pele de rinoceronte, precisa ter, porque, se cultivar uma pele muito frágil, cairá sempre alfinetada. O padre Júlio Maria espetou Chico Xavier durante treze anos. Só parou quando morreu. E, nesse dia, Chico ouviu um vozeirão de seu guia: Vamos orar pelo nosso irmão Júlio Maria. Com ele sempre tivemos um cooperador maravilhoso. Dava-nos coragem na luta e concitava-nos a trabalhar. A cada ataque dos céticos, Chico escutava Emmanuel bater sempre na mesma tecla: - Não te aflijas com os que te atacam. O martelo que atormenta o prego com pancadas o faz mais seguro e mais firme. O conselheiro invisível esquecia que martelos também entortam pregos. Chico sentia os golpes e andava pela cidade arqueado, sob o peso da desconfiança alheia. Em dezembro de 1932, o rapaz fechou os olhos e fincou o lápis no papel. As frases apareceram velozes e nada evangélicas. Eram endereçadas a ele mesmo. “Meu amigo, Há um decênio que não me preocupo com as parvoíces da Terra. Nem presumia a possibilidade de enviar novamente para aí a minha futilíssima correspondência, quando alguém me insinuou a idéia de vir ditar-te minhas sandices. Acometeu-me o desejo incoercível de atirar um dos meus petardos de troça no gênero bípede e estalar uma boa gargalhada, sonora e sã. Foi o que fiz. Tentei a prova. Focalizei no meu pensamento a idéia de vir ter contigo e bastou isso para que as minhas raras faculdades de fantasma me conduzisse a esse maravilhoso recanto sertanejo em que vives, esplendor de canto agreste, quase selvagem... Busquei aproximar-me da sua individualidade. Vi-te finalmente. Lá surgias ao fim de uma rua bem cuidada, onde se alinhavam casas brancas e arejadas, brasileiríssimas, abarrotadas de ar, de saúde, de sol; vinhas com o passo cansado, pele suarenta a derrete-se dentro de roupas quase ensebadas, como os pés metidos em legítimos socos do Porto, obrigando-me a evocar o cais de Lisboa. Sem que pudesses observar-me, submeti-te a demorado exame. Procurei a tua bagagem de pensamento, encontrando tua mocidade tudo quanto a tristeza criou de mais sombrio; em tua alma amargurada, vi apenas porções de sofrimentos, pedaços de angústia esterilizadora, recordações tristonhas, lágrimas cristalizadas...Vi-te e ri-me. Ri-me da estultice do cérebro desequilibrado do asno humano, com o volumoso e pesado arquivo de baboseiras. Cansado das lamúrias de Chico Xavier, o remetente da carta recomendava o bom humor como arma: Convence-te de que se comete um ato desarrazoado, uma inqualificável imprudência, em chorar totalmente, em derreter-se inutilmente. Abandona essa exótica preocupação aos mais parvos do que tu. Ri-se o mundo de nós? Riamo-nos dele. Achincalhemos os seus arremedos aos gorilas, ridicularizemos as suas instituições, onde predominam a bandalheira, os seus pulos de cabra-cega; traduzamos a admiração que tudo isso nos desperta com o riso bom, que sempre apavorou os tímidos e insuficientes.” O recado tinha a assinatura de Eça de Queiroz. O escritor português, autor de "pecados" como O Crime do Padre Amaro, dava mostras não só de sarcasmo como também de boas doses de informação sobre a polêmica em torno de Parnaso do Além-Túmulo. Após listar a série de teorias usadas pelos críticos para decifrar o enigma Chico Xavier- consciência, mediunidade, psicopatia, loucura, anormalidade, fenômeno, estupidez, espiritomania - o autor invisível não resistiu e levou à boa e velha ironia: "Vai continuando até que te receitem a enxovia ou o manicômio. No cárcere ou no sanatório, alcançaras um período de repouso. Não te apavores." Semana depois, o rapaz colocou no papel um alerta sobre os riscos da vaidade e da ambição. Desta vez, quem assinava o texto era Maria João de Deus, sua mãe. Chico decorou cada palavra. Muitas delas eram golpes secos contra sua auto-estima. Para começo de conversa, ele não deveria encarar a mediunidade como uma dádiva, porque, imperfeito que era, não merecia favores de Deus. Uma metáfora barroca marcou sua história: "Seja tua mediunidade uma harpa melodiosa; porém, no dia em que receberes os favores do mundo como se estivesses vendendo, os seus acordes, ela se enferrujará para sempre". Chico ficou atento às lições e passou a exercitar tanto o bom humor com a humildade ao longo dos anos. Finalizo nosso estudo com uma mensagem de Emmanuel, psicografada pelo amado Chico: “…A Deus tudo é possível…Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas. Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança. A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças tranquilas. O fruto que te nutre representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa. Cada dia que se levanta é convite de Deus para que Lhe atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor. Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano. Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz. Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de sacrifício. Decerto, encontrarás ainda hoje corações envenenados que destilam irritação e desgosto, medo e fel. Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com tua paz.
Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão… É a Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído e sem violência. Recorda que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra e passa… Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera… Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e, garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   

Paz e luz para todos.

  
Fontes:

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