quinta-feira, 27 de junho de 2019

VERDADE E LIBERTAÇÃO

Hoje falaremos um pouco sobre VERDADE E LIBERTAÇÃO. Convido a todos para refletirmos um pouco sobre a verdade que Jesus falava. O apóstolo João, no seu Evangelho, registrou importantes passagens que o Mestre falava sobre essa verdade. Podemos ler no capitulo 8:32: “E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.”  No capitulo 14:6, temos: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. E também no capitulo 18:33, 36 e 37: ““Disse-lhe então Pilatos: és, pois, rei? – Jesus lhe respondeu: tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz”.  O mestre Jesus durante sua passagem pela terra testemunhou e revelou a verdade e a vida, indicando, sempre, qual o caminho que devemos seguir em direção ao Pai. Inclusive Jesus foi preso, julgado e crucificado por não abrir mão das verdades que ele defendia, não se esqueçam disso. Mas o que seria essa verdade? Também Buda, Lao-Tsé e Zaroastro falaram sobre essa verdade e estavam sempre conclamando as pessoas a desenvolver um amor à verdade em prol de uma vida melhor, de uma vida livre. Podemos dizer que verdade significa inteireza de caráter, firmeza de ação, harmonia perfeita entre a consciência e a conduta, lealdade e sinceridade consigo mesmo, isto é, com nossa luz interior. Nesses dois milênios que nos separam da chegada de Jesus Cristo, nos tornamos cada vez mais escravizados. Somos escravos, por exemplo, do nosso temperamento e chegamos a afirmar: Quem gostar de mim tem que ser como eu sou. Eu sou assim. As pessoas não têm noção de que chegamos  à Terra como somos, mas não é para que saiamos do mesmo jeito. É para que, durante nossa estadia na roupagem humana nos modifiquemos, nos transformemos, uma vez que a Terra é valorosa escola das almas. Aqui, com certeza é uma terra de provas e expiações, mas que devemos agradecer todos os dias ao acordar, por estagiar, nesse momento, pois é onde Deus nos molda. Para conhecer a verdade é preciso penetrar e assimilar as Leis de Deus que nos dão a direção no combate às nossas imperfeições. A verdade mencionada por Jesus é luz divina, transformadora, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um nós. É um trabalho solitário, e à medida que trabalhamos e evoluímos espiritualmente, passamos a conhecer, gradativamente, a verdade que habita em nós. E descobrimos muito sobre isso quando iniciamos nossa Reforma interior. Lembremos sempre que o nosso maior e mais terrível inimigo somos nós mesmos. Importante destacar que o conhecimento da verdade é proporcional à nossa evolução moral, intelectual e espiritual, sendo que as revelações divinas sempre ocorrerão, principalmente quando pudermos assimilar e suportar os seus conteúdos. Quando pudermos ter ao nosso lado espíritos de luz ao melhorarmos nosso padrão vibratório. Passando pelas provas que Deus impõe é que adquirimos conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que traçou antes de reencarnar, outros só suportam as provas como se fosse um peso, porém permanecem afastados da perfeição e da felicidade. Neste sentido, esclarecem-nos os orientadores da Codificação Espírita: “à medida que avançam, compreendem o que os distanciavam da perfeição. Podemos até permanecer estacionário, mas não retroagimos jamais”. Em relação à frase de Jesus: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, explica Emmanuel: “muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do ponto de vista. Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do eterno bem. Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem. Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor. Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. Quando nos dispomos a conhecer a verdade percebemos o sentido real da vida. E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz… Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos”. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco, senão ela ofusca. Se, pois, em sua sabedoria a Providência Divina não revela as verdades senão aos poucos, sempre as desvenda à medida que a Humanidade está amadurecida para recebê-las. Na Revista Espírita de 1865, o Espírito Pascal disserta sobre a Verdade e coloca que existe "a verdade relativa e a verdade absoluta" e afirma "como a perfeição absoluta é Deus, segue-se que para os seres criados e seguindo a rota ascensional do progresso, só há verdades relativas." Não seremos libertados pelos aspectos da verdade ou pelas verdades materiais, pois as verdades dos homens são relativas e proporcionais aos seus adiantamentos, sendo temporárias e mutáveis. Já a verdade de Deus é absoluta, única, eterna e imutável. A humanidade não possui a verdade absoluta porque não lhe é dado saber tudo.  A nossa percepção da verdade é limitada. Cada um de nós está em um diferente momento histórico, ou seja, mais ou menos evoluído intelectual e moralmente e nem sempre moral e intelectual caminham juntos.  As afirmações do nosso Mestre Jesus nos enchem de esperança quando Ele diz: “Vós sois deuses!” – “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!”.  Perguntaram aos espíritos: “Mas de que forma somos deuses?”  E a resposta: Somos filhos do Criador, portanto temos em nossa alma o DNA de nosso Pai Maior, herdamos todas as suas qualidades que vão aflorando à medida que evoluímos”. À medida que progredimos, assimilamos novos conhecimentos que, rompendo as amarras da ignorância dos velhos e arraigados conceitos, nos tornarão livres. A busca de respostas para os mistérios da vida faz parte da história. Existe uma lenda que relata que a verdade é um espelho que caiu do alto transformando-se em inúmeros pedacinhos e que cada ser tem apenas uma visão parcial da verdade, de acordo com o caco do espelho que conseguiu achar. Lembremos as sábias palavras de Herculano Pires “não somos criados do barro da terra, mas da luz das estrelas”. Durante toda nossa vida somos convocados a fazer escolhas mais acertadas, administrar nosso tempo, ampliar sentimentos, desenvolver virtudes, cultivar, sobretudo, a solidariedade e prestar-se à prática da caridade, fugindo dos extremos do intelectualismo e das emoções. Observemos com mais critério nossas escolhas na vida. No Evangelho está escrito que a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória. Qual o sentido desta frase? O que semear tem a ver com a verdade? Como podemos associá-la à frase anterior “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. É muito simples, se nossa escolha é livre, ela pode tender tanto para o bem quanto para o mal. Optando pelo bem, teremos como consequência novos atos livres no bem, o que aumenta a nossa liberdade; ao contrário, optando por atos viciosos, teremos de arcar com sua consequência, o que diminui a nossa liberdade. E por que isto acontece? É que a escolha de um vício, faz-nos ficar preso a ele. Observe o vício de fumar: onde quer que estejamos, estaremos preocupados com o cigarro, com o ambiente, inclusive, sentindo-nos estressados se não pudermos usufruir do cigarro no exato momento em que tivemos vontade de ingerir a sua nicotina. O Espírito Emmanuel, no capítulo 119 do livro Vinha de Luz, fala-nos que se quisermos a fortaleza, não devemos nos esquivar à tempestade. Ele diz: “Muita gente pretende robustecer-se ao preço de rogativas para evitar o serviço áspero. Chegada a preciosa oportunidade de testemunhar a fé, internam-se os crentes, de maneira geral, pelos caminhos largos da fuga, acreditando-se em segurança. Entretanto, mais dia menos dias, surge a ocasião dolorosa em que abrem falência de si mesmos. Esqueceram-se de que embora a tribulação seja a tormenta da alma, ninguém deveria olvidar-lhe os benefícios, ou seja, a libertação da nossa alma dos apegos às coisas materiais e aos desmandos da inteligência viciosa”. Não se esqueçam: trazemos quando chegamos ao planeta terra, quando reencarnamos, o dever de entender, assimilar, vivenciar e espalhar o ensinamento cristão. Esta verdade encontra-se na interpretação correta da mensagem Cristã. Por isso, é preciso estar sempre estudando a teoria e aplicando-a na nossa vida. Se assim fizermos, vamos compreender que Jesus fala em particular a cada um de nós. Fala para nós, convidando-nos a trilhar no caminho que Ele exemplificou. Em momento algum, Jesus nos diz para chamar a atenção do nosso próximo ou para interferir nas ações ou pensamento alheio. O homem é um ser racional e dominado por sentimentos. A razão e o sentimento constituem os dois polos da nossa vida. Desenvolve-los é trabalhar a evolução gradativa do Espírito. Todos os grandes pensamentos só podem ser assimilados depois de sentidos, e todos os nobres sentimentos só podem ser compreendidos depois de pensados. A compreensão não vem só do raciocínio, mas do raciocínio aliado ao sentimento: são estes os dois grandes faróis da estrada da vida. Somos Espíritos livres por determinação da Providência, em todas as manifestações, inclusive aquelas em que o homem se extravia na criminalidade. Lembremos sempre que todos somos filhos do mesmo Pai e que você não tem mais direitos que um criminoso. Para Deus somos todos iguais, o que nos distingue é nosso adiantamento moral. Fazemos, pois, da nossa vida o que queremos, sob a vigilância da Justiça Perfeita, que comanda tudo no Universo, determinando ser concedido a cada um segundo suas obras. Nem mais, nem menos. Dentro da nossa liberdade, escolhemos o tipo de experiência que vai acelerar a nossa evolução. Se nos desviarmos do compromisso assumido, é responsabilidade nossa, porque discórdia e tranquilidade, ação e preguiça, erro e acerto, débito e resgate, são frutos de nossas escolhas. Respeitemo-nos assim, uns aos outros. Cuidemos cada um da nossa própria vida. Não devemos constranger o próximo para conhecer a verdade pela nossa forma de ver ou raciocinar. Quem disse que somos donos da verdade, que estamos certos? Cada um caminha como quer e quando quer. Conhecer a verdade é uma questão de consciência, de sentir a vontade de buscá-la. É o despertar. É o olhar-se e enxergar alguma coisa a mais que a matéria perecível; é a razão se desenvolvendo e questionando; é a criatura aprendendo a sentir o amor, na forma que o Cristo vivenciou: sem exigências, sem mágoas, sem pressa, mas trabalhando-se na conquista dos conceitos de paz. Penetrar esta verdade é compreender as nossas obrigações perante a vida. Discerni-la, é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade com o melhor. Conhecer, portanto, a verdade, é perceber o sentido da vida. E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e aprimoramento constante. Somos dotados de razão e sentimento. Busquemos, pois, a palavra de Jesus, permanecendo nela, sendo verdadeiramente seus discípulos e conheceremos a Verdade que nos libertará. A liberdade é fruto do conhecimento da verdade, como ensina Jesus.  O conhecimento da verdade, a nosso respeito, produz um conhecimento capaz de nos curar, e com isso nos libertamos de nossos defeitos e imperfeições, tornando-nos mais conscientes do que temos de mais importante a corrigir. Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 919, pergunta aos espíritos: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?” Resposta: “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”  Podemos ainda citar João 16:12-13, relatando a passagem do Mestre, antes de sua partida da Terra: “Jesus disse: ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”.  A verdade divina é revelada progressivamente para que possamos ser livres. Pelo livre arbítrio, temos que acolher a semente libertadora, sendo solos férteis para germinar a luz da Palavra dentro de nós, desenvolvê-la, florescer e, depois, dar bons frutos. Para alcançarmos a verdade temos a nosso favor muitas opções, como o Evangelho de Jesus. Com relação a isso, certa vez, perguntaram a Chico Xavier: “Qual a importância do Evangelho de Jesus para a Humanidade?” E sua resposta foi a seguinte: “Creio que a importância do Evangelho de Jesus, em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.” Todos somos necessitados dos ensinamentos do Cristo. E quando tomamos contato com sua essência, o foco de nossos interesses e comportamento se altera substancialmente. E por quê? Simplesmente pelo fato de que seu exercício nos possibilita a plena conscientização dos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade, condições imprescindíveis à correta e elevada convivência social. O sentido profundo de todas as parábolas do Evangelho nos possibilita um contato mais direto com nosso próprio íntimo e com Deus, ou seja, conseguimos uma visão mais elevada do Criador, um refletir mais intenso da própria consciência e uma percepção mais ampliada do verdadeiro sentido da Vida. Extraí do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” a seguinte passagem: “Certa vez, perguntaram a Chico Xavier: Todas as coisas têm seu lado direito e esquerdo, como temos nossas mãos direita e esquerda. Tudo quanto fazemos com a direita sai mais ou menos certo; com a esquerda, sai mais ou menos errado.   Pedro, apóstolo pescador de peixes e de almas, quando pescava no Lago Genezaré juntamente com outros pescadores, lançava a rede pelo lado esquerdo e não apanhava nenhum peixe. Apareceu-lhe, então, Jesus e mandou que a lançasse, de novo, mas pelo lado direito, e a rede se rompeu de tanto peixe. Na própria escolha dos premiados, que saem vitoriosos de suas provas, o Mestre os separa dos fracassados, passando os primeiros para a sua direita e os segundos para a esquerda. O lado Direito é, pois, o da Justiça, do Bom Combate, do Bom Caminho, da Vereda Certa, da Vida Verdadeira, da Verdade mesma. Assim conversávamos com o Chico, em caminho da Fazenda do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, quando o Médium conclui: — O lado direito é o lado de Deus. — O esquerdo o de César. O primeiro é o dos que vivem com Deus, cumprindo-lhe a Lei. O segundo é o dos que estão apenas vivendo para o mundo e desejando o muito sem Deus”. Encerro nosso estudo lendo uma linda mensagem de André Luiz: “Disse o Mestre: "buscai e achareis". Mesmo nos céus, você pode fixar a atenção na sombra da nuvem ou no brilho da estrela.  Afirmou o Senhor: "cada árvore é conhecida pelos frutos." Alimentar-se com laranja ou intoxicar-se com pimenta é problema seu.  Proclamou o Cristo: "orai e vigiai para não entrardes em tentação, porque o espírito, em verdade, está pronto, mas a carne é fraca." O espírito é o futuro e a vitória final, mas a carne é o nosso próprio passado, repleto de compromissos e tentações. Ensinou o Mentor Divino: "não condeneis e não sereis condenados". Não critique o próximo, para que o próximo não critique a você. Falou Jesus: "quem se proponha conservar a própria vida, perdê-la-á". Quando o arado descansa, além do tempo justo, encontra a ferrugem que o desgasta. Disse o Mestre: "não vale para o homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma". A criatura faminta de posses e riquezas materiais, sem trabalho e sem proveito, assemelha-se, de algum modo, a pulga que desejasse reter um cão para si só. Afirmou o Senhor: "não é o que entra pela boca que contamina o homem". A pessoa de juízo são, come o razoável para rendimento da vida, mas os loucos ingerem substâncias desnecessárias para rendimento da morte. Ensinou o Mentor Divino: "andai enquanto tendes luz". O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista. Proclamou o Cristo: "orai pelos que vos perseguem e caluniam". Interessar-se pelo material dos caluniadores é o mesmo que se adornar você, deliberadamente, com uma lata de lixo. Falou Jesus: "a cada um será concedido segundo as próprias obras". Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los; pois que a lei de Deus não conhece você pelo que você observa, mas simplesmente através daquilo que você faz”.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma e que possamos ter a coragem de mudar sempre para melhor, pois a nossa vida está em nossas mãos! 


Paz e luz para todos.

Fontes:

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