quinta-feira, 27 de junho de 2019

VERDADE E LIBERTAÇÃO

Hoje falaremos um pouco sobre VERDADE E LIBERTAÇÃO. Convido a todos para refletirmos um pouco sobre a verdade que Jesus falava. O apóstolo João, no seu Evangelho, registrou importantes passagens que o Mestre falava sobre essa verdade. Podemos ler no capitulo 8:32: “E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.”  No capitulo 14:6, temos: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”. E também no capitulo 18:33, 36 e 37: ““Disse-lhe então Pilatos: és, pois, rei? – Jesus lhe respondeu: tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz”.  O mestre Jesus durante sua passagem pela terra testemunhou e revelou a verdade e a vida, indicando, sempre, qual o caminho que devemos seguir em direção ao Pai. Inclusive Jesus foi preso, julgado e crucificado por não abrir mão das verdades que ele defendia, não se esqueçam disso. Mas o que seria essa verdade? Também Buda, Lao-Tsé e Zaroastro falaram sobre essa verdade e estavam sempre conclamando as pessoas a desenvolver um amor à verdade em prol de uma vida melhor, de uma vida livre. Podemos dizer que verdade significa inteireza de caráter, firmeza de ação, harmonia perfeita entre a consciência e a conduta, lealdade e sinceridade consigo mesmo, isto é, com nossa luz interior. Nesses dois milênios que nos separam da chegada de Jesus Cristo, nos tornamos cada vez mais escravizados. Somos escravos, por exemplo, do nosso temperamento e chegamos a afirmar: Quem gostar de mim tem que ser como eu sou. Eu sou assim. As pessoas não têm noção de que chegamos  à Terra como somos, mas não é para que saiamos do mesmo jeito. É para que, durante nossa estadia na roupagem humana nos modifiquemos, nos transformemos, uma vez que a Terra é valorosa escola das almas. Aqui, com certeza é uma terra de provas e expiações, mas que devemos agradecer todos os dias ao acordar, por estagiar, nesse momento, pois é onde Deus nos molda. Para conhecer a verdade é preciso penetrar e assimilar as Leis de Deus que nos dão a direção no combate às nossas imperfeições. A verdade mencionada por Jesus é luz divina, transformadora, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um nós. É um trabalho solitário, e à medida que trabalhamos e evoluímos espiritualmente, passamos a conhecer, gradativamente, a verdade que habita em nós. E descobrimos muito sobre isso quando iniciamos nossa Reforma interior. Lembremos sempre que o nosso maior e mais terrível inimigo somos nós mesmos. Importante destacar que o conhecimento da verdade é proporcional à nossa evolução moral, intelectual e espiritual, sendo que as revelações divinas sempre ocorrerão, principalmente quando pudermos assimilar e suportar os seus conteúdos. Quando pudermos ter ao nosso lado espíritos de luz ao melhorarmos nosso padrão vibratório. Passando pelas provas que Deus impõe é que adquirimos conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que traçou antes de reencarnar, outros só suportam as provas como se fosse um peso, porém permanecem afastados da perfeição e da felicidade. Neste sentido, esclarecem-nos os orientadores da Codificação Espírita: “à medida que avançam, compreendem o que os distanciavam da perfeição. Podemos até permanecer estacionário, mas não retroagimos jamais”. Em relação à frase de Jesus: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, explica Emmanuel: “muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do ponto de vista. Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do eterno bem. Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem. Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor. Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. Quando nos dispomos a conhecer a verdade percebemos o sentido real da vida. E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz… Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos”. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco, senão ela ofusca. Se, pois, em sua sabedoria a Providência Divina não revela as verdades senão aos poucos, sempre as desvenda à medida que a Humanidade está amadurecida para recebê-las. Na Revista Espírita de 1865, o Espírito Pascal disserta sobre a Verdade e coloca que existe "a verdade relativa e a verdade absoluta" e afirma "como a perfeição absoluta é Deus, segue-se que para os seres criados e seguindo a rota ascensional do progresso, só há verdades relativas." Não seremos libertados pelos aspectos da verdade ou pelas verdades materiais, pois as verdades dos homens são relativas e proporcionais aos seus adiantamentos, sendo temporárias e mutáveis. Já a verdade de Deus é absoluta, única, eterna e imutável. A humanidade não possui a verdade absoluta porque não lhe é dado saber tudo.  A nossa percepção da verdade é limitada. Cada um de nós está em um diferente momento histórico, ou seja, mais ou menos evoluído intelectual e moralmente e nem sempre moral e intelectual caminham juntos.  As afirmações do nosso Mestre Jesus nos enchem de esperança quando Ele diz: “Vós sois deuses!” – “Conhecereis a verdade e ela vos libertará!”.  Perguntaram aos espíritos: “Mas de que forma somos deuses?”  E a resposta: Somos filhos do Criador, portanto temos em nossa alma o DNA de nosso Pai Maior, herdamos todas as suas qualidades que vão aflorando à medida que evoluímos”. À medida que progredimos, assimilamos novos conhecimentos que, rompendo as amarras da ignorância dos velhos e arraigados conceitos, nos tornarão livres. A busca de respostas para os mistérios da vida faz parte da história. Existe uma lenda que relata que a verdade é um espelho que caiu do alto transformando-se em inúmeros pedacinhos e que cada ser tem apenas uma visão parcial da verdade, de acordo com o caco do espelho que conseguiu achar. Lembremos as sábias palavras de Herculano Pires “não somos criados do barro da terra, mas da luz das estrelas”. Durante toda nossa vida somos convocados a fazer escolhas mais acertadas, administrar nosso tempo, ampliar sentimentos, desenvolver virtudes, cultivar, sobretudo, a solidariedade e prestar-se à prática da caridade, fugindo dos extremos do intelectualismo e das emoções. Observemos com mais critério nossas escolhas na vida. No Evangelho está escrito que a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória. Qual o sentido desta frase? O que semear tem a ver com a verdade? Como podemos associá-la à frase anterior “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. É muito simples, se nossa escolha é livre, ela pode tender tanto para o bem quanto para o mal. Optando pelo bem, teremos como consequência novos atos livres no bem, o que aumenta a nossa liberdade; ao contrário, optando por atos viciosos, teremos de arcar com sua consequência, o que diminui a nossa liberdade. E por que isto acontece? É que a escolha de um vício, faz-nos ficar preso a ele. Observe o vício de fumar: onde quer que estejamos, estaremos preocupados com o cigarro, com o ambiente, inclusive, sentindo-nos estressados se não pudermos usufruir do cigarro no exato momento em que tivemos vontade de ingerir a sua nicotina. O Espírito Emmanuel, no capítulo 119 do livro Vinha de Luz, fala-nos que se quisermos a fortaleza, não devemos nos esquivar à tempestade. Ele diz: “Muita gente pretende robustecer-se ao preço de rogativas para evitar o serviço áspero. Chegada a preciosa oportunidade de testemunhar a fé, internam-se os crentes, de maneira geral, pelos caminhos largos da fuga, acreditando-se em segurança. Entretanto, mais dia menos dias, surge a ocasião dolorosa em que abrem falência de si mesmos. Esqueceram-se de que embora a tribulação seja a tormenta da alma, ninguém deveria olvidar-lhe os benefícios, ou seja, a libertação da nossa alma dos apegos às coisas materiais e aos desmandos da inteligência viciosa”. Não se esqueçam: trazemos quando chegamos ao planeta terra, quando reencarnamos, o dever de entender, assimilar, vivenciar e espalhar o ensinamento cristão. Esta verdade encontra-se na interpretação correta da mensagem Cristã. Por isso, é preciso estar sempre estudando a teoria e aplicando-a na nossa vida. Se assim fizermos, vamos compreender que Jesus fala em particular a cada um de nós. Fala para nós, convidando-nos a trilhar no caminho que Ele exemplificou. Em momento algum, Jesus nos diz para chamar a atenção do nosso próximo ou para interferir nas ações ou pensamento alheio. O homem é um ser racional e dominado por sentimentos. A razão e o sentimento constituem os dois polos da nossa vida. Desenvolve-los é trabalhar a evolução gradativa do Espírito. Todos os grandes pensamentos só podem ser assimilados depois de sentidos, e todos os nobres sentimentos só podem ser compreendidos depois de pensados. A compreensão não vem só do raciocínio, mas do raciocínio aliado ao sentimento: são estes os dois grandes faróis da estrada da vida. Somos Espíritos livres por determinação da Providência, em todas as manifestações, inclusive aquelas em que o homem se extravia na criminalidade. Lembremos sempre que todos somos filhos do mesmo Pai e que você não tem mais direitos que um criminoso. Para Deus somos todos iguais, o que nos distingue é nosso adiantamento moral. Fazemos, pois, da nossa vida o que queremos, sob a vigilância da Justiça Perfeita, que comanda tudo no Universo, determinando ser concedido a cada um segundo suas obras. Nem mais, nem menos. Dentro da nossa liberdade, escolhemos o tipo de experiência que vai acelerar a nossa evolução. Se nos desviarmos do compromisso assumido, é responsabilidade nossa, porque discórdia e tranquilidade, ação e preguiça, erro e acerto, débito e resgate, são frutos de nossas escolhas. Respeitemo-nos assim, uns aos outros. Cuidemos cada um da nossa própria vida. Não devemos constranger o próximo para conhecer a verdade pela nossa forma de ver ou raciocinar. Quem disse que somos donos da verdade, que estamos certos? Cada um caminha como quer e quando quer. Conhecer a verdade é uma questão de consciência, de sentir a vontade de buscá-la. É o despertar. É o olhar-se e enxergar alguma coisa a mais que a matéria perecível; é a razão se desenvolvendo e questionando; é a criatura aprendendo a sentir o amor, na forma que o Cristo vivenciou: sem exigências, sem mágoas, sem pressa, mas trabalhando-se na conquista dos conceitos de paz. Penetrar esta verdade é compreender as nossas obrigações perante a vida. Discerni-la, é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade com o melhor. Conhecer, portanto, a verdade, é perceber o sentido da vida. E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e aprimoramento constante. Somos dotados de razão e sentimento. Busquemos, pois, a palavra de Jesus, permanecendo nela, sendo verdadeiramente seus discípulos e conheceremos a Verdade que nos libertará. A liberdade é fruto do conhecimento da verdade, como ensina Jesus.  O conhecimento da verdade, a nosso respeito, produz um conhecimento capaz de nos curar, e com isso nos libertamos de nossos defeitos e imperfeições, tornando-nos mais conscientes do que temos de mais importante a corrigir. Allan Kardec, em “O Livro dos Espíritos”, questão 919, pergunta aos espíritos: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?” Resposta: “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”  Podemos ainda citar João 16:12-13, relatando a passagem do Mestre, antes de sua partida da Terra: “Jesus disse: ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”.  A verdade divina é revelada progressivamente para que possamos ser livres. Pelo livre arbítrio, temos que acolher a semente libertadora, sendo solos férteis para germinar a luz da Palavra dentro de nós, desenvolvê-la, florescer e, depois, dar bons frutos. Para alcançarmos a verdade temos a nosso favor muitas opções, como o Evangelho de Jesus. Com relação a isso, certa vez, perguntaram a Chico Xavier: “Qual a importância do Evangelho de Jesus para a Humanidade?” E sua resposta foi a seguinte: “Creio que a importância do Evangelho de Jesus, em nossa evolução espiritual, é semelhante à importância do Sol na sustentação de nossa vida física.” Todos somos necessitados dos ensinamentos do Cristo. E quando tomamos contato com sua essência, o foco de nossos interesses e comportamento se altera substancialmente. E por quê? Simplesmente pelo fato de que seu exercício nos possibilita a plena conscientização dos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade, condições imprescindíveis à correta e elevada convivência social. O sentido profundo de todas as parábolas do Evangelho nos possibilita um contato mais direto com nosso próprio íntimo e com Deus, ou seja, conseguimos uma visão mais elevada do Criador, um refletir mais intenso da própria consciência e uma percepção mais ampliada do verdadeiro sentido da Vida. Extraí do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” a seguinte passagem: “Certa vez, perguntaram a Chico Xavier: Todas as coisas têm seu lado direito e esquerdo, como temos nossas mãos direita e esquerda. Tudo quanto fazemos com a direita sai mais ou menos certo; com a esquerda, sai mais ou menos errado.   Pedro, apóstolo pescador de peixes e de almas, quando pescava no Lago Genezaré juntamente com outros pescadores, lançava a rede pelo lado esquerdo e não apanhava nenhum peixe. Apareceu-lhe, então, Jesus e mandou que a lançasse, de novo, mas pelo lado direito, e a rede se rompeu de tanto peixe. Na própria escolha dos premiados, que saem vitoriosos de suas provas, o Mestre os separa dos fracassados, passando os primeiros para a sua direita e os segundos para a esquerda. O lado Direito é, pois, o da Justiça, do Bom Combate, do Bom Caminho, da Vereda Certa, da Vida Verdadeira, da Verdade mesma. Assim conversávamos com o Chico, em caminho da Fazenda do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, quando o Médium conclui: — O lado direito é o lado de Deus. — O esquerdo o de César. O primeiro é o dos que vivem com Deus, cumprindo-lhe a Lei. O segundo é o dos que estão apenas vivendo para o mundo e desejando o muito sem Deus”. Encerro nosso estudo lendo uma linda mensagem de André Luiz: “Disse o Mestre: "buscai e achareis". Mesmo nos céus, você pode fixar a atenção na sombra da nuvem ou no brilho da estrela.  Afirmou o Senhor: "cada árvore é conhecida pelos frutos." Alimentar-se com laranja ou intoxicar-se com pimenta é problema seu.  Proclamou o Cristo: "orai e vigiai para não entrardes em tentação, porque o espírito, em verdade, está pronto, mas a carne é fraca." O espírito é o futuro e a vitória final, mas a carne é o nosso próprio passado, repleto de compromissos e tentações. Ensinou o Mentor Divino: "não condeneis e não sereis condenados". Não critique o próximo, para que o próximo não critique a você. Falou Jesus: "quem se proponha conservar a própria vida, perdê-la-á". Quando o arado descansa, além do tempo justo, encontra a ferrugem que o desgasta. Disse o Mestre: "não vale para o homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma". A criatura faminta de posses e riquezas materiais, sem trabalho e sem proveito, assemelha-se, de algum modo, a pulga que desejasse reter um cão para si só. Afirmou o Senhor: "não é o que entra pela boca que contamina o homem". A pessoa de juízo são, come o razoável para rendimento da vida, mas os loucos ingerem substâncias desnecessárias para rendimento da morte. Ensinou o Mentor Divino: "andai enquanto tendes luz". O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista. Proclamou o Cristo: "orai pelos que vos perseguem e caluniam". Interessar-se pelo material dos caluniadores é o mesmo que se adornar você, deliberadamente, com uma lata de lixo. Falou Jesus: "a cada um será concedido segundo as próprias obras". Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los; pois que a lei de Deus não conhece você pelo que você observa, mas simplesmente através daquilo que você faz”.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma e que possamos ter a coragem de mudar sempre para melhor, pois a nossa vida está em nossas mãos! 


Paz e luz para todos.

Fontes:

sexta-feira, 21 de junho de 2019

PODER DE DECIDIR

Hoje falaremos um pouco sobre PODER DE DECIDIR. Segundo o dicionário DECIDIR significa: optar por algo, escolher um lado.  Analisando nosso dia a dia, as nossas ações cotidianas, talvez nem percebamos, mas a todo momento temos que fazer uma escolha, tomar alguma decisão, tipo: sair / ficar / beber água / beber um suco /  ligar a tv / tomar banho / visitar um amigo, enfim, todos os milhares de atos que praticamos num único dia são frutos de um pensamento que representa uma ESCOLHA, uma DECISÃO. A cada dia que nasce somos chamados a recomeçar sem que a gente se dê conta disto. Chico Xavier psicografou: “Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.” Esse “corre por nossa conta” nada mais é do que as tomadas de decisões. Tomamos decisões de acordo com nosso entendimento para aquele momento, e como Deus nos presenteou com o livre arbítrio, temos a liberdade de escolher o que quisermos. Só esclarecendo: livre-arbítrio é a capacidade de decisão, dentre as várias alternativas que nos surgem. Quando dizemos que nossa vida é um livro que estamos escrevendo é porque nossos atos vão compondo novas páginas, os nossos pensamentos vão nele sendo impressos. Cada capítulo que concluímos, pela maturidade que vamos alcançando, é mais rico. Nenhum capítulo desse livro é somente de dor ou de sucesso. Lágrimas e dores se confundem, tornando a obra um best-seller impar. Nenhuma história será igual a nossa, porque cada um é o autor da própria história, da própria vida. Inclusive é esse o livro que é usado para nossa prestação de contas junto ao Pai quando morremos. Está tudo lá, mesmo a gente lembrando ou não do que fez, está lá apontado.  Em “O Livro dos Espíritos”, na questão 258A temos: “Nada acontece sem a permissão de Deus, porque foi ele quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. Perguntareis agora por que ele fez tal lei em vez de tal outra! Dando ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade dos seus atos e das suas consequências; nada lhe estorva o futuro; o caminho do bem está à sua frente, bem como o caminho do mal. Mas se escolher um caminho errado resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou, pois Deus, na sua bondade, permite-nos recomeçar o que foi malfeito. A reencarnação é um processo de reparar os equívocos. É necessário distinguir o que é obra da vontade de Deus e o que é obra da vontade do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que o criastes, mas Deus; tivestes, porém, a vontade de vos expordes a ele, porque o considerastes um meio de adiantamento; e Deus o permitiu”. Portanto, meus irmãos, a felicidade ou infelicidade depende das decisões que tomamos. Faz parte do nosso processo evolutivo, sendo portadores do livre-arbítrio, acertar fazendo as melhores escolhas, ou errar, optando pelos caminhos tortuosos que nos acarretarão sofrimentos. Mas quando assumimos a responsabilidade de nossos atos, temos uma postura de maturidade que facilita a nossa caminhada porque estaremos livres de amarras (mascaras) desnecessárias à nossa evolução.  Voltamos a repetir: a liberdade de escolha é a grande dádiva que o Criador nos ofertou, e ao mesmo tempo, é também o fator complicador. Entretanto, seja pelo amor ou pela dor, seguiremos com mais ou menos rapidez em direção à nossa evolução num futuro de paz íntima e integração com o Criador, destino do qual nenhum de nós pode fugir. Fomos criados para isso! Em resumo podemos dizer que nossa existência pode ser comparada a um imenso mapa sobre o qual nos movimentamos, e onde, a todo instante, tomamos decisões sobre o rumo que vamos seguir. Nesse caminhar, as opções são inúmeras. Existem os atalhos, precipícios, atoleiros, rios caudalosos, campos floridos, e conforme nossas decisões teremos as consequências correspondentes. Nesse momento mesmo, somos o resultado de nossa decisão em vir para cá hoje e cuidarmos um pouco do nosso espirito. Poderíamos estar em outro lugar, mas decidimos em vir e ouvir esse estudo. É importante termos uma noção de que nossas decisões não devem ser pautadas por escolhas de qualquer jeito. Enquanto não soubermos fazer escolhas responsáveis, mesmo com toda liberdade que Deus nos permite, nossa vida será sempre um caos. É essa liberdade que definimos as coisas em nossa vida. E por causa dessa liberdade é que vemos pessoas como Adolf Hitler, que se decidiu por fazer o que fez. Ao mesmo tempo descobrimos homens como Gandhi, que podia ter se tornado um advogado bem sucedido na Inglaterra onde se formou, mas foi trabalhar na África do Sul, e chegando lá, ao ver a condição dos negros, do seu povo, o domínio da Inglaterra sobre a Índia e tudo mais, ele optou por abrir mão daquele estilo de vida que levava na África do Sul, para ir lutar junto aos seus irmãos na Índia. Tivemos aqui no Brasil, o nosso amado Chico Xavier que podia ter se tornado um dos mais ricos escritores do Brasil, se não tivesse assumido a sua condição de médium. E os livros assinados por aqueles seres espirituais viajam o mundo, se tornaram traduzidos em vários idiomas, levando conforto, orientação, luz, inspiração do bem a tanta gente. Isso foi uma decisão de Chico, opção que ele fez graças à sua liberdade de escolher, ao seu livre arbítrio. Emmanuel ditou a Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."  Saber disso nos dá a certeza que não devemos nos envergonhar das decisões erradas que tomamos, e que, a qualquer momento podemos sim, junto de Jesus, fazer um novo fim. Existe uma lenda sobre a Águia que fala sobre decisão: “A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Vive cerca de 70 anos. Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas se tornam pesadas em função da grossura de suas penas, estão envelhecidas pelo tempo. Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou voo pela primeira vez. Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil! Nessa situação a águia só tem duas alternativas: Deixar-se morrer…ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um local seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno. Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas. Após cinco meses, “Esta Renascida”, sai para o famoso voo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos.”.. Assim como a águia, nossa vida tem momentos de difíceis decisões. Em alguns  momentos o que nos surge é a vontade de fugir de tudo, imaginando ser esta a melhor solução. Quando a dor nos bate à porta ficamos sem rumo: não enxergamos respostas, nossas reações ficam confusas, queremos que tudo passe, que tudo acabe logo. Chegamos, muitas vezes, a acusar os outros pelas decisões que tomamos, pois assim ficamos com a consciência mais tranquila. Todos os rumos de nossa vida são definidos por decisões. Não passamos um dia sequer sem fazer escolhas, das mais simples, como que roupa vestir, às mais complexas: Casar ou não casar? Mudar de emprego ou não? Morar em outro país ou ficar onde está? Aguentar firme ou jogar tudo para o alto? Decidir pode influenciar não só os caminhos de quem escolhe, mas também dos que estão próximos ou dependem, de alguma maneira, daquele que deseja fazer modificações pessoais e profissionais. Não é fácil, pode ser, inclusive, doloroso. Por outro lado, a indecisão pode gerar problemas tão graves quanto a impulsividade ou uma escolha errada. Porque quem empurra as decisões com a barriga verá a vida ou alguém decidindo por ele. Encerrar ciclos, por exemplo, nesse processo de decisões, é muito importante, pois nos dá chances de experimentarmos novos rumos e aprendermos novas lições. Muitas pessoas não têm coragem de enfrentar as consequências do fim de um casamento, de uma amizade, de um emprego. Mas, a vida, como já dissemos, nos convida, a todo instante, à tomada de decisões importantes, e para isso devemos estar presentes de corpo e alma nas situações que nos afetam diretamente. Se você não está feliz, reveja sua vida! Quantas pessoas choram pelo adeus que não aconteceu; pelo perdão que não pediu ou não concedeu; pela oportunidade perdida; pelo beijo ou pelo último abraço que não deu; pelo curso que não fez; e tantas outras coisas que poderiam ter feito. Fechar portas também, muitas vezes, se torna uma necessidade essencial, deixando para trás aquilo que não cabe mais, que não promove alegria nem contentamento, mas sim doenças. Se não fechamos algumas portas, paralisamos em algum ponto do ciclo e então, adoecemos. Precisamos aprender a deixar fluir a vida em nós, num ritmo pulsante como a natureza.  A vida fica mais fácil quando a gente desenvolve esta habilidade de deixar as coisas fluírem. Deixe entrar as pessoas que têm que entrar na nossa vida e igualmente deixa-las sair. Entenda como um “não” é igual a um “sim”, por apenas lhe mostrar o caminho que precisa seguir. Uma porta fechando nada mais é que um empurrão em direção à porta que precisa abrir. Não devemos confundir fluir com esparramar. Fluir tem direção. Esparramar é perder força. Quando ficamos correndo para todo lado, começando e parando coisas, sem nos aprofundar em nada… estamos esparramando. O sentimento de frustração e confusão prevalece, pois a ação está sem fluxo, desalinhada. A Reforma intima é necessária para nosso reencontro conosco mesmo e isso não quer dizer que você irá mudar seu jeito de ser e se tornará outra pessoa, mas sim você irá olhar e viver as mesmas coisas, mas com um olhar diferente, se permitindo fazer e desfazer, se experimentando de diversas formas até se sentir confortável, temporariamente por certo, pois nada é definitivo. Madre Tereza de Calcutá escreveu: “Veja você que, no final das contas é entre Você e Deus e não entre você e os homens”... Ou seja tome posse da sua vida e decida por você.  Precisamos estar atentos e refletir sobre nossas decisões, pois assim conseguimos identificar quando uma etapa da nossa vida chega ao final. Você irá sentir isso, com certeza. Você é o único que pode abrir ou fechar os ciclos e as portas da sua vida. Sem reflexão podemos passar muito tempo apenas lamentando as perdas e nos perguntando por que as coisas aconteceram deste ou daquele jeito, sem tomar as decisões certas.  Existe uma frase que circula na internet que diz: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. Entre erros e acertos nas decisões, as pessoas aprendem, crescem e amadurecem as ideias. Por isso, além de refletir bem, boas energias fazem a diferença na hora de decidir. O espirito Irmão José, pela psicografia do médium Carlos Bacceli nos orienta: “Habitua-te a não tomar decisões importantes, sem que recorras à inspiração da prece. A oração areja-te os pensamentos e coloca-te em sintonia natural com os Planos Superiores. Não há rogativa sem resposta. No mínimo, a prece há de concorrer para a tua serenidade de espírito, contrapondo-se à tormenta ao derredor. Nada decidas, contando apenas com os teus próprios recursos de discernimento. Habitua-te a orar antes de agir e, mesmo não acertando em tudo, as consequências de teus erros serão amenizadas”.  Na sequência vou ler uma mensagem ditada pelo Irmão da Paz, psicografia do médium Luconi que diz: “Tateando o caminho, vou andando devagar, dentro de mim a ansiedade eu tento acalmar. Toda vez que a ansiedade tomou conta de meu ser, pus as mãos pelos pés, acabei atolado na lama das dificuldades. Não foi fácil resolvê-las sem fazer estardalhaço, por tanta pressa ter, acabei atrapalhado atrasando meu caminho. Neste atraso que ganhei, muita coisa eu perdi, oportunidades que o tempo levou, passaram e não voltam mais. Mas na vida nada é descartado, tudo é aproveitado, então neste atraso muita coisa aprendi, a respeitar o meu próximo, a refletir os conselhos daqueles que tanto me amam, observar todos os lados de uma questão e principalmente que o caminho mais curto nem sempre é o mais fácil ou o correto. Na vida não podemos pular etapas, quando isto fazemos sem dúvida nenhuma mais cedo ou mais tarde temos que retomar o caminho do inicio novamente, dar a mão a palmatória e considerar que não somos os donos da verdade, que existem muitas formas de se ver uma questão e que a nossa forma de ver pode estar errada. Por isto é que alerto, pare e repense as suas posições, questione-se, coloque-se do outro lado da questão e veja se realmente a decisão tomada, o caminho escolhido é o certo. Caso fique na indecisão, se houver uma pontinha de dúvida, então espere e deixe que a vida trará a você a resposta certa, sempre, sempre mesmo a Providência Divina nos dá a resposta através de sinais, sinais bem sutis, mas quem tem fé consegue visualizá-los. Fiquem em paz”. Enfim, meus irmãos, embora decisões tem a ver com nosso lado racional, não podemos negar que nossos sentimentos e emoções contribuem no ato de escolher qual o melhor caminho a seguir. Ninguém decide sem um motivo e o motivo envolve afeto, emoção. Por isso o Espiritismo, revivendo o Evangelho de Jesus, é apelo à fé raciocinada, mas também é chamamento à renovação íntima. Sem transformação moral, a inteligência se sujeita aos impulsos primitivos e as decisões beiram a inconsequência do mal. Encerro o estudo de hoje contanto mais um caso de Chico Xavier onde poderemos ver como um espirito elevado, mesmo vivendo no planeta terra, decide sobre as coisas do dia a dia: “Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O PARNASO DE ALÉM­ TÚMULO, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando­-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das ideias entre os dois mundos. Mas, além disso, recebera romances, livros e mais livros, versando assuntos filosóficos, científicos, e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as lições consoladoras e imortais do Livro da Vida. Nesta fase, conforme esperava, por intuição recebida dos seus abnegados mentores, mais orava e vigiava. Numa manhã, ao caminhar para a Fazenda Modelo, viu  uma leva de Espíritos zombeteiros emboscados, à sua espera. E durante quase um mês sofreu  deles toda sorte de escárnio. Foi apupado, zombado, assobiado, chasqueado, escameado. Por fim, começaram a lhe mediocrizar a tarefa, asseverando­-lhe: que seus livros não continham senão mentiras e, mais ainda, que se precavesse porque iria acabar obsidiado, louco. O Chico suportou tudo, com paciência e humildade. Mas no fim de tanta experimentação, mostrou­-se temeroso, acreditou que poderia ficar maluco em virtude de seu trabalho mediúnico. E consultou seu querido guia, Emmanuel. Colocado a par da situação, cujo desfecho previra, Emmanuel sorriu e disse­-lhe: —Mas você, Chico, é mesmo um tolo dando ouvidos aos comentários infantis desses Espíritos infelizes, que ainda não encontraram em seus caminhos a Luz do Grande Amor, porque ainda não sabem amar. Lembre­-se que é uma glória alguém morrer pelo Cristo!  E você já imaginou que glória imensa você teria se, pela mediunidade, captando as Verdades Consoladoras prometidas por Ele, daqui partisse imolado na prova da loucura! Sirva, sem temor, ao Cristo de Deus, e jamais fracassará. O querido médium sorriu também e perdeu todo o receio. Agora, acalentava um desejo, ser digno do Amor do Amigo Celeste e, no seu  coração, ressoava a senha cristã: comigo, não  tomais. Os espíritos zombeteiros, que lhe experimentavam o potencial da fé, vendo-­o convicto e feliz na tarefa mediúnica, afastaram­-se, certamente, um pouco doutrinados, surpresos pela grande lição recebida. Graças a Deus! 

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma! 

Paz e luz para todos.

  
Fontes:
https://mensagensdepazamorefe.blogspot.com/2012/09/para-fazer-escolha-certa.html

sexta-feira, 14 de junho de 2019

PRECE PARA PEDIR FORÇAS NA REFORMA INTERIOR


Senhor de infinito poder e bondade,

Ajudai-me a retirar de minha mente todos os pensamentos negativos e deprimentes que se encontrem ali alojado, frutos de minha condição de ser imperfeito, ideias de vingança, pensamentos morais inferiores, raciocínios pessimistas e egoísmo, que seja afastados de minha mente como folhas secas que se soltam das arvores e são levados pelo vento;

Peço também que me ajude a retirar de meu peito, todos os sentimentos inferiores como a mágoa, a tristeza, a solidão e o desamor, e sejam evaporados no ar como fumaça e levados para longe;

Que meus desequilíbrios emocionais, frutos do nervosismo, falta de paciência, ansiedade e estresse, sejam corrigidos, visando uma nova harmonia no meu ser;
Que todas as doenças alojadas em meu corpo, tenham seu mecanismo de enfermidade interrompido, e meu sistema de defesa orgânico inicie um forte processo de recuperação da minha saúde;

E assim, Pai Celestial, com suas bênçãos e as energias luminosas e curativas de seus missionários, que eu possa receber as melhores vibrações energéticas e que venham em forma de ideias edificantes de otimismo e alegria, e me fortaleçam para o perdão, a paciência, a serenidade e para a resolução dos meus problemas e provações;

Peço senhor que me ensine a viver um dia de cada vez;

Que me oriente a superar os traumas do passado, e guardar apenas as lições valiosas, tanto das experiências felizes como das dolorosas também;

Senhor, permita que eu possa controlar melhor minha ansiedade e meus medos de fatos do futuro que ainda estão fora de meu alcance, aprendendo a aguardá-los com o cuidado necessário, que eu possa viver um dia de cada vez, e aproveitar a beleza e o sabor da vida em cada momento sagrado que o senhor me permitir viver, com sabedoria, discernimento e entusiasmo pela vida;

Que nessa minha jornada terrena eu possa aprender a me elevar moralmente, emocionalmente e espiritualmente, um pouco a cada dia, sempre seguindo os conselhos de Jesus Cristo, e que a generosidade, o espirito de fraternidade, o amor a Deus, ao próximo e a mim mesmo, sejam a base de meu comportamento, e a prática da caridade e do perdão a minha conduta diária;

E dessa forma senhor, que eu possa ser merecedor de suas bênçãos, de seu fortalecimento e da cura de minhas enfermidades pelas suas mãos misericordiosas.
Que Assim Seja!




PORQUE A REFORMA INTERIOR É IMPORTANTE


Hoje o tema é “PORQUE A REFORMA INTERIOR É IMPORTANTE”. Constantemente temos falado sobre essa tal reforma interior em nossos estudos.. mas será mesmo que precisamos reformar? Reformar o que e para quê?.. O termo “reforma interior” desperta a ideia de que tudo está errado conosco e necessita ser reformulado, ou de que somos portadores somente de coisas negativas, ruins. Vamos esclarecer o que significa “reforma”: Reforma significa retificar, mudar, melhorar, aprimorar, dar melhor forma a alguma coisa. Por exemplo, quando dizemos que vamos fazer uma reforma em nossa casa, isto não significa que ela está ruim. Podemos apenas querer melhorá-la, ampliá-la, torná-la mais confortável. Assim, a reforma pode compreender uma repintura externa, porque a atual está começando a descascar ou está desbotada. Durante uma inspeção para reforma, poderemos descobrir que precisamos substituir o assoalho de um cômodo, uma parede, um pedaço do teto. Quem sabe, substituir algumas telhas quebradas, calhas. Com certeza, haveremos de encontrar na casa que nos dispomos a reformar, um cômodo quase ideal, que, ao menos por ora, não demanda nenhum retoque. É um lugar aconchegante, com boa iluminação, móveis bem dispostos, pintura excelente. Enfim, ali tudo está bem e não necessita ser trocado. Pois assim também é quando se fala em reforma íntima, a comparação é bastante interessante. Quando nos analisamos, observamos com atenção nossas disposições, a nossa forma de ser, de pensar e agir, e vamos descobrir que temos defeitos sim. Mas também virtudes. Os defeitos são aqueles que devemos nos dedicar para nos libertarmos. Naturalmente, pouco a pouco. Assim como a reforma de qualquer casa, quer seja por condições financeiras, quer seja por condições técnicas, não se faz de um dia para o outro. Tempo, esforço, atenção é o que é exigido para irmos nos libertando de defeitos pequenos e grandes.  Quando reencarnamos trazemos conosco as tendências positivas e negativas que foram construídas em nossa escalada na evolução. Não podemos esquecer que somos seres espirituais vivento uma experiência humana. Por sermos imperfeitos, além de conquistar novas virtudes é preciso eliminar as imperfeições. A reforma íntima é um processo de autoconhecimento, pois é preciso assumir o controle de nossa evolução, e se não nos dispomos a crescer por bem a dor vai nos educando, pode ter certeza.  Lembremos sempre que “Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objetivo é observar, crescer, amar, aprender e depois voltamos para casa.” Quando se fala em reforma interior vem a pergunta: será que estamos realmente entendendo o que precisamos e como precisamos realizar este importante passo para nossa evolução? Os espíritos nos falam sobre a importância do homem encontrar nele mesmo suas más condutas e suas tendências. Devemos sempre buscar lidar com as situações que a vida nos apresenta da melhor maneira possível, sendo complacentes e termos como guia o melhor espirito que reencarnou nesse planeta, que é Jesus Cristo. Se pensarmos como o Mestre agiria na situação da vida a resposta pode ser a solução que tanto buscamos. Como já dissemos a reforma íntima não é uma conquista que se alcança de repente,  leva tempo, boa vontade, disciplina e esforço incessante de nossa parte. Muita resignação e luta contra nossas próprias tendências inferiores. A briga é conosco mesmo, e a briga é feia, pois somos nosso maior e mais cruel inimigo. E o detalhe: essa reforma não é terceirizada, cada um é responsável por si mesmo. Chico Xavier nos alertou: “Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios, o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros. Não se esqueça, igualmente, de que o maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa, a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação, é você mesmo.” Como espíritas ainda temos uma vantagem: temos esclarecimentos. Temos muitas informações e orientações trazidas a todo momento pelos espíritos benfeitores que fica difícil, apesar da nossa natureza imperfeita, querer responsabilizar o outro por nossos próprios fracassos. Todos nós, em algum momento, precisamos e merecemos dar uma parada e acionar o botão do “pause” em nossa vida. Sabe quando temos a sensação de que as coisas vinham acontecendo de forma rápida e favorável e de repente, de uma hora para outra, passaram a ficar mais lentas e sem resolução? Pois é, talvez seja esse o momento que temos que parar e fazer uma boa reflexão sobre nossa vida, sobre nossas escolhas, sobre o que andamos plantando e começar a traçar nossos próximos passos para seguir em frente. O tempo passa rápido e o que fomos ontem já não é o que somos hoje. Sim, nós, sem percebermos mudamos, tanto fisicamente como espiritualmente. Antigamente praticávamos coisas que hoje, pelo conhecimento e amadurecimento, consideremos totalmente desnecessário para nossa evolução espiritual. Mudamos tantas coisas e não nos damos conta de que a antiga pessoa que fomos ontem já não cabe dentro da nova pessoa que existe hoje. Às vezes temos a sensação que não nos conhecemos mais, que está faltando algo, que tem um vazio imenso no nosso peito que chega a doer. Esse é o momento, é o chamado do Pai para iniciarmos nossa REFORMA INTERIOR, que passa a ser uma atitude muito natural. O problema é que muitas pessoas pensam que quem precisa de reforma interior é sempre o outro, porque o outro é que é o problema. Ledo engano! Aqui falamos sobre a sua reforma interior, até porque enquanto você estiver vivendo nesse planeta de provas e expiações, você tem muito para aprender e mudar. Sua reforma tem a ver com você se olhar no espelho com toda franqueza e enxergar que sua rotina, as coisas que vem fazendo e as medidas que têm tomando na própria vida tem que tomar outra direção e você à partir daí, poderá alcançar um novo patamar a partir da profunda reflexão e mudança interior. É retirar as cascas velhas, como numa limpeza da alma. Admitir que atingiu o ápice do seu limite e que chegou o tempo exato para alçar novos voos, mas não com a mesma postura. Colocando novas metas, dando novos sentidos e resolvendo mudar de postura em relação a própria vida. Talvez até mudar de grupo, de cidade, de emprego, se reformar por inteiro ou apenas  uma parte de si mesmo. Como naquela obra dentro de sua casa, é sempre você quem decide qual parte ou “cômodo” de seu interior quer transformar na sua vida. Quem já se dispôs a fazer uma reforma em casa sabe que fazer tudo ao mesmo tempo não dá certo, e assim também acontece com essa reforma intima, e o detalhe: ninguém mais pode fazer essa reforma e ela só pode partir de você. Meu irmão, você é a coisa mais importante da sua vida, nada nem ninguém nesse mundo é mais importante do que você. Faça com que sua vida seja cada dia que passa mais satisfatória, não cobre a reforma alheia. Faça a sua própria reforma e verá os resultados aparecerem. Se permita, rejuvenesça de dentro para fora. Mas não faça uma reforma fraca, utilize matéria prima de primeira qualidade. Pense bem ao colocar novos materiais dentro dessa reforma. Tenha como pensamento que nesse caso vale a pena investir em coisas que vão ter maior durabilidade, tipo para a eternidade. Coloque Fé, Amor e atitudes positivas na sua nova “casa”.  Não tenha medo! É da sua vida que estamos falando. Com certeza terá mais estrutura e tranquilidade a partir de então. Quando seguimos os ensinamentos do Cristo, garantimos a nossa Reforma Íntima como um processo voluntário que promove mudanças no caráter, nas palavras, nos pensamentos e comportamentos. Busque superar as dificuldades com resignação, tranquilidade e fé em Deus; dominar os impulsos; exercitar o perdão; e promover a caridade. Transformar sentimentos, iluminar pensamentos. Floresça onde Deus te plantar. Você está sendo convidado a mudar de postura, de pensamento, de atitude, e assim sua vida vai mudar, não tenha duvidas. Tem uma música do cantor “Gabriel O Pensador” que diz mais ou menos assim: “ Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente, A gente muda o mundo na mudança da mente, E quando a mente muda a gente anda pra frente, E quando a gente manda ninguém manda na gente, Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura, Na mudança de postura a gente fica mais seguro, Na mudança do presente a gente molda o futuro”.  Reforma Intima ou Reforma interior tem a ver com mudanças. Mas mudanças definitivas, profundas. Para nos inspirarmos nessa empreitada de vencer nossos ímpetos mais explosivos que muitas vezes contribuem para o insucesso nas tentativas dessa reforma, vou contar uma das histórias mais conhecidas a respeito de Chico Xavier que é a da Água da Paz. Dizem que era muito comum, antes de se iniciarem as sessões no centro espírita Luiz Gonzaga, ocorrerem algumas discussões a respeito de mediunidade, especialmente provocadas por pessoas pouco esclarecidas sobre o assunto. Essa situação começou a provocar certa irritação em Chico, que tentava explicar o que acontecia, mas nem sempre era compreendido. Num dos momentos de irritação, sua mãe apareceu a ele mais uma vez e ensinou-lhe uma forma simples para acabar com essa situação. “Para terminar suas inquietações”, ela falou, “use a Água da Paz”. Chico ficou contente com a solução e começou a procurar o medicamento nas farmácias de Pedro Leopoldo – sem sucesso. Procurou em Belo Horizonte, e nada. Duas semanas depois, ele contou à mãe que não estava encontrando a Água da Paz, ao que ela lhe disse: “Não precisa viajar para procurar. Você pode conseguir o remédio em casa mesmo. Quando alguém lhe provocar irritações, pegue um copo de água do pote, beba um pouco e conserve o resto na boca. Não jogue fora nem engula. Enquanto durar a tentação de responder, deixe-a banhando a língua. Esta é a água da paz”. Chico entendeu o conselho, percebendo que havia recebido mais uma lição de humildade e silêncio. Finalizo nosso estudo com uma bela reflexão do Dr. Bezerra de Menezes que diz: “Tendes seguidamente ouvido recomendações quanto ao vosso padrão vibratório, o qual deve ser, o mais possível, harmonioso e estável, evitando-se oscilações e quedas. Não seria cabível exigir de vós elevação constante de pensamentos e vibrações. Entretanto, embora atualmente impossível vossa estabilização nos planos mais elevados que frequentemente atingis, por esforço próprio, tanto na esfera do pensamento como na do sentimento, bom seria que evitásseis ao máximo oscilações vibratórias. Naturalmente, referimo-nos a oscilações "para baixo", em sentido de "queda", e não aos vôos intelectuais e afetivos em que necessariamente vos deveis exercitar, até que vos possais estabilizar em planos mais elevados. Infelizmente notamos, em muitos dos seguidores do Mestre, uma atitude de certa forma comodista. Deixam-se influenciar por entidades inferiores, ou obedecem a impulsos menos dignos, contando mais tarde reabilitarem-se mediante o devido retorno ao bom caminho, ou por meio de preces e passes, esquecidos de que a queda tem invariavelmente seu preço doloroso, e cada pacto com as forças do mal, por ligeiro que seja, implica sintonia e ligação, muitas vezes prolongando-se mais do que esperava o encarnado invigilante. Olvidam muitos que não podem ligar-se ocasional e momentaneamente a uma entidade colérica, por exemplo, sem correrem o risco de tê-la, talvez por longo tempo, como obsessora, não mais atendendo a apelos inconscientes, na forma de impulsos raivosos do encarnado, mas acompanhando-o constantemente e, já agora, impelindo-o no sentido das explosões de ódio. Conhecêsseis o imenso valor e a oportunidade sempre atual da oração e da vigilância, saberíeis evitar frequentes "pequenas quedas", eivadas do perigo de se tornarem em grande e terrível derrocada espiritual, e tampouco correríeis o risco de instantes, embora ligeiros, de sintonia com o astral inferior. Muitos dão excessiva importância aos fatores cármicos, ao considerarem o problema das obsessões. Na realidade, mesmo o número de obsessões oriundas de rancores e inimizades pregressas diminuiria prodigiosamente, se atentásseis devidamente para o valor imenso da oração e da vigilância. Para que ocorra obsessão, necessário é que haja, primeiramente ligação. E para que se efetive a ligação, é imprescindível sintonia. É fato muito conhecido que mesmo os mais evoluídos Espíritos, encarnados entre vós, sempre contaram com acirrados inimigos nos planos astrais inferiores, em virtude mesmo de seu adiantamento espiritual. No entanto, embora o peso tremendo das vibrações adversas que os atingem e, muitas vezes, chegam a abalar profundamente, jamais se teve notícia de que Espíritos de escol fossem vítimas de obsessão. Sabeis que o próprio Cristo não escapou ao assédio das forças das trevas, mas de forma alguma poderia ser influenciado obsessivamente, por absoluta inexistência e impossibilidade de sintonia e ligação entre suas elevadíssimas vibrações e as de seus adversários. Com o único recurso de defesa ante tais perigos, necessário vos é buscar, firme e decididamente, destruir a "criatura velha" que em todos habita, sujeita e vulnerável, por sua imperfeição, aos ataques das forças inferiores, e abraçar sinceramente o propósito de vossa reforma interior. A ninguém ocorreria, galgando uma escada, subir e descer o mesmo degrau, repetidamente. Não pretenderíeis subir a escada de Jacó, permanecendo em perpétuo movimento de "queda - ascensão - queda".

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   

Paz e luz para todos.
  
Fontes: