quinta-feira, 26 de setembro de 2019

EMOÇÕES E SENTIMENTOS


Hoje nosso estudo falará sobre EMOÇÕES E SENTIMENTOS. Conhecer os sentimentos e entender como eles geram as emoções é um dos principais caminhos para nosso autoconhecimento e consequentemente, nossa reforma interior. Como  experimentamos  ao mesmo tempo emoções e sentimentos, precisamos entender  diferença entre ambos, pois assim conseguiremos gerenciá-los, e assim, pouco a pouco, nos tornaremos senhores de nós. Apesar  das palavras SENTIMENTO e EMOÇÃO serem consideradas de igual significado, a verdade não é bem essa, pois nomeiam coisas bem diferentes. Enquanto a EMOÇÃO é inconsciente e corresponde a uma resposta automática do corpo a determinada situação, o SENTIMENTO é consciente, é aquilo que vivenciamos quando percebemos a emoção de forma consciente. As emoções são passageiras, enquanto os sentimentos exigem que o cérebro receba sinais do corpo e seja capaz de processá-los, podendo gerar cicatrizes profundas, dependo do modo como o indivíduo lida com eles. Nossas emoções, por serem reações inconscientes e instintivas que se processam em nosso corpo, tendem a ser visíveis, pois produzem alterações que podem ser compreendidas através da comunicação não verbalizada, ou seja, conhecidas apenas pelos sinais emitidos pelo corpo que denuncia nosso estado emocional. Como são passageiras assim que tudo passa, volta o corpo ao equilíbrio de antes, uma vez que o indivíduo delas toma ciência. Já os sentimentos, por se tratar de algo interiorizado e vivenciado de forma consciente, são duradouros e fáceis de serem escondidos. Existem pessoas que não esquecem um aborrecimento nem que a “vaca tussa” e carregam um pesado fardo nas costas as vezes por uma vida toda. Entretanto, existem aquelas que se encontram num estágio mais elevado de espiritualidade, não se deixando seduzir pelos sentimentos. Racionaliza-os e passa uma borracha em tudo, dando o dito por não dito. O ideal é que busquemos a compreensão de como nos comportamos diante desse ou daquele tipo de emoção, pois, assim, tornamo-nos donos de nós mesmos, sendo capazes de manter o nosso equilíbrio emocional assim que o furor da emoção passe. Na medida em que racionalizamos ou minimizamos as interferências internas ou externas que nos levam a um determinado tipo de emoção, vamos enfraquecendo-a. Não podemos permitir que os sentimentos – advindos das emoções – sejam nossos senhores. Suponhamos que você seja uma pessoa que sai do sério quando lhe fazem uma crítica negativa. Se mudar o seu comportamento em relação a isso, fingindo que não escutou, por exemplo, ou até mesmo concluindo que precisa mudar, isso não mais lhe causará uma emoção conturbadora e, em consequência, não criará sentimentos que irão afetar negativamente a sua vida, interferindo no funcionamento de seu corpo, da sua saúde. O Coach visionário José Roberto Marques faz um bom esclarecimento sobre isso... Vejamos: “Um bom exemplo para entendermos a diferença entre emoções e sentimentos é em relação ao medo e ao pânico. A sensação que se tem ao encarar um animal feroz de forma repentina é pânico, pois dura por alguns instantes gera reações no corpo, por isso, é uma emoção. Já o que se sente ao pensar no mesmo bicho é medo, ou seja, um sentimento que se tem em relação a ele. Com base nos dois conceitos, é possível identificar as principais diferenças. A primeira delas é que as emoções dificilmente conseguem ser escondidas, pois costumam ser visíveis no corpo de uma pessoa quando ela está sentindo raiva, medo, tristeza ou alegria, por exemplo. Sem contar que são sensações que têm uma duração mais curta. Quando se trata de sentimentos, eles acontecem na mente, na alma, então podem passar despercebidos por outras pessoas e durar muito mais tempo, como é o caso do amor, do medo, da raiva. Pesquisas científicas já comprovaram que os sentimentos e emoções do ser humano começam a existir ainda no útero da mãe. Então, tudo aquilo que é sentido ao redor daquele bebê que está se desenvolvendo é absorvido por ele. Medo, insegurança, alegria, raiva, rejeição, são exemplos de sensações que o indivíduo pode sentir desde o início de sua existência e que serão determinantes na formação de sua personalidade. Na primeira fase da vida, que vai do útero até por volta de sete anos de idade, uma pessoa irá registrar as emoções vividas, interpretá-las subjetivamente, de acordo com suas experiências, e, então, criar padrões de sentimentos e comportamentos. Um indivíduo que, durante este período, foi encorajado pelos pais sobre suas qualidades, ouviu palavras do tipo: “você errou, mas tenta de novo”, “você é inteligente, vai conseguir”, tem grandes chances de se tornar um adulto mais seguro e consciente de seus talentos. Por outro lado, aqueles que criaram seus padrões de comportamento com base em sentimentos de repressão e rejeição, ouviram palavras do tipo: “perco meu tempo tentando te ensinar”, “você não vale nada”, por exemplo, podem se tornar inseguros e ter problemas de autoestima. A boa notícia é que é possível redefinir esses sentimentos e encontrar mesmo nestas experiências negativas aspectos que levem ao crescimento, o que se torna possível através do autoconhecimento e reforma interior, pois isso facilita a relação do indivíduo com seus sentimentos e emoções. Quando entendemos a razão de sentirmos angústia, medo ou insegurança, por exemplo, é possível dominarmos essas emoções e impedir que elas se transformem em crenças limitantes, aquelas que nos impedem de deslancharmos na vida, seja como pessoa ou profissional e que nos sabotam por toda nossa vida. O neurocientista português António Damásio esclarece: As emoções ocorrem no teatro do corpo. Os sentimentos ocorrem no teatro da mente”.  As emoções e sentimentos existem para serem sentidos, não para dominar nossa vida, cegar nossa visão, roubar nosso futuro ou apagar nossa energia porque, no momento em que fizermos isso, se tornarão tóxicos. Curar nossas emoções e sentimentos implica em nos preparar para ficarmos livres de tudo que é negativo e tóxico que, definitivamente, não nos ajudam em nada a encontrar o caminho da felicidade. A resposta está em encontrar, em cada emoção ou sentimento, o verdadeiro significado que ela tem. Por exemplo, é normal sentir raiva quando se é enganado, mas não é sadio sair quebrando tudo que se vê pela frente. Se alguém mentiu, é natural que se sinta desconfiança, mas não que se sinta ressentimento. Sentir decepção é natural, mas não mais confiar em ninguém, torna-se um movimento tóxico. Se você não foi amado, sinta a rejeição, mas não procure ser rejeitado. Ao ser humilhado, sinta vergonha, mas não deixe de correr riscos. Perdeu algo ou frustrou-se com alguma coisa, sinta tristeza, mas não permaneça chateado. Se for intimidado, sinta medo, mas não fique parado, respire fundo e siga em frente. Acreditamos que ao esconder nossas emoções e sentimentos, ficando em silêncio ou ocultando suas formas por julgá-las ruins, elas desaparecerão, mas estamos cometendo um erro. Elas seguirão sempre ali, na nossa atmosfera interna e estarão em uma prisão que nos conduzirá a confusão, apatia e incredulidade afetiva. Tudo tem um tempo de vida. Apegar-se às situações torna-se tóxico, pois, nunca mudar é o fim, as mudanças devem ser constantes. Viver significa se conhecer e esse conhecimento é o que permite que nos relacionemos bem com o outro e conosco mesmos. Nós podemos escolher como queremos nos sentir, pois Deus nos deu o maior presente da vida que é o livre arbítrio. As emoções não podem ser controladas de fora, nós é quem devemos controlá-las, dentro de nossa vida. Por isso, devemos nos cuidar para que elas possam estar sob controle e não passem a ser tóxicas. Não se agarre ao que é ruim, deixe que passe por você, faça o que tenha que fazer, tipo te ensinar alguma coisa, mas deixe-o ir. O mais importante não é o que acontece ao nosso redor, mas o que acontece dentro de nós para solucionar cada acontecimento. Ninguém pode sair de uma crise ou de uma dor, se ouvir permanentemente, de si mesmo, palavras duras, desumanas. O processo de dor e crise são naturais até ao ponto que se transformam em aprendizado, em algo positivo, que conclui em mudança de vida. Precisamos nos dar permissão para errar, ficar irritados, chorar, sentir raiva para assim nos perdoar, nos curar, nos recuperar e sermos felizes. Somos todos capazes de transformar uma emoção e sentimento tóxico por meio de ações positivas e devemos nos conscientizar desta possibilidade. Cada um de nós tem um tempo para escolher superar seja qual for a situação pela qual estivermos passando e não permitir que as emoções e sentimentos tóxicos nos acompanhem para sempre. Na vida, teremos problemas, dificuldades, momentos inesquecíveis e outros dos quais não gostaríamos de lembrar, porém, podemos superar todos eles. Toda doença tem origem emocional e isso não é conversa fiada, é verdade. A maioria de nós adoece porque lidamos bem com as emoções, perdas, dores e desafios, e a única forma do corpo mostrar os problemas é quando surgem as doenças e enfermidades, sejam elas permanentes ou não. É importante saber que você poderá tratar a dor física com remédios, como uma dor de cabeça por exemplo, mas a causa da dor, o motivo de tê-la talvez seja o que você não esteja tratando adequadamente, por isso a cura interior é tão essencial. Devemos identificar nossas emoções e sentimentos negativos para controlá-los e até mesmo para transformá-los em algo positivo e assim, obtermos a cura. Muitas vezes não damos tanta importância a esses sentimentos, mas eles são um dos motivos que nos impedem a realizar os nossos sonhos e objetivos e de fato ter sucesso na vida. Ermance Dufaux, no livro “Escutando Sentimentos”, psicografia de Wanderley Oliveira diz: “nós espíritas temos dado passos importantes no amor ao próximo, mas nem sempre sabemos como cuidar de nós mesmos, tratando-nos com culpas, medos e outros sentimentos que não colaboram para nossa felicidade. O sentimento é a maior conquista evolutiva do espírito. Aprendendo a escutá-lo, estaremos entendendo melhor a nossa alma. Não existe um só sentimento que não tenha importância no processo do crescimento pessoal. Quando digo a mim mesmo "não posso sentir isto", simplesmente estou desprezando a oportunidade de auto-investigação, de saber qual é ou quais são as mensagens profundas da vida mental".  Meus irmãos, não nascemos por acaso, mas com um propósito, um sonho que leva nosso nome e que está nos esperando. Nosso destino é a superação, o amor, a felicidade, a plenitude e a vida abundante. Viver a vida é sempre estar estimulados a mudar; a felicidade é estar em paz conosco mesmos e, quando chegarmos a ter esta paz interior, todo nosso entorno terá paz, porque é algo que criamos, igualmente, nos demais. Devemos educar nossas emoções e sentimentos de uma maneira tal, que nos sirvam de companheiros na caminhada evolutiva do bem. Quando você tem controle de si e age com bondade, com você e com aqueles que caminham a sua volta, tudo se torna mais fácil, pois aí está presente o amor, conforme pregou Jesus. No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, podemos ler: “O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. Vou ler a mensagem da Irmã Maria do Rosário, ditada a médium Lúcia Cominatto, que fala : "Educa, meu filho, os teus sentimentos e as tuas emoções para que consigas agir na vida de modo mais brando, sem te entregares a atitudes desvairadas que, de alguma forma, possam demonstrar desequilíbrio interior. Canaliza os teus sentimentos pela fonte do amor, a fim de que, em sintonia com os bons pensamentos, eles possam levar-te a realizar algo de concreto em favor do bem do próximo. Sentimentos de tristeza geram atitudes negativas de egoísmo ou de insulamento. Sentimentos de alegria tornam a vida mais amena, levando-te a agir com bondade perante aqueles que te cercam. Controlando as tuas emoções, não te entregarás a atitudes perigosas e extremistas e que te levem a agir sem pensar. Controlar, porém, não significa reprimir e sim, educar, para não retribuíres o mal com o mal, com manifestações de ódio ou desejos de vingança. É natural que todos nós externemos as nossas emoções diante das situações inusitadas da vida. Porém, se soubermos educá-las, jamais permitiremos que as nossas emoções nos levem a praticar atos inconsequentes e dos quais possa gerar algum remorso. Emoções negativas e desequilibradas revelam embrutecimento da alma. Contudo, emocionar-se perante acontecimentos dolorosos na vida de outros irmãos ou diante de pequeninos gestos de amor que nos sensibilizem o coração, demonstra crescimento interior. Unindo os bons pensamentos às emoções construtivas, muito poderemos realizar no campo do bem, permitindo-nos levar alegria, paz e esperança aos corações aflitos e desiludidos”. O espirito de Hammed, pela psicografia de Francisco do Espirito Santo Neto,  no livro Um Modo de Entender – Uma Nova Forma de Viver, nos esclarece: “Somos o que sentimos. Sofremos porque não vivemos de acordo com nossos sentimentos e emoções, mas porque seguimos convenções fundamentadas em regras partidárias e normas sociais que discriminam características sexuais, étnicas, culturais e religiosas. Cada um é uma obra-prima de Deus; por mais que se criem leis, elas não conseguem regulamentar os seres únicos que somos. Nossos sentimentos e emoções são tudo o que temos para perceber a luz da vida. Não experimentá-los nem expressa-los seria o mesmo que destruirmos o elo com nosso âmago; seria vivermos em constante ilusão, distanciados do verdadeiro significado da vida. Sentimentos e emoções não são errados ou impróprios; são apenas energias emocionais, e não traços de personalidade. Não precisamos nos culpar por experimentá-los. Admitir medo ou raiva diante de fatos é perfeitamente compreensível, porque a energia da raiva nos proporciona um estado de alerta, para que possamos nos defender de algo ou de alguém, enquanto o medo é um mediador favorável diante de situações de risco. Sentimentos e emoções nos guiam e nos fornecem indicações importantes para nossa vida. Se não sentimos, não analisamos os pensamentos que os acompanham e não sabemos o que nossa alma está tentando nos mostrar.  As emoções afloram dos chacras ligados diretamente aos plexos nervosos das áreas inferiores do corpo humano, enquanto os sentimentos provêm dos chacras situados nas regiões superiores. Precisamos começar a desenvolver nossa própria educação do sentimento, aprendendo o que e como sentir. Tornamo-nos emocionalmente educados quando nos permitimos sentir todas as sensações energéticas que partem do nosso universo interno, livres de julgamentos precipitados e de qualquer condenação, pois os sentimentos são bússolas que nos norteiam os caminhos da vida. Para que possamos adquirir um coração apaziguado e uma mente tranquila, devemos aprimorar nossa leitura interna, compreendendo o que os sentimentos querem nos dizer e utilizando-os apropriadamente para cada fato ou situação – devemos aprender a escuta-los adequadamente”. Encerro o estudo de hoje contando uma história: O discípulo pergunta ao mestre: - Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam. O mestre responde: - Pois viva como as flores. - Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo. - Repare nestas flores - continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. - Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles, e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora... Isso é viver como as flores... Enfim meus irmãos, procuremos controlar nossas emoções e  sentimentos. Recorramos sempre ao nosso anjo guardião, recorramos sempre a Jesus, não estamos sós neste mundo, os bons Espíritos caminham ao nosso lado. 

Lembremos sempre que hoje somos o melhor de nós.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da Alma.  Paz e Luz para todos!


FONTE:

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

A FAMILIA


Hoje falaremos sobre A FAMILIA.  Traremos uma breve explicação sobre o tema para que possamos refletir um pouco mais sobre esse assunto. Você já parou para pensar sobre qual é o objetivo da família na Terra? Afinal de contas, por que existe a família?  Ao pesquisar no di­ci­o­ná­rio, po­de­mos en­con­trar as se­guin­tes de­fi­ni­ções pa­ra o ter­mo famí­lia: pes­so­as apa­ren­ta­das, que vi­vem em ge­ral na mes­ma ca­sa, par­ti­cu­lar­men­te o pai, a mãe e os fi­lhos; pes­so­as uni­das por la­ços afe­ti­vos, de pa­ren­tes­co, pe­lo san­gue ou pe­lo ca­sa­men­to. E, ainda, ‘grupo de pessoas unidas por convicções, interesses ou origem comuns’. Mas se­rá que es­ses sig­ni­fi­ca­dos são su­fi­ci­en­tes pa­ra com­pre­en­der­mos a re­le­vân­cia des­ta or­ga­ni­za­ção com tan­tas par­ti­cu­la­ri­da­des que é a fa­mí­lia? A Dou­tri­na Es­pí­ri­ta nos oferece esclarecimentos a respeito de muitos assuntos também se pronuncia sobre a questão “Família”, enfocando o assunto na dimensão terrena e na dimensão espiritual. Apre­sen­ta a fa­mí­lia co­mo um ins­ti­tu­to aben­ço­a­do, em que um gru­po de Es­pí­ri­tos ne­ces­si­ta­dos, e em com­pro­mis­sos ina­diá­veis de au­xí­lio ou re­pa­ra­ção uns com os ou­tros, em obe­di­ên­cia à Lei de Cau­sa e Efei­to, re­en­con­tram-se, num pro­gra­ma de pro­vas e ex­pi­a­ções, gra­ças ao prin­cí­pio da re­en­car­na­ção. Dentro do espiritismo, além da ideia de família biológica – com quem nos relacionaremos enquanto espíritos encarnados – há o conceito de família espiritual, com quem mantemos laços de afinidade eternos e podemos ou não encontrar após o desencarne. Se Deus, que é o Criador de todas as coisas, criou a necessidade da vida em família, é porque ela tem uma finalidade importante para o progresso do Espírito. Podemos encontrar uma resposta para essa questão, nos ensinamentos de Jesus, que recomendou que devemos amar o próximo como a nós mesmos. As famílias são montadas na Terra, mediante um planejamento reencarnatório, onde participamos e esse planejamento obedece a uma justiça divina. Essa justiça irá atuar de acordo com a evolução de cada um. O principal objetivo, na formação de um grupo familiar, é o reajuste, visando o crescimento interior de todos. De acor­do com os en­si­na­men­tos de “O Evan­ge­lho Se­gun­do o Es­pi­ri­tis­mo”: “Os que en­car­nam nu­ma fa­mí­lia, so­bre­tu­do co­mo pa­ren­tes próximos, são, as mais das ve­zes, Es­pí­ri­tos sim­pá­ti­cos, li­ga­dos por an­te­rio­res re­la­ções, que se ex­pres­sam por uma afei­ção re­cí­pro­ca na vi­da ter­re­na. Mas, tam­bém po­de acon­te­cer se­jam completa­men­te es­tra­nhos uns aos ou­tros. Es­ses Es­pí­ri­tos, afas­ta­dos en­tre si por antipatias igual­men­te an­te­rio­res, que se tra­du­zem na Ter­ra por um mú­tuo an­ta­go­nis­mo, que aí lhes ser­ve de pro­va­ção.” Es­tá aí a ex­pli­ca­ção pa­ra os de­sen­ten­di­men­tos que acon­te­cem, às vezes, en­tre os in­te­gran­tes da fa­mí­lia. Em vir­tu­de do es­tá­gio evo­lu­ti­vo de nos­so pla­ne­ta, de pro­vas e ex­pi­a­ções, as fa­mí­lias que ne­le se for­mam, na qua­se to­ta­li­da­de, são com­pos­tas por Es­pí­ri­tos ad­ver­sos en­tre si, ou se­ja, devedores e cre­do­res. Unem-se com a fi­na­li­da­de prin­ci­pal de acer­ta­rem, pe­ran­te a lei do Amor, ve­lhas con­tas de pas­sa­das exis­tên­cias.  Assim, a família é essa escola onde podemos aprender a amar umas poucas pessoas para um dia amar a Humanidade inteira.  Como já dissemos o estudo da Doutrina dos Espíritos conduz a uma compreensão muito grande do que seja família. A lei da reencarnação, alicerçada na Justiça Divina, esclarece corretamente quanto às questões relacionadas à família. Nada fica encoberto sob o estudo criterioso das Leis de Deus. Família é bênção do Criador às suas criaturas. São possibilidades e realizações aos que sabem lutar. Fora da compreensão, do apoio mútuo e de esforços realizados mutuamente, encontramos uma reunião de pessoas que se misturam e que se enganam, pois recusam-se a se conhecerem, e pior que se maltratam agravando as suas fragilidades. Sob a oportunidade sublime que Deus oferece às suas criaturas, na constituição da família, devemos empreender constantes esforços para acessarmos nossa evolução. Biológico ou espiritual, o núcleo familiar com o qual nos relacionamos tem papel fundamental em um dos principais objetivos da existência do espírito: a nossa evolução, o nosso progresso moral dentro daquilo que chamamos eternidade. Vale lembrar que somos seres em construção e somos eternos. De acordo com “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, é justamente para alcançar este objetivo que nos foi dada a possibilidade da reencarnação. E, antes de cada reencarne, além do projeto de vida que cada espírito se propõe desenvolver, é selecionado um núcleo familiar para o espírito fazer aprendizado. Esclarecendo mais sobre os tipos de famílias Kardec nos diz:  “Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual”. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” Compreende-se portanto que a família espiritual seria a família cujos espíritos simpáticos se encontram, nessa ou em outra vida, pois que os laços que os unem são os laços d’alma. Já a família carnal seriam os espíritos que para a necessidade temos os laços do corpo a fim de repararmos erros pretéritos. Nos dois casos a questão familiar porém se mantem a mesma. A de total fraternidade. É no seio familiar que devemos buscar o primeiro movimento rumo a reforma íntima, buscando compreender uns aos outros e quem sabe após as devidas correções entre essas almas não aconteça um novo laço, desta vez de amor e de fraternidade? Os problemas familiares são em geral muito importantes na nossa evolução. É no núcleo familiar que encontramos pela convenção das tradições o esforço maior em nos entendermos melhor. Temos a necessidade íntima geralmente de se ter um bom convívio familiar e buscamos isso diariamente. Por isso, Deus concede a certas famílias o recebimento de um espirito revoltado ou menos evoluído, para que no seio equilibrado e de amor de uma família estável possa essa alma ter contato com o amor e os bons fluídos de fraternidade.  Muitas pessoas se perguntam como será o encontro do Espírito com seus familiares, quando regressa ao Mundo Espiritual, quando morre. Encarnados ou desencarnados os espíritos interligados pelo amor e pela simpatia continuarão unidos através do pensamento. A dificuldade para entender estas questões é porque avaliamos o que nos cerca limitados pela visão terrena e muitas vezes nos esquecemos que no Mundo Espiritual as situações observam normas específicas de uma outra dimensão. Lembrando que, quanto mais evoluído for o espírito mais elevados serão seus sentimentos e por conseguinte ele se relacionará com um número maior de entidades. Muitos se preocupam receando encontrar vários pais, vários maridos e esposas, tendo em vista as muitas reencarnações anteriores. O primeiro ponto a considerar é entender que, quando estamos reencarnados, ocupamos na família terrena uma posição ocasional e temporária, de acordo com a necessidade das tarefas que devemos desempenhar. Isto quer dizer, que antes de sermos o Pai, a Mãe, o Marido, a Esposa, o Filho ou a Filha, somos o Espírito, ser inteligente, e que a condição de parentesco e de sexo é uma condição indispensável para vida no Planeta Terra. O Espirito já existe no Plano Espiritual, o que prevalece como ligação entre os espíritos é a semelhança de gostos, os interesses em comum, as afeições profundas e desinteressadas, posições estas que superam o grau de parentescos terreno. Não devemos recear o encontro de muitos pais ou vários cônjuges, porque no Mundo Espiritual o mais importante é o sentimento, positivo ou negativo, de acordo com os acontecimentos e lembranças de fatos que envolveram os espíritos. Na realidade, a ligação entre os espíritos acontece sem a preocupação de grau familiar e mostra a verdadeira família universal, na qual todos somos filhos de Deus e portanto, irmãos criados pelo Pai a caminho da evolução.  Deus, que é a Inteligência Suprema, sabe que no estágio evolutivo em que se encontra, o homem é incapaz de amar todos os seres humanos como a si mesmo. Por essa razão Ele distribui as pessoas nessas pequenas escolas chamadas lares, para que aprendam o amor ao próximo mais próximo. É assim que em nossas múltiplas existências vamos aprendendo o amor, nas suas diversas facetas: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho para tio, de esposo para esposa e assim por diante. E, quando conseguimos amar verdadeiramente um filho, por exemplo, nosso coração se enternece também pelos filhos alheios. Quando desenvolvemos profundo amor por uma avó ou pelos pais, toda vez que uma velhinha ou velhinho cruzar nosso caminho, sentiremos algum carinho, porque nos lembraremos dos nossos queridos velhos. Assim, os laços de afeto vão se formando, aos poucos, para que um dia possam se estender por toda a grande família humana. Considerando-se, ainda, a lei da reencarnação, ou seja, das várias existências no corpo físico, vamos solidificando esses laços de afetividade com um maior número de Espíritos, que nascem sob o mesmo teto que nós. Dessa forma, nossa família espiritual se amplia e os laços de bem-querer se solidificam a cada nova possibilidade de convívio. Podemos constatar essa realidade no amor que nutrimos pelos amigos, que não fazem parte da parentela corporal, mas com os quais temos laços sólidos de afeição. Se o amor ao próximo é lei da vida, teremos, mais cedo ou mais tarde, que aprender esse amor. E nada mais lógico do que começar pelos familiares, que a sabedoria das Leis Divinas reuniu no mesmo lar. Portanto, viver em família é um grande desafio e, ao mesmo tempo, um importante aprendizado, pois o convívio diário nos dá oportunidade de aparar as arestas com aqueles que por ventura tenhamos alguma diferença. Nascendo no mesmo reduto familiar é mais fácil superar as desafeições, pois os laços de sangue ainda se constituem num ponto forte a favor da tolerância e da convivência pacíficas. É por essa razão que existe a família: para que aprendamos a nos amar como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Criador.  Em­ma­nu­el nos en­si­na com mui­ta pro­pri­e­da­de, no li­vro Leis de Amor, psi­co­gra­fia de Chi­co Xa­vi­er que: “De mo­do ge­ral, nas leis do des­ti­no, o ma­ri­do fal­to­so é aque­le mes­mo homem que, um dia, in­cli­na­mos à cru­el­da­de e à men­ti­ra. E a es­po­sa de­se­qui­libra­da? (…) é aque­la mu­lher que, cer­ta fei­ta, re­le­ga­mos à ne­ces­si­da­de e à vi­ci­a­ção. E quem são os fi­lhos-pro­ble­mas? São aque­les mes­mos Es­pí­ri­tos que pre­ju­di­ca­mos, desfigu­ran­do-lhes o ca­rá­ter e en­ve­ne­nan­do-lhes os sen­ti­men­tos” – con­clui. Sen­do as­sim, “o Es­pí­ri­to re­nas­ce no mes­mo meio em que já vi­veu, es­ta­be­le­cen­do de no­vo re­la­ções com as mes­mas pes­so­as, a fim de re­pa­rar o mal que lhes ha­ja fei­to”, con­for­me ex­pli­ca­ções do Capitulo V de “O Evan­ge­lho Se­gun­do o Es­pi­ri­tis­mo”. Po­de-se en­ten­der, daí, as bri­gas cons­tan­tes, e sem ex­pli­ca­ção, se ob­ser­var­mos ape­nas o la­do ma­te­ri­al da si­tu­a­ção, en­tre os ca­sais, en­tre pa­is e fi­lhos, co­mo, por exem­plo, os pa­is que re­jei­tam seus fi­lhos ain­da be­bês, que nun­ca lhes fizeram mal nes­ta vi­da, pois aca­ba­ram de nas­cer, as dis­pu­tas vi­o­len­tas en­tre ir­mãos, en­tre avós e ne­tos, tios e sobri­nhos, etc. O espirito Hammed, pela psicografia de Francisco do Espirito Santo Neto escreveu: “Nasceste no lar de que precisavas. Vestiste o corpo físico que merecias. Moras no melhor lugar que Deus poderia te proporcionar, de acordo com teu adiantamento. Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades; nem mais nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização. Teus parentes e amigos são as almas que atraíste com tuas próprias afinidades. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, são as fontes de atração e de repulsão na tua jornada vivencial. Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograma tua meta. Busca o bem e viverás melhor”.  Ainda sobre o tema FAMILIA, transcrevi alguns trechos de perguntas e respostas extraída do site espirito.org. 1) Dizem que os maiores carmas a serem cumpridos são os de dentro da família? Isso sendo verdade, como fazer para tentar nos corrigir e resgatar o carma? Primeiramente, é muito importante entender o que seja “carma”. Carma nem sempre é dor e sim ação. A realização do ser eterno, através de milênios é o que chamamos “carma”. O que ocorre é que no núcleo familiar a espiritualidade planeja reajustes. É fácil, fora de casa, nos afastarmos das pessoas. O mesmo não ocorre com os familiares e consanguíneos. É importante observar que no núcleo familiar, sempre existe alguém que vem para o apoio e crescimento da família.  2) Por que existem pessoas tão boas com filhos muito perversos? Como fica, então, A Lei de Atração de igual espécie nesses casos? O conhecimento da reencarnação nos orienta quanto as consequências dos nossos atos e aí relembramos as palavras do Cristo: “Cada um colhe aquilo que semeia”. A mãe amorosa de hoje nem sempre o foi ontem. Não existindo acaso na Lei, os reencontros obedecem a critérios sábios. 3) Por que hoje as pessoas estão cada vez mais distantes da família e as famílias cada vez mais separadas e desestruturadas, já que estamos evoluindo e não retrocedendo? Antigamente, aparentemente existia mais união. Como verificar nos casos mais recentes de desestruturação familiar evolução? Nós não sabemos se realmente existia mais união no passado. Na verdade, as coisas não eram claras como são hoje. Nós não estamos retrocedendo. Pode ocorrer que mediante um planejamento reencarnatório que exija mais esforço e dedicação, não desenvolvamos boa vontade para atingirmos objetivos traçados. Quem se une não se separa. Se chegamos à amizade, jamais retornaremos à inimizade. Sabemos, através de estudos, pesquisas e vivências que esses mesmos separados no grupo familiar, já são indiferentes de ontem. Cabe-nos um trabalho sincero para auxiliarmos, de alguma maneira, a esses mesmos que não entenderam ainda o valor de compartilhar, de ser útil de dar e receber, crescendo juntos. 4) Fale um pouco sobre a passagem quando Jesus diz: “Onde está minha mãe e onde estão meus irmãos?” Bem, se hoje o apego é tão grande entre familiares e consanguíneos, muito mais o era há dois mil anos atrás. Jesus enobrece e dignifica todos os companheiros do Colégio Renovador quando interroga: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E diz que “minha mãe e meus irmãos são todos aqueles que cumprem com a vontade do Pai que está no Céu”. Vamos refletir que Jesus não estava discriminando os mesmos que se encontram indiferentes ao Criador. Destacava, o Mestre, a amizade, o respeito e a compreensão que existem entre aqueles que se reconhecem irmãos, filhos de um mesmo Pai. Finalizo o estudo desta noite lendo uma mensagem ditada pelo Espírito Maria Dolores, Do livro: Alma e Vida, psicografia de Chico Xavier: “Família é o ponto de encontro, que a vida, em si, nos oferta, para a conta viva e certa do que se tem a fazer; Às vezes, indica empresas de amor, renúncia e talento, de outras, é o pagamento de débitos a vencer. No lar, ressurgem afetos, dedicações incontidas, riquezas em luz de outras vidas no tempo, a se recompor; Mas também, dentro de casa,  é que o ódio de outras eras, abre feridas austeras, reconduzindo ao amor. Vemos pais largando os filhos com desprezo e indiferença, e os filhos em turba imensa combatendo os próprios pais, parentes contra parentes, lembrando aversões em brasa, unidos na mesma casa sob direitos iguais. Se sofrimento em família é o quadro em que te renovas, tolera farpas e provas, aceitando-as, tais quais são!… Não fujas!…Suporta e avança!… Seja tolerância, aonde vás, Segurança pede paz e a paz é luz do perdão”. Enfim, somos todos uma única família cósmica universal, onde somos irmãos do mesmo pai, que é Deus. Ao internalizarmos isso teremos mais facilidade em compreender nosso familiar mais embrutecido e teremos resignação para buscar o entendimento com o espírito que nos foi confiado ao convívio familiar. Somos irmãos, nos amemos, pois, que Jesus Cristo já nos abençoou a eterna família do globo terrestre.

Lembremos sempre que hoje somos o melhor de nós.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da Alma.  Paz e Luz para todos!


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terça-feira, 17 de setembro de 2019

AUTOSSABOTAGEM


Hoje falaremos sobre AUTOSSABOTAGEM. Sabotagem é sinônimo de “destruir, danificar”. O que leva alguém a sabotar os outros já não é aceitável, agora, imagine o que leva uma pessoa a sabotar a si mesmo? Parece que não faz sentido, certo? Pode não ser lógico ou consciente, mas fazemos isso o tempo todo. Em outras palavras podemos dizer que a autossabotagem é quando criamos obstáculos e empecilhos – de forma consciente ou inconsciente – que nos atrapalham na hora de realizar tarefas ou conquistar nossos objetivos. Autossabotagem é tudo aquilo nos impede de chegar aonde sempre desejamos estar. É uma limitação que nos impomos ou criamos. É  querer emagrecer, mas adiar o início dos exercícios físicos. É querer conquistar as metas, mudar de emprego, ganhar mais, mas não investir em treinamento e desenvolvimento. É querer subir no plano de carreira, mas centralizar o poder, e não confiar nas pessoas da sua equipe para delegar o trabalho como líderes. Vou citar alguns pensamentos sabotadores que brotam em nossa mente quando a autossabotagem fica a nosso lado: 1) “Na semana que vem eu começo a academia porque essa semana tenho que me preparar para aquela apresentação…”; 2)  “Cheguei atrasada porque o trânsito dessa cidade está impossível!”; 3) “Consegui um emprego em uma empresa super bacana com plano de carreira excelente, minha chefe apóia meu desenvolvimento, pena que… é tão longe e tenho que trabalhar muito para conseguir ganhar um bom salário… tão desgastante…”; 4)  “Eu adoraria ir mas não posso dirigir.. sou péssima pra fazer baliza..”; 5) “Estou há anos na procura.. está tão difícil achar um parceiro.. não dá para confiar em homem nenhum…”. A autossabotagem pode ser entendida “quando você é o seu pior inimigo”, sendo que a origem da autossabotagem pode estar lá atrás: na infância, no núcleo familiar que é onde adquirimos referências e construímos nossa base de percepção e atuação no mundo, incluindo traumas, assimilação de traços da personalidade de quem convivemos, sentimentos de abandono, rejeição, culpa, entre outros anseios. Esse comportamento pode ser tão grave ao ponto de provocar obesidade, depressão, transtornos de ansiedade, pensamentos suicidas, diabetes e, em casos mais graves autoflagelação que é o ato de causar dor a si mesmo e de se castigar fisicamente e, às vezes, também emocional e mentalmente. Na prática, este é um ato de autopunição que faz com que a pessoa acredite que, ao se machucar e causar dor física, ela irá amenizar sua culpa ou mesmo sofrimento. Quantas vezes você já teve vontade de fazer algo, mas logo depois desistiu, por preguiça, medo, falta de vontade, falta de garra?; Quantas vezes você quis muito algo, mas logo depois deixou-se levar por pensamentos como: “não vai dar certo“, “nem vale a pena tentar”, “nunca consigo fazer isto“, “não sou capaz“, “já não tenho idade pra isso“, “não sei se sou merecedor(a)“, “não tenho forças“, “não tenho dinheiro“, “não tenho tempo“, etc, etc?.  Se estas frases são familiares, então muito provavelmente você tem tido a companhia do seu lado sabotador. Veja bem, isso não tem nada a ver com espirito obsessor soprando no seu ouvido. É você mesmo se desmerecendo, se desvalorizando, se desacreditando. Ao longo da vida desenvolvemos as chamadas crenças limitantes, que são como pequenos bichinhos, quase sempre inconscientes, que corroem nosso potencial de expansão e sucesso, nos impedindo de nos aproximarmos da nossa melhor versão e, consequentemente, nos impedindo de progredir. Transformar uma crença limitante é como perder a direção do navio que já se acostumou a navegar pela mesma direção. Tomados por essas crenças a cada passo nos sabotamos, culpamos o meio pelos nossos fracassos, lançamos mão de nossas responsabilidades pelo simples prazer de nos colocarmos no lugar de vítimas, incapazes e coitadinhos. Você deve estar pensando: “eu não faço isso”, só que faz, em algum momento da vida já fez e pode ser que ainda faça. Com menor ou maior frequência, em uma ou várias áreas, todos nós fazemos. Lembremos que somos seres em construção. Seja no trabalho, no amor ou com a família, estamos sempre culpando os outros pelos nossos atos e pela nossa falta de realização, quando deveríamos ter olhares mais atentos para nós mesmos. Não podemos negar que as outras pessoas tem influência em nossa vida, afinal de contas vivemos em sociedade. Mas entre influenciar e controlar, existe um longo caminho. Só você tem a capacidade de controlar sua vida, e essa é uma daquelas verdades dolorosas porém profundamente libertadoras, pois se sou eu o único responsável pela minha vida, eu posso escolher o caminho que quero tomar; posso ser feliz, por ser bem sucedido, posso ser realizado, posso ser a melhor versão de mim. Nós, seres humanos, tão acostumados com o conhecido, tendemos a evitar tudo aquilo que nos coloca em contato com o desconforto sem notar que assim estamos perdendo a chance de explorar novos oceanos e de aprender a voar. A maioria das pessoas ainda acredita que falar de autoajuda e reforma interior é loucura, mas a verdade é que não tem ninguém mais nesse mundo que possa te ajudar. Não há bom amigo, familiar, líder religioso, psicólogo, mentor que consiga te salvar dos seus próprios desconfortos se você não estiver disposto. Desafie-se diariamente a enxergar onde você está se sabotando, quais crenças você precisa transformar; saia do vitimismo, da zona de conforto, se jogue em queda livre e aproveite o vento. NÃO HÁ NADA MAIS PODEROSO QUE SE COLOCAR NO SEU LUGAR ENQUANTO ÚNICO RESPONSÁVEL PELO SEU CAMINHO. A autossabotagem refere-se aos comportamentos onde criamos problemas que interferem em nosso objetivo, com pensamentos negativos que fazem com que de forma inconsciente nossas ações vão em sentidos opostos ao que planejamos. Quando estamos bem, quando tudo está correndo como o planejado entra em cena a autossabotagem, a traição começa dentro de nós mesmos. O grande inimigo a vencer não se encontra lá fora e sim dentro de cada um de nós e age no silêncio do dia-a-dia, escondido entre os nossos medos, anseios e dificuldades. Dificilmente percebemos que nos autossabotamos.  Por que isso ocorre? O que acontece quando estamos muito bem e as pessoas do nosso círculo não estão bem?  Na maior parte do tempo nos sentimos culpados. Sentimos que não somos merecedores. Muitas vezes não bastam os obstáculos naturais que a vida e as situações nos colocam, somos mestres na arte de encontrar dificuldades, criar obstáculos e complicar tudo o que puder ser facilitado. Todos nós queremos as mesmas coisas, que é a realização, o sucesso e a felicidade em todos os aspectos. Na maioria das vezes, é muito difícil entender que as dificuldades que encontramos no caminho estão saindo exatamente da mesma fonte, ou seja, da nossa cabeça, da nossa maneira de pensar e de agir. Mentimos para nós mesmos. Nos enganamos e usamos muitos disfarces e desculpas. Cada vez que duvidamos da nossa capacidade em superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior, que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes não queremos pensar no que estamos sentindo já que temos dificuldade para lidar com os nossos sentimentos sem julgá-los. Enfrentar nossos sentimentos requer de nós sinceridade e compaixão. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Somente pelo processo de autoconhecimento, bem como o conhecimento real dos nossos objetivos, anseios e metas, onde queremos chegar e quais os caminhos e métodos que iremos escolher para alcançar, é que podemos entender se estamos ou não nos sabotando. E, se estamos fazendo isso, por que estamos tendo essa atitude, por que estamos sendo inimigos dos nossos próprios sonhos e desejos? Todo comportamento possui uma origem que surge em nosso pensamento. A coisa é simples: são nossos pensamentos que geram nossas ações e são essas ações que geram os resultados que buscamos. Quando negamos esse fato e culpamos outras pessoas ou outras coisas por nossos infortúnios, podemos já identificar o primeiro comportamento sabotador. Projetamos para fora nossas responsabilidades, atribuindo ao outro a responsabilidade de nossa felicidade. Vou citar mais um exemplo de como é esse processo de autossabotagem: Você precisa estudar para uma prova, mas chega em casa e passa a noite inteira no celular. Acontece. Mas promete que vai estudar no dia seguinte. Quando chega em casa faz a mesma coisa. E de novo. E de novo e de novo. Chega a prova e vai mal, mas promete a si mesmo que na próxima vai estudar. E volta para o mesmo ciclo de não fazer as coisas que deveria fazer. Você está se autossabotando. A autossabotagem apesar de ser uma atitude destrutiva não é algo intencional. Outro exemplo: você se inscreve para prestar uma prova de um concurso público com um cargo importante e com bom salário. É algo que você almeja, mas lá no fundo, acha que aquilo é bom demais para você. Automaticamente, você coloca uma trava na sua cabeça de que nunca vai chegar lá. Que o teste é difícil demais e que você não te chance. Assim, começa a se autossabotar antes mesmo de colocar a caneta no papel da prova. Toda vez que a pessoa faz algo que atrapalha, atrasa ou impede seu crescimento pessoal em todas as áreas da sua vida é autossabotagem; Toda vez que a pessoa omite de fazer algo que contribuirá para sua evolução é autossabotagem; Toda vez que a pessoa não faz o que aumentaria seu crescimento pessoal é autossabotagem. O crescimento pessoal ou evolução é um imperativo do Universo. É impossível fugir dele. Quer gostemos ou não, é uma necessidade. Portanto, é inteligente fazer da necessidade uma virtude. Isto é, trabalhar sem cessar para crescer em todos os aspectos da vida. Isto significa melhorar e crescer em todas as áreas, todos os dias.  A autossabotagem não faz parte do nosso quadro de expiações e provações e surge por causa de nossa invigilância e desatenção para com oportuna recomendação de Jesus, segundo anotações de Mateus: “Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado”.. Sabe o que Jesus estava querendo dizer com essas sábias palavras? Esse reino de Deus, ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, como sendo um lugar sagrado onde as almas que foram salvas e perdoadas dos seus pecados farão morada, não é nada disso. Esse reino é o nosso SER. Ao pronunciar essas palavras ele está dizendo que o reino de Deus significa encontrar a nossa essência, ou o nosso EU SUPERIOR, como muitos autores dizem. Ao encontrarmos nossa essência, descobrimos a nossa verdadeira missão de vida na Terra e isso nos dá um imenso sentimento de felicidade, realização pessoal e a prosperidade, todos os campos da nossa vida se equilibram e nossa existência se transforma no próprio paraíso, nossa vida passa a ser o céu aqui mesmo na Terra. Isso tem a ver com a Reforma Interior tão falada em nossos estudos. Vou explicar de forma bem simples para que você entenda melhor: Se encontro o meu eu superior e passo a viver o aqui e agora e se estou endividado, essa mudança me levará a tomar consciência de que preciso antes de mais nada, pagar minhas dívidas atuais para nunca mais contrair novas dívidas, assim eu limpo o meu nome de todas as dívidas. Se estou deprimido ou doente, essa vibração positiva vai curar todas as minhas doenças. Se estou convivendo com pessoas que me fazem mal, essa minha luz interior vai afastá-las de mim, porque elas vão se sentir ofuscadas pela minha mudança interior. Se estou com problemas na família, minha mudança de postura me levará a lidar com eles de uma forma sábia. Eu saberei falar com eles com mais amor, com mais aceitação, com mais carinho, e desta forma, vou pouco a pouco harmonizando a convivência. Percebe como estou levando essa reflexão para todos os campos da nossa vida? Imagine o que vai acontecer com você depois que consertar tudo que estava com problemas? Dinheiro, trabalho, amigos, relacionamentos, saúde, missão de vida etc. O resultado final é a FELICIDADE, você se sentirá em paz consigo, com a existência e com todos os seres. Como já dissemos, nem sempre a voz que sopra no nosso ouvido é um espirito obsessor, pode ser autossabotabem. Só para esclarecer melhor, no espiritismo, doutrinada difundida por Allan Kardec e Chico Xavier, obsessor é o nome que se dá aos espíritos que acompanham algumas pessoas encarnadas no plano terrestre, com a intenção de fazer o mal e atrapalhar a evolução da pessoa obsediada. O objetivo do obsessor é, literalmente, infernizar a vida do encarnado, seja sugando a energia, semeando dúvidas e discórdias mentais ou arquitetando uma série de confusões na vida da pessoa que ele escolheu aterrorizar. A pessoa obsediada, por sua vez, na maioria das vezes, nem desconfia que carrega ao seu lado alguém com a missão de sabotar cada passo da sua vida. E só descobre o fato quando procura algum tipo de ajuda espiritual para os problemas intermináveis que se sucedem em sua vida. A essa altura, você deve estar se perguntando: mas por que esses espíritos obsessores agem assim? Por vingança, na maioria das vezes. Cada caso é uma caso, mas em geral, os espíritos obsessores perseguem suas “vítimas” encarnadas para se vingar de fatos que aconteceram no passado, ou outras vidas – devido à lei do Karma, de causa e efeito. Alguns obsessores, por outro lado, são atraídos por algumas pessoas em razão da baixa sintonia, ou padrão energético da pessoa encarnada… Ficou difícil? Explico melhor… sabe aquelas pessoas pessimistas com atitude derrotista que se fazem de vítimas e só reclamam da vida? Pois bem, o nível de vibração emitido por essas pessoas encontra ressonância com o mesmo nível energético de alguns espíritos obsessores. Quando isso acontece… Bingo! Os pares são atraídos e não se desgrudam mais. O obsessor age como um vampiro energético. E quanto mais a pessoa encarnada se afunda em suas neuroses e problemas, mais alimenta e reforça a ligação com o obsessor. A questão é que muita gente (em especial espíritas e pessoas com alguma compreensão da espiritualidade) costumam interpretar esse cenário de maneira torta, pela parte que lhes convêm. Ou seja, toda vez que alguma coisa dá errado, ou quando a pessoa vivencia uma fase turbulenta, a primeira coisa que ela faz é colocar a culpa no obsessor. Afinal, é mais fácil e confortável colocar a culpa no outro do que reconhecer o erro em si mesmo. Ao tomar essa atitude, a pessoa continua usando o chapeu inseparável de “vítima” e alimenta um ciclo interminável que, invariavelmente, termina no fim do poço. Lembre-se: você é responsável por suas atitudes e pelas energias que atrai, assim como pelo mundo que você constrói a sua volta: “cada palavra de ódio, de rancor, de autopiedade que sai da sua boca é uma pedra que você mesmo bota no seu caminho”. Manter uma atitude positiva é fundamental para rompermos velhos padrões e vícios, abrindo espaço para que a positividade e prosperidade seja atraída em nossa direção. As flores no seu caminho precisam ser regadas constantemente. O plantio e a rega dependem de você. Finalizo o estudo de hoje com o trecho da música de Gabriel, o Pensador: “Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.  A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente. E quando a gente manda ninguém manda na gente. Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura. Na mudança de postura a gente fica mais seguro. Na mudança do presente a gente molda o futuro”.

Lembremos sempre que hoje somos o melhor de nós.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da Alma.  Paz e Luz para todos!


FONTE:
http://blogs.opovo.com.br/artesanatodamente/2015/10/16/o-real-significado-da-passagem-buscai-primeiro-o-reino-de-deus/

segunda-feira, 2 de setembro de 2019


Inicio o estudo de hoje lendo um trecho de Mateus, 8:23-27 (capitulo oito, versículo 23 a 27): “Aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos, estamos perecendo! Ele lhes disse: Por que estais temerosos, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e houve grande calmaria”. Nesta passagem, conhecida como “A tempestade acalmada”, os evangelistas narram o episódio em que Jesus e seus discípulos faziam uma travessia de barco no lago de Genesaré, quando repentina e forte tempestade surpreendeu a todos. No transcurso da viagem, Jesus adormecera. Tendo medo, os discípulos despertaram o mestre, suplicando-lhe socorro para aquele momento de tormenta. É então que Jesus os adverte em relação à falta de fé e movimentando os recursos que Lhe eram próprios, acalma a tempestade. Esse ensinamento nos estimula a uma reflexão profunda e importante em relação à nossa fé. A palavra “fé” vem do latim “fides” significa finalidade, acreditar em algo que seja verdadeiro. A fé é histórica e essencial para a natureza humana, pois ela fortalece o espírito e clareia a nossa encarnação. Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo “A fé que transporta montanhas”, diz que a fé sincera e verdadeira é sempre calma e paciente. É sobre aquela confiança que se deposita na realização, na certeza de atingir um objetivo.  Kardec ainda esclarece: “Cumpre não confundir a fé com presunção. A verdadeira fé se conjuga a humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.”  Precisamos deixar para trás erros e enganos que cometemos, pois assim navegaremos no barco da vida em companhia do Mestre Jesus. Diante de qualquer obstáculo, busquemos sempre o Cristo em prece e em renovação em nós mesmos, a fim de não desanimarmos, sempre na certeza de que Ele é o “Caminho, a verdade e a vida ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João, 14:6). Em todos os tempos da humanidade, as crises estiveram presentes: crise familiar, crise financeira, crise social, crise de emprego, crise religiosa, crise moral, mas a pior crise que pode existir é a crise de esperança e de fé em nosso coração. A doutrina espírita, ao esclarecer sobre a reencarnação e a imortalidade da alma, mostra-nos que, diante das crises, não podemos perder a esperança, pois as experiências que enfrentamos são frutos das nossas necessidades e escolhas. O espírito Humberto de Campos, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Boa Nova, capítulo “O Bom Ladrão”, narra que dias antes da crucificação de Jesus, Tomé e outros discípulos comentavam sobre o problema da fé. Em suas colocações afirmavam que a fé era virtude dos cultos, da sabedoria e da inteligência; outros entendiam que vinha da vontade. Entretanto, chamado às explicações, o Mestre esclareceu que a fé pertence, sobretudo, aos que trabalham e confiam e principalmente aos que são fiéis a Deus. Continuava a sua dissertação, informando que para estes “tê-la no coração é estar sempre pronto para Deus”. Neste mesmo capítulo informa Humberto de Campos que dias depois no momento da crucificação, fora Jesus abandonado pelos seus discípulos, quando estes demonstraram medo ou desconfiança em relação ao fato, constatando-se assim que sua fé ainda era vacilante. Narra ainda que Tomé, em vestes diferentes para não ser reconhecido, acompanhava o corajoso Messias passo a passo. Em suas reflexões Tomé questionava o destino reservado ao Mestre, que mesmo diante de todo o bem e amor praticado, de toda verdade anunciada, teve um fim tão sofrido e triste. Mas interrompendo suas reflexões, aproximou-se de Jesus, relembrava as cenas mais singelas do apostolado, em especial o estudo recente que tivera sobre a Fé. Foi então, que observou o diálogo entre Jesus e o Bom Ladrão: “– Senhor! – disse o ladrão, ofegante – lembra-te de mim, quando entrares no teu reino!”. Jesus endereça o olhar a Tomé e o esclarece: “– Vês, Tomé? Quando todos os homens da lei não me compreenderam e quando os meus próprios discípulos me abandonaram, eis que encontro a confiança leal no peito de um ladrão”.  É preciso entendermos que mesmo diante das dificuldades, das “tempestades” em nossas vidas, como a vivenciada pelos apóstolos e Jesus, não podemos perder a certeza de um futuro melhor e da resolução dos nossos problemas. Durante o nosso dia-a-dia, enfrentamos diversas provações o tempo todo, essas dificuldades nos forçam a olhar para Deus e a fazer brotar a fé Nele, fé esta que habita dentro de cada um de nós, ao invés de confiar somente em nós mesmos. Não importa o tamanho da nossa “onda”, do nosso problema ou da nossa provação, Deus vai estar lá para nos ajudar a enfrentá-la. Naquela passagem de Mateus, Jesus estava dormindo e os discípulos acharam que pelo fato Dele estar dormindo, eles iriam perecer, morrer na tempestade. Eles estavam estranhando a calma de Jesus, o seu silêncio, durante toda a tempestade. Mas Ele não iria deixar de agir! Deus age, por mais que para você Ele esteja parecendo em silêncio! Vou ler uma mensagem extraída da internet, onde a autora assina como Rose, que diz mais ou menos assim “De onde vem os homens de pouca fé?? Vem de nós mesmos!!  De nossos pensamentos negativos, de nossa falta de força, de nossa ignorância e muito mais que construímos dentro de nós. A fé é intangível, mas ela é a alavanca que nos impulsiona para frente e sem dúvida para o alto. A fé transporta montanhas e por não acreditarmos nisso é que não conseguimos transportá-las. A cada dia que passa, mais temos que nos fixar nos estudos, na Doutrina, para olharmos para frente e ver que a fé não pode estar na nossa frente, nem atrás de nós, ela tem que estar dentro de nós! E nós por nossa vez, temos que coloca-la em todas as nossas atitudes, em todo o nosso dia-a-dia. A fé é a verdadeira palavra de sabedoria que poderá sair de nossa boca. Se falarmos com fé e sensatez, tudo o que devemos trazer para fora do nosso coração, vamos estar apoiados no bem.  A fé nos leva à felicidade, à serenidade, à certeza de que somos filhos de Deus e Irmãos uns dos outros. A fé não abala, mas sim fortalece, edifica a palavra de Jesus, para uma reforma interior, para uma vida de afazeres glorificantes e harmonioso. Somos, com fé em Cristo filhos do mesmo Pai. E que Nosso Pai Bondoso, que nos deu a centelha de sua própria criação e vida, para estarmos aqui evoluindo o nosso espírito, com fé, Amor e caridade. Graças a Deus, tenhamos fé sempre”. Você é uma pessoa de fé ou de crença? Você pode crer que Deus existe, que Ele criou o universo e acompanha cada passo que nós damos. Isso, não faz de você uma pessoa de fé. A fé vai muito além do crer. Fé é entrega. É fácil ter fé? Que nada. É um desafio gigantesco. Até Chico Xavier tomou uma bronca cobrando a demonstração da fé que possuía. Só para relembrar aqueles que puderam assistir ao filme de Chico Xavier, durante uma viagem aérea, o avião começou a balançar demais e os passageiros entraram em pânico. Nem o Chico escapou. Começou a pedir apoio de Nossa Senhora e a ajuda dos céus. Nisso, chega Emmanuel e lhe dá uma tremenda bronca. Ele, então, mesmo apavorado, se cala. Entrega o controle e espera para ver o que acontece. Quando a aeronave deixa de balançar, agradece aliviado. Ainda falando em Chico Xavier e Emmanuel, a pergunta 354 do livro "O Consolador" define quer ter fé é como "guardar no coração a luminosa certeza de Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade. Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer ‘eu creio’, mas afirmar ‘eu sei’, com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento". Os grandes desafios da vida exigem fé. Fé sincera e verdadeira. A nós cabe seguir sempre no caminho do bem. Precisamos nos esforçar para construir, temos de cultivar nossa melhor semente, regar através de nossas ações, sabendo que assim teremos uma colheita. A nossa safra pode não ser exatamente aquela que esperamos. Estamos sujeitos a sofrer tempestades que danificam nossa folhagem. Não sabemos o que irá nos acontecer, mas conhecemos a lei de ação e reação. O bem gera o bem. Esse é o caminho. Entregue-se!  Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro “Vinha de Luz” esclarece: “A fé representa a bússola, a lâmpada acesa a orientar-nos os passos através dos obstáculos; localizá-la em ângulos inferiores do caminho é um engano de consequências desastrosas, porque, muito longe de ser uma alavanca de impulsão para baixo, é asa libertadora a conduzir para cima”. Meus irmãos, ter fé é reconhecer em nosso íntimo algo que é muito maior que nós e que é responsável por tudo a nossa volta, inclusive por nós mesmos. É reconhecer-se criatura, acreditar e confiar no Criador. A fé é o maior tesouro da alma. É a grande luz que ilumina nossos destinos, enriquece nossa inteligência e exalta o nosso coração. Por isso, Jesus disse aos Seus discípulos: Se tivésseis fé do tamanho de uma semente de mostarda, diríeis a esta amoreira: transplanta-te para o mar e ela vos obedeceria. A fé é um tesouro que valoriza a alma, tal como o ouro no mundo valoriza o homem. No mundo material o homem é  considerado pelo que tem. No mundo espiritual cada um vale pela fé que possui. Para se possuir legalmente bens materiais, na Terra, é necessário trabalho, raciocínio e esforço. Para se adquirir a verdadeira fé também é indispensável o trabalho, o raciocínio, o estudo e o esforço. A prosperidade material é produto do trabalho. A prosperidade espiritual é uma conquista do Espírito. Allan Kardec deixou-nos o seguinte ensinamento: Fé verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da Humanidade. Deus tem concedido aos homens as mais variadas bênçãos, menos a fé. Por essa razão, vê-se em todas as religiões, pessoas capazes de nos cativar pela bondade, maravilharem-nos por sua paciência, atraírem-nos pela sua caridade. Entretanto, facilmente notamos também nelas a ausência da verdadeira fé. Por quê? Porque a fé não se adquire sem estudo, sem trabalho, sem o exercício do livre-arbítrio. A fé verdadeira é poderosa, mas não se impõe pela força. A cada um de nós foi dada a liberdade para buscar a verdade e abandonar o engano. A fé é o alimento que sustenta o Espírito. Não é a repetição automática de palavras decoradas que nos aproximam de Deus. Não é a oferta de valores e de bens que nos concederá a paz que tanto almejamos. Não serão rituais, nem trajes específicos que garantirão às nossas almas o consolo e a orientação de que necessitamos. Deus dispensa fórmulas para estender seus braços amorosos em nossa direção. Somente a fé verdadeira, que deve ser conquistada por cada um de nós, individualmente e à custa de esforço e dedicação, é que nos oferecerá tais bênçãos de forma efetiva e permanente. Encerro nosso estudo lendo um Salmo muito conhecido, que inclusive é intitulado por muitos como o Salmo da Fé. Falo do Salmo 23 que é um salmo de confiança no cuidado e na provisão de Deus. Nesse salmo, Deus é comparado com um pastor amoroso, que protege suas ovelhas. Deus abençoa e guarda aqueles que O amam. O Salmo 23 foi escrito por Davi que, antes de ser guerreiro e rei, foi pastor de ovelhas. Como pastor, Davi levava suas ovelhas para boas pastagens e até enfrentou animais selvagens ferozes para as proteger. Ele entendia a importância do pastor para a ovelha. No Salmo 23, Davi se imagina como uma ovelha com um bom pastor, que é Deus. Feche seus olhos e me acompanhe mentalmente: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias”.

Lembremos sempre que hoje somos o melhor de nós.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da Alma.  

Paz e Luz para todos!
  

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