segunda-feira, 29 de abril de 2019

NOSSA VIDA


Hoje o tema do nosso estudo é refletirmos um pouco mais sobre NOSSA VIDA. Inicio lendo um texto que foi extraído da internet intitulado O TREM DA VIDA, de um autor desconhecido, e diz mais ou menos assim “Nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques... Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim:  Nossos pais. Não é verdade? Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinhos, proteção, amor e afeto. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio.  Outros fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, pessoas que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes do nosso.  Isso obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas claro que isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles.  O difícil é aceitarmos que não podemos nos assentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa viagem é assim:  cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.  Façamos, então, essa viagem, da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes, e, certamente, alguém nos entenderá.  O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando:  quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meu filho viajando nesse trem sozinho será muito triste.  Separar-me de alguns amigos que nele fiz, do amor da minha vida,  será para mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando desembarquei. E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, posso ter colaborado para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, por conta da idade, o trem diminui a velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta... Quem entrará? Quem saíra? Eu gostaria que vocês pensassem no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo íntimo, deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas, como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros". Agradeço a Deus por vocês fazerem parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.” E falo disso porque estamos aqui, hoje, na Casa do Mestre, estudando sobre nossa jornada terrestre. Depois dessa bela leitura, te convido meu irmão, minha irmã, para que nos próximos minutos desse estudo que antecede nossos trabalhos, que possamos parar um pouco com nossos pensamentos e refletirmos profundamente sobre nossa viagem nesse trem, no trem da vida. Na sequência do estudo vou ler uma reflexão do psicanalista e educador holístico, Gilberto Pompermayer, que diz: “Viver é um desafio diário. A vida não nos dá trégua, não importa o momento pelo qual estamos passando, o mundo não vai parar para esperar que nós recuperemos o fôlego.  O trem continua andando e nós não podemos ficar para trás, ainda que em muitos momentos apenas tenhamos a vontade de contemplar a paisagem e deixar o trem partir por entre as montanhas.  É verdade que em alguns momentos precisamos recuar. Andar mais devagar, mas se paramos somos atropelados. O mundo exige de nós que sejamos fortes, mas isso não significa ser duros, nem com a gente e nem com os outros. É preciso encontrar um meio termo, nem muito ao céu e nem muito a terra.  A nossa saída, em muitos momentos, é aprender a ouvir o nosso coração. É ele que dá a nós o ritmo da vida. Em alguns momentos é preciso fazer silêncio para saber que passo dar, em qual estação do trem descer e como continuar a viagem. Nesta viagem, um medo enorme vai tomando conta da humanidade, passando a pensar de forma pequena, esquecendo que fazemos parte de um todo maior. Passe a pensar dentro de um contexto mais amplo e a fazer uma análise em sua vida. Talvez possamos aproveitar esta noite para uma reflexão, e pensar com tranquilidade sobre como temos levado nossa vida frente aos nossos semelhantes. Um bom ponto de partida para estas reflexões, propiciando novas perspectivas para nossa vida é entender o texto que li no inicio do estudo. Façamos então com que a nossa estada, nesse trem, seja tranquila e serena, que tenha valido a pena e que, quando chegar a nossa hora de desembarcarmos, que o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.” Como podemos ver, temos um chamado especial para que saiamos da loucura de vida que implantamos e pensemos mais no trajeto que temos percorrido até hoje e qual a direção que daremos para nós de hoje em diante. A cada dia que amanhece nos é concedida uma nova oportunidade de recomeçar e assim é nossa vida, uma nova descoberta a cada experiência. Trilhamos caminhos parecidos, no entanto, somos únicos, ninguém é igual a ninguém. No teatro da nossa vida, somos os protagonistas da mais bela peça criada pelo Autor da nossa história. Talvez, esta seja a maior riqueza de nossas experiências: interpretar o papel principal de nossa existência, ninguém, mas ninguém mesmo poderá fazer isso por nós. Na diferença do resultado que somos, aprendemos que a soma é mais importante que a subtração, e partilhar tem o mesmo valor de multiplicar. Somando alegrias e multiplicando esperanças conseguimos dividir o amor com cada companheiro de viagem. Cada vagão, uma vida; cada vida, uma história que compõe a mais bela sinfonia do universo. Cada estação nos trilhos da nossa história não significa um ponto chegada, mas ponto de partida. É no começo que descobrimos que não existe ponto final, mas sim parágrafos de frases inéditas que nascem do coração de Deus em nós. Sempre estamos a caminho e, nesse processo de percorrer e descobrir novas estações, outros passageiros embarcam conosco na aventura de construirmos o céu no cotidiano de nossa vida. Quanto aos desembarques temos sempre um aprendizado, pois se nossos pais desembarcam, de alguma forma cumpriu-se a dinâmica da vida, mas se por outro lado, se o desembarque ocorre com um filho ou filha, aí sim, quebra-se toda a hierarquia de quem “deve” morrer primeiro, no caso, os mais velhos deveriam partir antes dos mais novos. Porém esse trem da vida vai nos ensinando que por mais que a dor pareça insuperável, esse trem não para, continua firme e forte e quem dá a velocidade para ele somos nós.  Tem uma musica que fala também desse trem.. Foi uma das musicas mais tocadas em 2017, onde a compositora e cantora Ana Vilela, com apenas 17 anos naquela época, compôs  a música “Trem Bala” em um momento triste da vida dela. Ana afirmou que escreveu a canção para sua família, como uma forma de ressaltar a importância de aproveitar os bons momentos da vida ao lado das pessoas que são realmente importantes. A letra da música fala sobre a importância da família, do amor e das coisas simples, além de deixar clara a fragilidade da vida e a rapidez com a qual ela passa e muitas vezes não percebemos. A letra da música diz: “ Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si, é sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti, é sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz, é sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós, é saber se sentir infinito num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar então fazer valer a pena, cada verso daquele poema sobre acreditar, não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu, é sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu, é sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações, e assim ter amigos contigo em todas as situações, a gente não pode ter tudo, Qual seria a graça do mundo se fosse assim? por isso, eu prefiro sorrisos e os presentes que a vida trouxe pra perto de mim, não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar, e sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar, também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais, porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás, segura teu filho no colo, sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui, que a vida é trem-bala, parceiro, e a gente é só passageiro prestes a partir”.  Lembremos sempre que não devemos nos apegar às coisas, pois todas as coisas tem tempo para existir. O apego ira gerar, sem duvida, muito sofrimento, pois nada perdura. Vejam bem meus irmãos o tempo é muito precioso, não espere estar morrendo para compreender a sua natureza de espirito, para entender que você é um ser espiritual vivendo uma experiência terrena. Se conseguir entender isso vai descobrir recursos de bondade e compaixão que não sabia possuir e é a partir dessa mente de compaixão e sabedoria que você pode beneficiar os outros. O progresso espiritual começa quando resolvemos ser cuidadosos, quando nos colocamos no lugar do outro e vamos percebendo o quanto é destrutivo ferir ou matar qualquer ser, ainda que seja um inseto. Todos os seres querem viver, não só querem viver, mas também tem o mesmo direito seu, que é viver. Vou ler um trecho do livro “Um modo de entender, uma nova forma de viver”, de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado pelo espírito Hammed, que diz assim: “Que queremos realmente da vida? Para que vivemos? Qual a nossa busca verdadeira? Queremos mesmo viver a vida que levamos? Queremos mesmo fazer o que fazemos? Queremos mesmo estar com quem estamos? Há pessoas que jamais questionam sobre essas coisas porque não querem saber nada sobre si mesmas. São criaturas que agem impensadamente, sem medir o alcance de suas palavras e gestos, atos e atitudes. Não se dão conta das coisas em sua volta, não percebem as circunstâncias em que vivem. Agem de modo insensato e maquinal. São levianos e incoerentes, há neles ausência de reflexão – não têm nenhum domínio de suas faculdades naturais. Por outro lado, não são poucos os que se satisfazem em apresentar para si e para os outros respostas prontas, regulamentadas, banais, corriqueiras. Não se pode entender nada daquilo que não tenha vindo das próprias experiências e vias inspirativas. Igualmente, são inumeráveis aqueles que, julgando saber muito, limitam-se a repetir “frases feitas” retiradas de compêndios filosóficos e religiosos. Têm respostas para tudo, repisam conceitos ocos ou sem eco, tomam ares de intelectual, mas, em verdade, sentem enorme vazio interior. Cremos ser de grande utilidade à nossa estrada evolutiva prestarmos atenção reflexiva às palavras do Cristo Jesus: “Por isso vos digo: tudo quanto suplicardes e pedirdes, crede que recebestes, e assim será para vós”. Pedimos de fato o que desejamos? Pode ser que nos darão tudo aquilo de que não gostamos. Buscamos verdadeiramente nosso íntimo? Se não, acharemos coisas que nada têm a ver conosco. Batemos na porta que queremos? Talvez abrirão portas pelas quais não queremos passar. Se não sabemos o que queremos, para onde estamos indo? Como a Vida Maior vai facilitar a nossa caminhada se não sabemos qual é nosso rumo ou meta? Pensemos bem, reflitamos: sentir e viver a vida interior é muito mais do que ficar pensando nela. Necessitamos tomar uma atitude de observação interna e externa, de atenção perceptiva, junto com o anseio de encontrarmos o nosso verdadeiro lugar na vida, de entendermos o sentido das coisas que nos acontecem, visto que tudo tem um significado implícito. Cada criatura tem um jeito único de ser e crescer, um espaço exclusivo a ocupar neste mundo e um peculiar poder pessoal de mapear seu próprio caminho evolutivo. O que resulta da opinião alheia e nela se fundamenta é conceito relativo. O que deriva da realidade das coisas – o que se sente e o que se vive, e nela se baseia – é fato autêntico. A grande maioria das criaturas prefere enxergar por meio dos olhos dos outros; entretanto, devemos perceber a vida com nossos próprios olhos. Sabemos mesmo o que pedimos? Do contrário, poderemos viver existencialmente, sem paradeiro, como ambulantes sem rumo e sem porto. Diziam os antigos sábios: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. Quando temos um objetivo claro, o Universo inteiro conspira silenciosamente em nosso favor.” Encerro nosso estudo de hoje com uma bela mensagem de Emmanuel, pelas mãos abençoadas do nosso amado Chico Xavier: “Erros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas, desajustes crônicos!...Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!...Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça cada manhã. Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar. Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas. O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso não é motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, frequentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminho para o êxito desejado. Temos sido talvez desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam. Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo. O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver. Desfaçamos-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito!... Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima. Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e do aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções. Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las, mas nunca é tarde demais.”

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   

Paz e luz para todos.
  
Fontes:

quarta-feira, 24 de abril de 2019

O QUE É VALOR


Hoje o tema do nosso estudo é refletirmos um pouco sobre O QUE É VALOR.  Quando ouvimos a palavra VALOR é comum confundirmos com PREÇO. Preço é o que você paga (em dinheiro) e Valor é o que você leva no preço que pagou, como a felicidade na aquisição, o sentimento embutido. É por isso que dizem que “o homem tem valor e não preço”. Valor não se vende. Valor não se compra. Valores são nossos princípios, nossa moral, nossa fé, nossas atitudes. Seu valor pode ser medido pelo que você é quando está em em família, entre amigos. Valor é o que fazemos quando ninguém está por perto observando. Hoje em dia as pessoas sabem o preço de tudo, mas não sabem o valor de nada.” A vida é feita de muitas trocas. Necessitamos de algumas coisas. Adquirimos bens, pois afinal apesar de sermos espíritos vivemos num corpo físico e moramos num planta material. Saber o preço das coisas é quase uma condição para viver bem. O mundo dos negócios é hábil em colocar preços. Porém, quando se trata de saber o valor mesmo, nem sempre há critérios definidos. Na verdade o preço estabelecido nem sempre é coerente com valor. Por exemplo, quanto vale uma vida? Certamente a vida vale mais do que o mundo. E o valor de uma amizade? O valor da saúde, o valor da paz. O que é mais significativo nessa vida com certeza não tem preço. Simplesmente tem valor.  Muitos necessitam perder alguém para saber qual o valor que tinha. Outros, no entanto, intensificam as relações e os gestos pois sabem do imenso valor. Se você não souber o preço disso ou daquilo, isso não tem nenhum problema para sua vida, mas nunca deixe de saber o valor daquilo que o dinheiro não compra, que no caso é a sua vida, que é o que você tem de mais valor. Vou contar um texto que nos leva a refletir, diz mais ou menos assim: “Certa vez lendo um artigo de um famoso conferencista, comentando uma simples história em um de seus seminários, diante de uma plateia  de mais ou menos 250 pessoas, ergueu em sua mão uma nota de Cem Reais  e perguntou: Quem quer esse dinheiro?.. Muitas mãos se ergueram, ele prosseguiu dizendo. Eu darei esta nota a um de vocês, mas antes observem o que farei com ela. Amassou bem a nota com as mãos e depois erguendo-a novamente toda amassada, tornou a perguntar: E agora quem ainda quer essa nota?... Outra vez, muitas mãos se levantaram, o conferencista jogou a nota no chão, pisoteou-a  e continuou mostrando-a ao público, perguntando se ainda a queriam. Novamente muitas mãos levantaram outra vez, diante disso ele indagou.  Porque vocês ainda querem está nota, mesmo estando toda amassada? ... Porque ela continua tendo o mesmo valor que tinha antes de ser amassada, respondeu um senhor, muito bem disse o palestrante. Uma salva  de palma para ele!!! E completou, não importa o que eu faça com esta nota, todos nós ainda a queremos, pois ela não perde o seu valor. Quantas vezes situações idênticas a essa  acontecem em nossa vida. Somos amassados, humilhados, pisoteados pelas circunstâncias que se apresentam em nossos caminhos, porém jamais perdemos nosso valor e nossa condição de filhos de Deus.” No livro “Nas pegadas do Mestre”, o espirito Vinicius registra: “O homem vale mais do que o mundo inteiro com as suas jazidas, os seus diamantes e todo tipo de pedras preciosas. No entanto, esquecido de seu próprio valor, o homem consome-se e esgota-se na conquista do que é perecível. Perde-se na busca frenética de bens cujo valor é discutível, uma vez que só valem diante de convenções estabelecidas pelos caprichos e vaidades do próprio homem. Acostumou-se a dar elevada importância ao que tem valor muito relativo, ou não tem valor algum. Acaba esquecendo do valor de si próprio, positivo e incalculável. Ao dinheiro, à prata e ao ouro, bens considerados como preciosos, o homem sacrifica a si mesmo. Vende por moedas a sua paz de consciência e seu bem-estar. Exaure suas melhores energias na corrida incessante e cruel pela posse de tesouros e pela sensação ilusória de poder e glória. Por isso, equivocadamente, costuma-se julgar perdida a existência que transcorre na humildade de um lar ignorado, ou na reclusão de um hospital, porque se acredita que, em tais circunstâncias, o homem se vê impedido de buscar aquilo que se supõe valioso. No entanto, é certo que tais vidas podem ser tão fecundas e brilhantes quanto quaisquer outras. O mundo admira e se deixa levar por meras exterioridades. Ostentação e brilho seduzem os sentidos e enganam, por curto tempo, mentes despreparadas. O verdadeiro valor, porém, está no interior do homem. Está no seu caráter, nos seus sentimentos e na sua inteligência. Não é a forma que encerra o valor a que nos estamos referindo: é o Espírito; é a alma, o eu imortal, sede das faculdades e poderes cuja origem é divina. Desenvolver os próprios talentos é realizar o objetivo supremo da vida. Aquele que mais e melhor desenvolve seus próprios recursos mais aumenta o seu valor intrínseco. É tão importante e tão sagrada a conquista desse ideal que Deus, em Sua soberana justiça, mantém assegurada e intangível, em todos os homens, a possibilidade de realizá-la. O paralítico, o cego, o enfermo, não está impedido de visar, com êxito, o alvo grandioso da vida. Mesmo que encerrem o homem em um calabouço escuro e infecto, ainda assim ele conservará a capacidade de aprimorar seus sentimentos e galgar novos degraus na escala evolutiva. Mesmo que o algemem, acorrentem-no e cravem-no em uma cruz, mesmo dessa forma ele poderá ser um vencedor. Embora crucificado, apelando para suas próprias forças, ele logrará elevar-se das misérias da Terra, em direção às grandezas do Céu.” Podemos ler no Evangelho segundo Mateus, o que Jesus fala sobre a teoria do valor: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, para aproveitar o tesouro, ele vende tudo quanto tem e compra aquele campo. E também o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; e que, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.”; e ainda: “Não tentes reunir tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões dominam e roubam; mas reúne tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não dominam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”  E ainda temos uma frase onde um grande pensador afirmou: “O tesouro do sábio é a sua mente, e o do tolo, são seus bens.” Sim, porque o verdadeiro tesouro é aquele que podemos levar conosco para onde formos. Inclusive na viagem de volta ao mundo espiritual.  Vou contar uma historinha extraída do site momento espirita que retrata bem essa sutil diferença entre preço e valor: “Naquele dia de sol, Mário chegou feliz e estacionou o reluzente caminhão em frente à porta de sua casa. Após vinte anos de muita economia e intenso trabalho, sacrificando dias de repouso e lazer, ele conseguira. Comprara um caminhão.  Orgulhoso, entrou em casa e chamou a esposa para ver a sua aquisição. A partir de agora, seria seu próprio patrão. Ao chegar próximo do veículo, uma cena o deixou descontrolado. Seu filho, de apenas seis anos, estava martelando alegremente a lataria do caminhão. Irritado, aos berros, ele investiu contra o filho. Tomou o martelo das mãos dele e, totalmente fora de controle, martelou as mãozinhas do garoto. Sem entender o que estava acontecendo, o menino se pôs a chorar de dor, enquanto a mãe interferiu e retirou o pequeno da cena. Na sequência, ela trouxe o marido de volta à realidade e juntos levaram o filho ao hospital, para fazer um curativo nos machucados. O que imaginavam, no entanto, fosse simples, descobriram ser muito grave. As marteladas nas frágeis mãozinhas tinham feito tal estrago que o garoto foi encaminhado para imediata cirurgia. Passadas várias horas, o cirurgião veio ao encontro dos pais e lhes informou que as dilacerações tinham sido de grande extensão e os dedinhos tiveram que ser amputados. De resto, falou ainda o médico, a criança era forte e tinha resistido bem ao ato cirúrgico. Os pais poderiam aguardá-lo no quarto para onde logo mais seria conduzido. Com a morte no coração, os pais esperaram que a criança despertasse. Quando, finalmente, abriu os olhos e viu o pai, o menino sorriu e falou: Papai, me desculpe, eu só queria consertar o seu caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo. O pai, com lágrimas a escorrer pela face, em desconsolo, se aproximou mais e lhe disse que não tinha importância o que ele havia feito. Mesmo porque, a lataria do caminhão nem tinha sido estragada. O menino insistiu: Quer dizer que não está mais bravo comigo? Não mesmo, falou o pai. Então, perguntou a criança, se estou perdoado, quando é que meus dedinhos vão nascer de novo?... E na sequência vou ler outra historinha: “ Certa manhã, Carl Coleman estava indo de carro para o trabalho e bateu no para-lama de outro veículo. Ambos pararam, e a mulher que dirigia o outro carro desceu para ver o estrago. Ela ficou angustiada. Algumas lágrimas lavavam seus olhos preocupados, discretamente. Assumiu a culpa e disse que seu carro era novinho em folha. Fazia dois dias que havia saído da loja, e ela estava com medo de enfrentar o marido e a reação que ele teria. Coleman agiu com simpatia, mas precisava apresentar seus documentos e ver os dela. Ela, um tanto trêmula, retirou do porta-luvas um envelope contendo os documentos. Na frente dos documentos, escritas com a letra característica de seu marido, estavam as seguintes palavras: Em caso de acidente, lembre-se, querida: é você quem eu amo, e não o carro.  Meus irmãos como podemos ver as duas historinhas que acabei de contar nos trazem uma reflexão de suma importância para nossas vidas. Qual o valor que atribuímos às coisas? Será que, por vezes, nossas reações perante a ameaça de perda das coisas, não mostra que parecemos valorizar mais nossos bens do que nossos amores? Em acidente semelhante ao relatado, quantos escândalos, gritos e repreensões são ouvidos antes da simples pergunta: Você está bem? Ou Aconteceu alguma coisa com você? Será que lembramos daquilo que realmente é importante? É claro que o zelo, o cuidado pelo que temos é necessário, porém, nosso materialismo excessivo leva-nos a colocar os bens em primeiro plano. Acidentes ocorrem e podem acontecer com qualquer um de nós. Podemos ser motoristas hábeis, previdentes e cuidadosos e, mesmo assim, o risco desses incidentes ainda será grande, pois eles fazem parte do mundo em que vivemos. É triste perceber que algumas pessoas chegam a perder suas vidas, defendendo bens, acreditando que a reação a um assalto, por exemplo, evitaria o prejuízo. Ledo engano. O prejuízo é muito maior do que imaginamos, quando se trata de vidas humanas, de nossas vidas. Será que estamos lembrando daquilo que realmente é importante? Será que o pai de família não pensa que, numa pequena discussão de trânsito, num desaforo que ele não deseja levar para casa, está pondo em risco a sua vida, e todo o futuro de seus familiares? Podemos chamar de irresponsável a pessoa que acredita na reação violenta para resolver suas questões. Não nos deixemos enganar, valorizando mais um carro novo do que uma esposa, um marido; valorizando mais um enfeite caro de nossa casa do que um filho, um amigo. Se por hora perdermos os bens, ou se formos atingidos por um prejuízo financeiro, lembremos de que sempre poderemos conquistar tudo novamente, e que não estamos aqui na Terra para acumular bens e fortuna. Estamos aqui para aprender a amar, para crescer como Espíritos. Vivemos num mundo capitalista, onde impera a economia de mercado. Consequentemente, o preço dos mais diversos tipos de bens varia conforme a lei de oferta e procura. Se determinada mercadoria é rara, seu preço sobe. Quando há abundância de oferta, o preço tende a cair. Em decorrência do materialismo ainda vigorante no planeta, o desejo por bens materiais permanece muito forte em nossos corações. No afã de conquistar coisas consideradas raras e custosas, os homens empenham boa parte de seu tempo. No meio social, quanto maior a fortuna de alguém, mais ele será objeto de consideração e respeito. Ocorre que, embora as coisas materiais sejam necessárias à vida, elas não constituem um fim em si mesmas. Quem se preocupa em excesso com elas corre o risco de malbaratar seu tempo na Terra. A existência terrena é essencialmente efêmera. Ao morrer, ninguém levará consigo as propriedades que acumulou. Assim, importa considerar que os bens são meios para a atuação do Espírito sobre a matéria. Eles são meros instrumentos, que devem ser bem utilizados para o progresso, tanto de quem os possui, quanto da sociedade. Para agir com sabedoria no mundo, é preciso compreender a diferença entre preço e valor. Preço refere-se a unidades monetárias exigidas por coisas ou serviços. O preço depende da lei de oferta e de procura. Já o valor é algo intrínseco, próprio à substância do que se afirma valioso. Se ninguém deseja determinada mercadoria, por menos que se peça por ela, simplesmente não será vendida. Há bens muito valiosos, mas sem preço. A consciência tranquila possui valor inestimável, mas não pode ter sua importância quantificada em dinheiro, na lei de oferta e procura. Um homem não tem preço. O valor de uma pessoa é conferido por sua dignidade, por suas virtudes. Desse modo meus irmãos, cuide para não comprometer seu valor pessoal no anseio por coisas caras. De nada lhe adiantará acumular extensas riquezas, à custa de atitudes indignas. Ao final de sua vida, os bens materiais ficarão para trás, irão ficar aqui nesse planeta, por isso desfrute de seus bens, sem egoísmo, repartindo-os com seus semelhantes.  Viva cada dia procurando acrescentar valor a sua vida, mediante atitudes generosas e nobres, promovendo sua reforma intima. Ao término de sua existência, a paz que você tiver conquistado não terá preço, mas certamente será muito valiosa para onde você vai.  Se valorize, se ame, se queira bem e não permita que ninguém te diminua, que ninguém mate sua autoestima, que ninguém te rebaixe pelo que você é, pela vida que você tem, pelo lugar que você mora, pelo que você veste ou pelo pão que está na sua mesa.  As pessoas só podem interferir no que é nosso se nós permitirmos. Só podem nos ferir se nos colocarmos inferiores a elas. Só podem nos anular se não nos valorizarmos.  A dica é: “Valorize-se! Aprenda a enxergar tudo que existe na sua vida da maneira mais positiva possível”  Encerro o estudo de hoje lendo um texto intitulado QUANTO VOCÊ VALE escrito pelo poeta Paulo Roberto Gaefke: “Peça para um publicitário descrever um botão de camisa, você ficará deslumbrado com tantas funcionalidades que ele vai achar para o botão e vai até mudar o seu conceito sobre o “pobre” botãozinho. Peça para uma pessoa apaixonada descrever a pessoa amada, aquela pessoa bem “feiazinha” que você conhece desde a infância e vai até pensar que ele está falando de outra pessoa. O apaixonado enche a descrição de delicadezas, doçura e gentilezas, transformando a fera em bela em instantes. Peça para o poeta descrever o sol e a lua, e você vai se encantar pelos poderes apaixonantes da lua, pela beleza do sol que irradia seus raios como se fossem gotas do milagre divino no arrebalde da tarde quente onde o amor convida os apaixonados para viver a vida intensamente… Peça para um economista falar da economia mundial e tome uma lição de números e mercados, bolsas e câmbios oscilantes, inflação e mercados emergentes, e se não sair de perto, vai acreditar que em breve teremos a maior recessão da história e que a China é o melhor lugar do mundo para se viver. Agora, peça para uma pessoa desanimada ou depressiva falar da vida, do sol, da lua, dos botões, das rosas e do amor para você ver. Pegue um banquinho e um lenço e sente-se para chorar. É só reclamação, frustração, dores, misérias e desconfiança geral. Você sente a energia te contaminando, vai fazendo mal, vai te deixando sem forças, porque os desanimados, os reclamões e depressivos tem o poder “vampiresco” de sugar energias do bem e transformar em medo, e o medo paralisa as pessoas de tal forma que fica difícil até o mais simples pensar. E você? Como é que você descreve a sua vida? Quem é você para você mesmo? Como seria um comercial da sua vida? Como você venderia o produto “você”? Você é barato, tem custo acessível ou é daquelas figuras caras, daquelas que não tem tempo para perder com a tristeza e com o passado? Você tem 1001 utilidades? Alias, você vive em que século mesmo? São os teus olhos que refletem o que vai na sua alma, e o que vai na sua alma se reflete na qualidade de vida que você leva. É o seu trabalho que representa o seu talento, ou não. Por isso, não tem outro jeito, seja o melhor divulgador de você mesmo, valorize-se, esteja sempre pronto para dar o seu melhor, com seu melhor sorriso, com sua melhor roupa, com seu melhor sentimento, com suas melhores intenções, com sua gentileza sempre pronta para entrar em ação. Seja OMO, BRASTEMP, Lux de Luxo, e se for chocolate, que seja logo Godiva, belga e caro, porque gente especial igual a você não existe em nenhum mercado, e tem que valer sempre mais. V A L O R I Z E – S E!, não importa o que você faz, importa sim como você faz, isso sim, faz toda a diferença." Deus nos fez seres únicos, você não é igual a ninguém e ninguém é igual a você. Inicie desde já sua Reforma Interior. Como já dissemos várias vezes: a maior dificuldade para se fazer a tão falada Reforma Íntima é justamente saber o que devemos nos reformar – o que está errado na nossa vida, dentro de nós, e a partir daí, devemos passar para outra grande dificuldade que é praticar a tal Reforma em nossa personalidade, valores, modo de agir e até mesmo de pensar.

Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   

Paz e luz para todos.

Fontes:

quinta-feira, 11 de abril de 2019

MENTE SÃ, CORPO SÃO


Hoje o tema do nosso estudo é MENTE SÃ, CORPO SÃO. A citação em latim “Mens sana in corpore sano” é bem conhecida e significa “uma mente sã em corpo são”,derivada da Sátira 10 do poeta romano Juvenal. A frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida, sendo que ele escreveu: “Deve-se pedir, em oração, que a mente seja sã num corpo são. Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte, que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza, que suporte qualquer tipo de labores, desconheça a ira, nada cobice e creia mais nos labores selvagens de Hércules do que nas satisfações, banquetes e camas de plumas de um rei. Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio; Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude”. O corpo físico representa uma das maiores obras de engenharia que o ser humano conhece.  É um extraordinário universo constituído de partículas atômicas com suas múltiplas combinações, originando sistemas, órgãos, tecidos, células, moléculas e os demais campos energéticos que disso se originam. Tudo isso foi colocado à nossa disposição para que realizássemos nossa viagem de aperfeiçoamento na Terra. O zelo por esse veículo precioso, que é nosso corpo, nos dará condições para realizarmos, sem sofrimentos, uma jornada altamente promissora em nossa caminhada para o futuro. Kardec nos aconselhou: “Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem objetivo, pois que necessitais de todas as vossas forças para cumprirdes a vossa missão de trabalhar na Terra. Torturar e martirizar voluntariamente o vosso corpo é contravir a lei de Deus, que vos dá meios de o sustentar e fortalecer. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. O corpo não deve ser visto apenas como envoltório do espírito, mas também como um instrumento pelo qual o espírito busca aperfeiçoar-se cada vez mais”. Segundo Kardec, “normalmente, a encarnação não é uma punição para o Espírito, conforme pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de ele progredir”, quer dizer, através dos obstáculos enfrentados na existência corporal, o espírito encontra os meios de depurar-se.  Conforme as explicações dos espíritos à Kardec: “Se melhoram nessas provas, evitando o mal e praticando o bem; porém, somente ao cabo de mais ou menos longo tempo, conforme os esforços que empreguem; somente após muitas encarnações ou depurações sucessivas, atingem a finalidade para que tendem […] Teu Espírito é tudo; teu corpo é simples veste que apodrece: eis tudo”. Pelo que vimos até agora não adianta ficar culpando o corpo por isso ou aquilo que fizemos de errado, quem mora dentro desse corpo foi o responsável, ou seja, nosso espirito.  Já parou para pensar na beleza que é nossa chegada ao planeta terra, pois é através da nossa respiração que acionamos a matéria, e é também quando a respiração cessa que deixamos esse corpo, que voltamos para a pátria espiritual. Não podemos esquecer que o próprio Mestre Jesus classificou o corpo como “Templo do Senhor”. Para se ter uma ideia o corpo humano contém cerca de 100 trilhões de células, ou seja, você tem cerca de 100 trilhões de seres sob seu comando e responsabilidade, todos trabalhando para o seu bem estar, para você ser feliz. Quando você adoece todos se unem para te curar. Isso não é fantástico? Pesquisas realizadas demonstraram que, em média, 98% dos átomos presentes no interior das moléculas que compõem as células do corpo humano são renovados anualmente através do ar que respiramos, dos alimentos que ingerimos e dos líquidos que consumimos. O Corpo Humano foi criado para abrigar o nosso espírito e é aperfeiçoado e atualizado constantemente por nós, com nossos: pensamentos, sentimentos, palavras e ações. Cada célula tem uma espécie de “consciência individual”, que vibram no ritmo da nossa consciência, que nos oferece as energias que nos dão vida ou desanimo. Vale lembrar que nosso corpo na verdade não é nosso, mas sim empréstimo da vida enquanto estamos estagiando neste Planeta, até que o dia que partimos e iremos devolve-lo à terra para ser reciclado e fornecer os elementos para novas formas de vida. Isso é o ciclo da vida. Já temos conhecimento que quando partirmos não levaremos nada que seja material. No livro “Pílulas de Esperança”,  Andrei Moreira, pelo espírito Dias da Cruz registrou: “O corpo físico é o templo bendito do espírito que o habita na jornada passageira de  experiências e lutas. Cuida de tua evolução moral, renovando as matrizes do pensamento e do sentimento, mas não te esqueças do cuidado com o corpo que te serve como abnegado veículo de expressão.  Por meio dele , tuas experiências se dilatam ou se restringem no caminho do progresso. Tudo o que ocorre no físico tem repercussão no psiquismo e na vida espiritual. Dessa forma, a saúde orgânica também é estímulo de benefícios espirituais. Honra o vaso sagrado que te acolhe, enchendo-o de conteúdo sagrado de teus cuidados e construções espirituais, e encontrarás a base segura para a saúde do corpo e da alma.” Portanto meus irmãos, cuidar do corpo, não se trata de vaidade. Cuidar do corpo não quer dizer cultuar o corpo, seguir os rigores da indústria da beleza. Tudo deve ser feito sem exageros, moderadamente, para que não se cometa o pecado da exibição, alimentado pela vaidade.  Valorizemos, pois nosso corpo físico: feio/bonito, doente/sadio, inteiro/deficiente como um bem valiosíssimo para nosso Espírito imortal. Cuidemos dele com carinho, com dedicação, com discernimento e gratidão pela oportunidade que ele nos dá de manifestarmo-nos, de expressar nossas emoções, nossos sentimentos, nossos propósitos e ideais, enfim, pela oportunidade de, nesta existência, podermos aprender, ensinar, relacionar com os outros, fazer amigos, perdoar, amar. Cuidar do corpo é  ser respeitoso e agradecido pela roupagem que abriga nossa alma querida nesta vida. É buscar ter uma vida saudável em todos os sentidos. Realizando atividades físicas que mais goste, alimentando-se corretamente e bem, trabalhando com moderação, afastando-se de influências negativas, evitando o estresse, buscando alegria e felicidade nas pequenas coisas do dia a dia. Tudo isso, ajudará o nosso corpo físico a adquirir força, vitalidade, alegria e energia necessárias para potencializar mais e mais as capacitações de nosso espírito. Emmanuel, no livro “Pão Nosso” nos diz: “O corpo humano é um conjunto de células aglutinadas ou de fluidos terrestres que se reúnem, sob as leis planetárias, oferecendo ao Espírito a santa oportunidade de aprender, valorizar, reformar e engrandecer a vida”. O espirito Miramez comentando “O Livro dos Espíritos” esclarece: O corpo é como instrumento do Espírito; se esse está desafinado, o artista, mesmo com todas as qualidades apuradas, nada pode fazer. Eis porque deves cuidar bem dos seus corpos, para melhor desempenho da tua missão na Terra. Se queres ser feliz, trabalha para a felicidade de tudo que encontras em teu caminho. No exame que podes fazer sobre corpo e alma e sobre todas as coisas criadas por Deus, chegarás à conclusão de que tudo vem de uma fonte só e que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai.” O corpo físico é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito nas suas variadas reencarnações. É com ele que o Espírito pratica seus conhecimentos e vive experiências necessárias, melhorando-se dia-a-dia. Assim, devemos ter para com nosso corpo um carinho e uma atenção especial, zelando e ofertando-lhe o que de melhor a natureza pode lhe dar. Daí o necessário repúdio as drogas, também o cuidado com a higiene; com a alimentação e os sentimentos equilibrados. Precisamos compreender que, nós não estamos neste planeta estagiando em uma colônia de férias, nem desfrutando de viagem turística. Segundo a definição da Doutrina Espírita, vivemos num Planeta de Provas e Expiações, onde os moradores são devedores perante a lei divina e a “DOR” é a representante da Justiça Divina. Ela cobra nossas dívidas do passado e testa aquisições do presente. Kardec comenta com detalhe no cap. V, do item 4 ao 10 no livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, que as causas dos males que enfrentamos estão na vida atual e na vida passada. Quanto às CAUSAS ATUAIS: diz respeito aos erros de agora, do momento presente. Nosso corpo físico é uma incrível máquina de peças vivas de que nos servimos para evoluir. O problema são os maus-tratos a que o submetemos, como exemplo podemos citar: Alimentação: em excesso ou errada, altera a química orgânica, acumula gordura, provoca distúrbios gástricos, digestivos, circulatórios, hormonais; Exercícios Fisicos: a vida sedentária traz consequências gravíssimas: obesidade, obstrução das artérias, indisposição física; Repouso: falta de sono traz: cansaço, debilita o sistema imunológico, perturba a memória, favorece a evolução de doenças variadas; Vícios: fumo, álcool, drogas que causam desarranjos graves, degenerativos, aniquiladores; Sentimentos: prepotência, luxúria, pessimismo, ódio, rancor, ressentimento, mágoa, preguiça, desânimo, angústia, revide, inveja, falta de perdão, vingança, egoísmo, orgulho, violência, ganância, etc., que pressionam nosso psiquismo, repercutindo no corpo como constantes agressões. Esses fatores complicam nossa existência. Culpamos o destino, a família, a sociedade, a vida....há até quem culpe Deus. No entanto, se bem observarmos, a origem está em nós mesmos, no comportamento, na maneira de ser, em quem mora dentro do corpo. Quanto às CAUSAS PASSADO: dizem respeito a erros do passado, de outras vidas, gerando os males presentes, em alinhamento aos princípios de causa e efeito que nos regem. Limitações físicas congênitas, mortes prematuras, enfermidades graves, família difícil, problemas financeiros, dificuldades profissionais e outras situações, se não justificadas pelo “hoje”, tem sua origem no comportamento desajustado do “ontem”. Atingem, não raro, pessoas caridosas, de bons princípios, que não fazem mal a ninguém. Se não fosse a reencarnação seria difícil acreditar que Deus é justo. Há espíritos evoluídos que pedem resgates difíceis para acelerar sua evolução; outros reencarnam para ajudar uma família, um grupo, um país, etc,. No caso de Jesus, ele não tinha débitos, mas encarnou para trazer ensinamentos importantes para os habitantes do planeta terra, no caso para todos nós.  Podemos ler no livro ”O Evangelho segundo o Espiritismo”, onde Allan Kardec publica a mensagem do Espírito Protetor Jorge, enfatizando a necessidade de cuidar-se do corpo que, segundo as alternativas de saúde e enfermidades, influi de maneira muito importante sobre a alma, que cumpre se considere cativa da carne. Fala ainda que para que essa prisioneira viva, se expanda e chegue mesmo a compreender as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são, disposto, forte. O espirito protetor Jorge relata ainda que o Espiritismo demonstra as relações que existem entre o corpo e a alma e diz que, por se acharem em dependência mútua, importa cuidar de ambos. Depois afirma, com muita propriedade: “Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela. Desatender as necessidades que a própria Natureza indica é desatender a lei de Deus”.  Quase todos nós aceitamos sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados, ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. São emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga ou um acelerar do coração possa desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias. A neurologista irlandesa Suzanne O’Sullivan relata que quando ela estava se especializando em neurologia, foi ensinada a distinguir os doentes que tinham sintomas físicos causados por conflitos mentais. “Todos os meus pacientes tinham convulsões, mas em 70% dos casos não sofriam de epilepsia: por mais que fossem examinados, não encontrávamos nenhuma lesão ou causa neurológica que explicasse seus sintomas. Tinha de ser algo psicológico.” Mas mandar os pacientes para casa com o diagnóstico que não eram epiléticos não servia de consolo, de modo que a médica se sentiu obrigada a encontrar uma maneira de ajudá-los. “As incapacidades que criamos com nossa mente são tão infinitas que já deixei de acreditar nos limites”. Em 2004 ela começou a agir, e desde então, quando encontra um paciente com sintomas, mas sem lesões neurológicas, tenta lhe explicar que a origem dos seus males é um problema psicológico mal resolvido. Geralmente, porém, os pacientes se negam a aceitar esse diagnóstico. “Eles têm um estresse mental do qual não estão conscientes, e alguém está obrigando-os a encará-lo”, diz a médica. “Esses sintomas são uma manifestação do organismo: seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo.” Ninguém está a salvo dessas doenças, e há centenas de causas que as originam. Segundo a neurologista, os casos muito extremos, como as convulsões ou paralisias, costumam nascer de traumas psicológicos severos; os menos graves podem surgir de um amontoado de pequenos esgotamentos que os pacientes não sabem administrar. “Depende da atenção que a pessoa presta às dores. Se ficarem obcecadas e buscarem repetidamente uma explicação médica que não existe, é possível que acabem desenvolvendo a doença psicossomática”, explica Suzanne. Para se curar, o acompanhamento psicológico é indispensável. A primeira coisa a fazer é abandonar a ideia de que há uma enfermidade orgânica. A seguinte etapa é ver como a mente afeta o corpo: se você sente palpitações e nota que está ansioso, elas começarão a parecer muito menos graves, já que você conhece as causas. Mas, se associa essas palpitações a problemas cardíacos, e os exames médicos não comprovam isso, você provavelmente ficará obcecado, e as palpitações irão piorar. “Seu organismo está lhe dizendo que algo não vai bem dentro de você, e que você não está percebendo”. “Às vezes, os pacientes desejam desesperadamente que você encontre um resultado ruim nos exames, que dê um nome para sua doença e receite alguns comprimidos que justifiquem suas dores”, conta a neurologista. Esse problema é muito mais comum do que se imagina. Cerca de 30% das pessoas sofrem disso, e a imensa maioria nem sequer fica sabendo. Após mais de 10 anos de dedicação às enfermidades psicossomáticas, Suzanne O’Sullivan continua sem saber apontar o caso mais grave que viu. “Os casos mais duros são os de pessoas que adoeceram quando tinham 16 anos e, aos 50, continuam indo a médicos. Estão cegos ou em cadeira de rodas e continuam se submetendo a operações. Conheço pessoas que comem por um tubo, mas não têm nenhuma doença orgânica. Todas as partes do seu organismo foram afetadas por sua mente”, relata. Nada mais surpreende essa neurologista. “As incapacidades que criamos com nossa mente são tão infinitas que já deixei de acreditar nos limites”, diz ela. Em resumo podemos dizer que o corpo é uma criação física complexa, pela qual nos relacionamos com o mundo e com outras pessoas. O pensamento é energia que irradia por todo nosso corpo físico. É como uma usina distribuindo energia pela cidade a fora. Portanto, nós somos o que pensamos. Através do pensamento podemos trazer para nós, tanto a saúde como a enfermidade, dependendo da qualidade do pensamento, que são as energias boas ou más com que envolvemos nosso físico. Assim entendemos que tudo depende de nós. Por ser a mente a região onde o pensamento atua, e o pensamento pertencendo ao espírito, dizemos que a enfermidade inicia no espírito e depois é transferida para o corpo. É assim que se diz mente sã, corpo são. O espirito Dimas pela psicografia do médium Nilton Stuqui escreveu: “Mente sã , corpo sã. Esse é o caminho para a saúde perfeita, nossos pensamentos influenciam diretamente em nosso corpo, irritação, raiva, medo, angústia, egoísmo, ressentimento e outras emoções negativas deterioram a saúde. Quando mudamos os pensamentos para melhor, para o amor, para caridade, esperança, alegria, nosso corpo reage positivamente. Somos nós quem controlamos a saúde. O corpo físico é um templo de Deus que oferece crescimento para a alma. Cuidemos dele com amor, pensando somente em prosperidade, a vida é o pensamento que concretizamos, que tornamos real. Vida é amor, é Deus em nós.” Como temos alertado nos últimos estudos, nossa reforma interior nos ajudará a ver tudo isso por outro ângulo, nos priorizando perante nossa vida, amando nosso corpo, nos amando como somos. Não é a mente que depende da saúde do corpo, ao contrário, é o corpo sadio que depende da mente sadia. Quando o espírito está perfeitamente equilibrado, não há enfermidades que nos ataquem. Cuidemos de nossa mente, para que a saúde se reflita em todo o nosso corpo. Extraí do site “momento espirita” a seguinte reflexão: “Mente sã, corpo são. Possivelmente, nunca antes fez tanto sentido o provérbio popular, derivado de antigo poema romano. Estudos e mais estudos têm sido produzidos, ligando a qualidade de nossos pensamentos à saúde do corpo físico. Nunca se falou tanto em somatização. As ciências tradicionais ocidentais finalmente encontraram na alma humana a fonte da saúde e da doença. Pensamento e saúde são termos da mesma equação da vida. Não existem doenças, mas sim doentes. O pensamento em desequilíbrio, a alma enferma e desestabilizada, produz no organismo o desajuste das células. Em contrapartida, a mente sã, povoada de pensamentos de alegria, cooperação e amor, gera naturalmente, no corpo físico, a harmonia celular, produzindo saúde em abundância. Vejamos alguns exemplos: a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola; o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais; o medo e a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo; da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida. O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer. Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade. Adicionados a esses, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com os homens, vibrando nos climas que lhes são afins. Assim, levando tudo isso em conta, é importante que nos acostumemos a pensar de forma edificante. Assumamos uma postura vitoriosa. Atraiamos pensamentos salutares. O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente. Irradiemos a ideia do bem, do progresso, da paz, e captaremos, por sintonia, equivalentes estímulos para o nosso bem. Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender. Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória. A cada momento, adicionemos experiências novas às nossas conquistas. A todo instante, pensemos corretamente e somaremos força psíquica para o êxito de nossa encarnação”. Encerro nosso estudo de hoje com um conselho do Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética para alcançarmos o amor verdadeiro e assim buscarmos a plenitude entre corpo e alma, onde ele diz: “Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa ou príncipe dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, só encontrarás o vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo, e ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro. Aceita a ti e ao outro como é; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.”
Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   
Paz e luz para todos.

Fontes:

quinta-feira, 4 de abril de 2019

REFORMA INTIMA - O que é isso?


Hoje o tema do nosso estudo é REFORMA INTIMA.  Precisamos esclarecer melhor do que se trata essa reforma intima, até porque sempre temos chamado a atenção de todos o quanto essa reforma é importante dentro do nosso desejo de evoluir espiritualmente. Primeiro vamos ver qual o significado de Reforma no dicionário: significa “tornar novo, dar nova forma, reparar, reorganizar, renovar, melhorar”. É comum ao ouvirmos falar em reforma logo nos vem à mente a reforma de uma casa. Mas não deixa de ser um bom exemplo para darmos inicio às nossas considerações. Quando  pensamos em reformar uma casa, normalmente já temos que ter em mente qual a melhoria ou mudança que precisamos fazer, onde não está bom ou onde precisa e pode ser melhorado, embelezado, enfim, onde vamos fazer a transformação. A gente não começa uma reforma sem analisar tudo. E isso também acontece com a reforma intima que é a mudança, a transformação que faço no meu interior. E, ela se inicia exatamente da mesma forma que inicio o projeto de reforma de uma casa, ou seja, analisando o que não está bom, o que precisa ser transformado. Ocorre que o processo de reforma íntima é muito mais difícil, pois, precisamos fazer uma autocrítica, uma autoavaliação do nosso comportamento, das ações da nossa personalidade, sem mascaras, sem desculpas. Seria tipo, ao começarmos a reforma de uma casa descobrimos que o encanamento está enferrujado e se a gente não trocar aquele encanamento nossa casa pode ter muitas infiltrações e vir até a desabar. Isso também pode acontecer em nosso processo de Reforma Intima, a gente começa reformando uma coisa e descobre que essa coisa é fruto de algo mais profundo que precisamos reescrever para que a reforma não seja provisória.  Precisamos nos conhecer  profundamente e o primeiro passo para realizar essa Reforma Íntima é o autoconhecimento. O autoconhecimento, segundo a psicologia, significa o conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo. A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independente de serem positivas ou não. Tal controle emocional provocado pelo autoconhecimento pode evitar sentimentos de baixa autoestima, inquietude, frustração, ansiedade, instabilidade emocional e outros, atuando como importante exercício de bem-estar e ocasionando resoluções produtivas e conscientes acerca de seus variados problemas. Sem dúvidas é preciso se conhecer para mudar. Como podemos eliminar nossos defeitos se nem ao menos sabemos quais são eles? Como trabalhar nossas virtudes se não sabemos quais são elas? Nessa vida agitada que implantamos para nós, raramente paramos um pouco para refletirmos sobre nossos próprios atos, vícios, virtudes, comportamentos... Uns acham que não tem defeitos e continuam a vida sem se preocupar com isso e outros acham que não tem nenhuma qualidade ou virtude e perdem a oportunidade de usar seus talentos. A Reforma Íntima também é um processo de melhoramento e autoeducação que nos conduz ao progresso espiritual, sendo que a autoeducação tem um fator fundamental nessa empreitada, porque é só através de muito estudo, educação material e moral que chegaremos a reforma íntima ideal. Tudo que temos para nos auxiliar nesse aprendizado são meios e não fins. Por exemplo, posso ler um livro de autoajuda que me toca profundamente, isso é são os meios, mas não tenho determinação para implantar mudanças na minha vida, e isso é são os fins.   Autoconhecimento é uma viagem interior, e somente cada um poderá fazer, não é transferível, não é terceirizada. É uma caminhada solitária e essa caminhada meu irmão, é só sua. É o seu encontro com o Pai, pois é justamente nessa busca que O encontramos. O espirito de Ermance Defaux nos diz: “Quando digo para mim mesmo: não posso mais falhar, será mais difícil o domínio interior. Precisamos aprender a ser “gente, com a gente”, ser humano, a exercer o autoperdão, admitir falhas, ciente de que podemos recomeçar sempre e sempre, quantas vezes forem necessárias, sem que isso signifique, necessariamente, hipocrisia, fraqueza ou conivência com o mal. A proposta da reforma íntima é de aperfeiçoamento e não de perfeição imediata. A valorização das pequenas vitórias de cada dia, haverão de nos trazer incentivo e discernimento na dilatação da crença da perfeição, a qual todos nós estamos destinados. O objetivo é SER MELHOR e não “O MELHOR”… Todas as virtudes começam pelo autoconhecimento e o maior presente que Deus nos deu foi a consciência. Todas as respostas que procuramos estão dentro de nós.. As Leis de Deus estão escritas em nossa consciência. Quanto mais progredimos, mais a consciência sabe distinguir o que convém e o que não convém, mais a consciência percebe e compreende essas Leis. Em O Livro dos Espíritos, questão 621, temos a seguinte indagação: Onde está escrita a lei de Deus? RESPOSTA: “Na consciência”. As bases da Reforma Íntima foram lançadas por Allan Kardec no “Livro dos Espíritos”, e podemos ler na questão 919: “Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal ? RESPOSTA: Um sábio da antiguidade vos disse: ‘Conhece-Te A Ti Mesmo’.” Já na questão 919-A, Kardec pergunta:  Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?e   Santo Agostinho responde : “Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado. O Conhecimento de Si Mesmo é, portanto, a chave do progresso individual”.  Quanto a isso Kardec comenta: Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais frequentemente a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não examinarmos a natureza e o movimento dos nossos atos. Meus irmãos como já deu para perceber todo esforço individual no sentido de melhorar nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal só pode ser realizado conscientemente, por que a gente quer, distinguindo claramente os impulsos íntimos e optando por decisões que nos levem a mudança de comportamento. Tudo depende de você. Para esclarecer um pouco mais sobre o tema de hoje vamos ler um trecho do livro “Reforma íntima sem martírio”, psicografado por Wanderley Soares, pelo espirito Ermance Dufaux - Pergunta-se: “É possível iniciar uma reforma intima sem sofrimento? Sim, porque há algumas exigências que você deve observar, mas isso também não quer dizer que você terá que mudar tudo, começar tudo de novo. Afinal, estamos falando de reforma, não de construção. Não se trata de começar do zero, mas de aproveitar a base construída por você através de inúmeras reencarnações. Sobre esta base são efetuados alguns ajustes. Saem algumas partes, outras são acrescentadas. Talvez nada seja tão imprescindível para a reforma íntima quanto o gosto de aprender, a aceitação de que somos aprendizes, que estamos aqui para aprender e que o aprendizado se oferece para nós todos os dias. Basta aceitá-lo, observá-lo e apreendê-lo. É preciso ter coragem para mudar conceitos, para se dar conta de que algumas opiniões que juntamos pelo caminho simplesmente não têm mais serventia, e devem ser abandonadas. Dessa disposição para aprender surge a descoberta de que o principal foco de aprendizado é você mesmo. Você deve se conhecer. Você deve conhecer a si mesmo mais do que a qualquer coisa. Você é um universo a ser explorado. Suas emoções e sentimentos oferecem um riquíssimo e fascinante campo de pesquisa. Também aqui é preciso ser corajoso. Corajoso para enfrentar os aspectos mais sombrios de si mesmo. Enfrentar por meio de uma fria e detida observação, análise e avaliação, mas sem julgamento, sem condenação. Se você conseguir conhecer e compreender melhor a si mesmo, provavelmente mudará uma série de hábitos. Sem muito esforço, sem sofrimento, pois você irá notar que muitos de seus costumes e pontos de vista atuais não são verdadeiramente seus. Foram adotados por você em algum momento, ou por desconhecimento de algo melhor, ou por imitação de alguém que você admirava, ou como exigência da sociedade. Você automatizou um monte de comportamentos que não têm nada a ver com você, com o que você realmente quer, com o que você realmente acredita. Você não se tornará um modelo de perfeição se conseguir realizar isso. Vai continuar sendo humano. Com algum esforço, ficará dez por cento melhor do que é hoje. Você acha pouco? Esses dez por cento são suficientes pra fazer a diferença. Num concurso público, a diferença entre um classificado e um desclassificado é muito, muito menor que isso. E essa diferença decide uma carreira e tudo o que ela acarreta. Você não irá se livrar dos erros que já cometeu e provavelmente cometerá outros erros. Perdoe-se! Você precisa se perdoar pelos erros cometidos. Isso lhe dará mais coragem e humildade para lidar com os erros que ainda estão por vir. Aceite-se, ame-se. Permita-se começar de novo. A maneira mais eficaz de evitar erros e promover acertos é estar sempre ligado, sempre comprometido consigo mesmo. Sempre alerta, vigiando, controlando e orientando seus pensamentos. Você lembra que tudo começa pelo pensamento? Sei que não preciso dizer, mas é bom reforçar. Tudo o que existe nasceu de um pensamento. Tudo! Todos os ideais, toda a tecnologia, todo o progresso material, tudo é pensamento colocado em prática. Tenha bons pensamentos, reeduque sua mente, ensine sua mente a pensar. Adquira o hábito de orar, com ou sem palavras. É a maneira que temos de nos conectarmos com o que há de mais elevado. Não é preciso dizer, também, que só oração não basta. É preciso trabalho, muito trabalho. Fazer de cada dia um dia produtivo, de cada hora uma hora útil. Se for útil a mais alguém além de você, melhor ainda. Um cuidado que devemos ter é não querer que todos mudem conosco, que todos sigam nosso exemplo. Você sabe, cada um tem o seu tempo. Por isso é necessário ser tolerante e gostar de si mesmo. Acho que nada é mais urgente do que amar a si mesmo. Aceitar que erramos, que nossa trajetória contém erros e acertos. Valorize sua história. Respeite sua história evolutiva. Mesmo seus maiores erros pareceram a melhor alternativa, quando você os cometeu”. Finalizo nosso estudo de hoje lendo uma bela reflexão extraída do site momento espirita intitulada DIRECIONE SEU OLHAR: Dia desses, chegou-nos às mãos uma poesia belíssima, de autor desconhecido. A obra de arte dizia assim: Quando estiver em dificuldade, e pensar em desistir: lembre-se dos obstáculos que já superou – olhe para trás. Se tropeçar e cair, levante. Não fique prostrado: esqueça o passado – olhe para frente. Ao sentir-se orgulhoso, por alguma realização pessoal: sonde suas motivações – olhe para dentro. Antes que o egoísmo o domine, enquanto seu coração é sensível, socorra os que o cercam – olhe para os lados. Na escalada, rumo às altas posições, no afã de concretizar seus sonhos, observe se não está pisando em alguém – olhe para baixo. Em todos os momentos da vida, seja qual for sua atividade, busque a aprovação de Deus – olhe para cima! A simplicidade e profundidade dessas poucas palavras nos ensinam muito. Se repararmos bem, em todos os momentos de nossas vidas, há sempre alguém, algo ou alguma situação que nos traz uma lição de vida, uma receita para passar melhor os dias, uma esperança para o futuro. A Humanidade passa por um momento importante, em que muitos já conseguem vislumbrar o verdadeiro significado da existência. Quando olharmos para os lados, veremos que o Universo quer nos ensinar e deseja nos fazer mais felizes. Lembramos da sábia expressão de Goethe, afirmando que o Universo conspira a nosso favor. É realmente o que acontece. As leis de Deus trabalham por nossa educação. A lei de causa e efeito, a reencarnação, a lei de sociedade, de igualdade, são provas disso – de que Deus e seu Universo visam nosso desenvolvimento íntimo, o aperfeiçoamento de nosso Espírito. Chances nos são dadas constantemente, convites nos são feitos a toda hora, missionários nos mostram caminhos seguros, e gestos de amor nos emocionam, provando que nosso coração, no fundo, busca o bem, a felicidade. Esta mensagem que você lê agora é mais uma oportunidade que a vida lhe dá. São algumas verdades lançadas ao seu coração, suavemente, para que você consiga direcionar o olhar para os reais objetivos de sua existência na Terra. Este é o momento de lançar o olhar em todas as direções, e descobrir que precisamos caminhar para frente. Volte o seu olhar para aqueles que estão ao seu lado nesta existência: sua família. Direcione o olhar para quem necessita de seu auxílio: seu próximo. Busque olhar para dentro de si mesmo e conheça alguém muito especial: você. E, finalmente, direcione seu olhar para o Criador de tudo e de todos: DEUS.
Que Jesus nos conceda a cura do corpo e da alma!   Paz e luz para todos.



Fontes:
https://espirito.org.br/artigos/reforma-intima-seis-perguntas-3/ 
http://www.passatempoespirita.com.br/aulas/aula-47-reforma-intima%3A-renova%C3%A7%C3%A3o-moral-%2A/                                                                            
https://espirito.org.br/artigos/reforma-intima-x-renovacao-de-ideias/
https://espiritismoeconhecimento.wordpress.com/2013/01/29/reforma-intima-parte-ii/http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=195&let=&stat=0